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67% dos brasileiros não compraram nada pela internet nos últimos 12 meses

Por| 18 de Julho de 2014 às 11h20

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Maxx-Studio
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A expansão da internet pelos quatro cantos do Brasil fez as vendas em sites na rede aumentarem nos últimos anos, mas não de forma significativa em 2013. Um estudo conduzido pela Mintel, uma empresa multinacional de inteligência de mídia e mercado, constatou que 67% dos brasileiros não compraram nennhum produto via web nos últimos 12 meses. As informações são do G1.

Embora o setor de e-commerce tenha crescido 250% nos últimos cinco anos, alguns usuários estão gastando menos ou quase nada quando o assunto é comprar pela internet. Segundo o relatório, dos internautas que efetuaram alguma compra no último ano, 9% afirmam ter adquirido somente um item.

Os produtos mais procurados são diárias de hotel e passagens aéreas, que representam 14% das compras online feitas pelos consumidores nos últimos 12 meses. Os eletrodomésticos (TVs, computadores, tablets e smartphones) aparecem em segundo lugar no ranking, com penetração de 13%. Os itens menos procurados são comidas e bebidas, que totalizam apenas 3% das transações feitas na web.

Números tão baixos no e-commerce brasileiro têm uma explicação: os golpes online. De acordo com o relatório, um em cada quatro consumidores (25%) afirma ter preferência por sites de comerciantes que solicitam o número de CPF (Cadastro de Pessoa Física). Entre os entrevistados da pesquisa, 30% dizem estar preocupados com fraudes sempre que precisam realizar alguma compra pela internet. Mesmo assim, a maioria dos brasileiros não toma nenhuma medida de precaução na hora de autenticar pagamentos online.

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Outros motivos que despertam a atenção do usuário são o receio de que o produto não seja original (22%) e que a entrega demore muito mais do que o combinado pelo site (19%). E por mais que a rede facilite o dia a dia de quem precise comprar determinado item, o estudo aponta que 97% das pessoas ainda preferem adquirí-lo pessoalmente indo direto à loja - só 3% disseram que acham a comodidade de se comprar pela internet mais segura do que se dirigir ao estabelecimento físico.

Um dado interessante levantado pela Mintel mostra como a integração dos serviços de e-commerce com as redes sociais tem surtido efeito, especialmente nos usuários mais jovens. Mais de 17% dos brasileiros afirmam visitar sites de varejistas depois de visualizar um anúncio ou imagem do produto no Facebook. A tendência deve se intensificar ainda mais nos próximos anos, visto que essas plataformas buscam fazer essa conexão até aquilo que o internauta está procurando.

Estimativas

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Apesar dos baixos índices de crescimento em 2013, o comércio eletrônico no Brasil deve atingir os R$ 102 bilhões em 2017 e chegar a R$ 115 bilhões até 2018. "O crescimento econômico rápido, juntamente com a melhoria do acesso à internet no país, impulsionam o comércio eletrônico", diz Victor Fraga, analista sênior de Varejo da Mintel. "As receitas impressionantes desse setor são comparáveis a áreas mais maduras e tradicionais da indústria brasileira, como alimentos e bebidas, e varejo de carros".

O valor de mercado das empresas que atuam na área também vai aumentar - em 2008, elas valiam R$ 14,8 bilhões e passaram para R$ 51 bilhões no ano passado. As companhias que devem registar a maior taxa de expansão serão aquelas ligadas ao turismo. Segundo o levantamento da Mintel, elas têm melhor desempenho do que outras porque não possuem um processo mais detalhado e demorado durante transações online.

Fraga explica que as entidades precisam renovar suas ferramentas de compra constantemente para melhorar a experiência dos consumidores, tanto no ato da compra quanto na entrega. "Como os varejistas nunca conseguirão ultrapassar totalmente essa barreira, eles poderiam adicionar imagens em 3D e fotos em alta resolução dos produtos, mas ainda serão sempre desprovidas de textura e cheiro. Para enfrentar essa situação, aplicativos mais complexos e melhorias logísticas - como mais horários flexíveis de entrega - também podem ser implementados", conclui o analista.

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