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Natura quer entregar produtos cosméticos por drones a partir de 2022

Por| Editado por Claudio Yuge | 18 de Agosto de 2021 às 14h10

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Divulgação/Guilherme Missumi
Divulgação/Guilherme Missumi

O grupo de cósméticos Natura iniciou a realização de testes para a realização das primeiras entregas de produtos das empresas usando drones. Em parceria com a startup brasileira Speedbird Aero — que já trabalha com a Ambev e a Mercedes-Benz — a Natura & Co, detentora das marcas Natura, Avon, The Body Shop e Aesop, entrou com o processo necessário junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para a execução do projeto-piloto que vai tornar isso realidade.

A previsão é que os primeiros testes sejam realizados durante o primeiro trimestre de 2022, com entregas que seriam realizadas em raios de até 200 quilômetros. O programa será comandado pela Natura Startups, programa de inovação e empreendedorismo da companhia que investe em tecnologias disruptivas.

Os drones não devem surgir como substitutos para os métodos de entrega convencionais, mas sim como uma alternativa para alcances lugares mais afastados ou de difícil acesso. Os drones usados durante os testes devem ser capazes de levar cargas com peso total de 10 quilos — até o momento, a companhia não informou quais cidades serão contempladas pela iniciativa.

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Encurtando distâncias

A parceria da Natura faz parte de suas iniciativas que têm como objetivo zerar suas emissões líquidas de carbono na atmosfera até 2030. Segundo Leonardo Romano, diretor de cadeira de suprimentos, inovação e logística da companhia, ainda não é hora de esperar que drones entrem em casa e entreguem produtos, já que a regulação exige que os pontos de partida e pouso dos aparelhos sejam definidos previamente.

Com isso, as entregas por drones não devem ser feitas diretamente aos consumidores — os aparelhos devem fazer a viagem até locais próximos, como shopping centers, centros de distribuição e condomínios residenciais pré-definidos. Embora a entrega de produtos por drones seja um sonho antigo de empresas como a Amazon, ainda deve demorar para que eles se tornem opções viáveis. Segundo Andreas Raptopoulos, CEO da Matternet, as previsões mais realistas indicam que isso só deve acontecer na segunda metade da década, entre 2027 e 2028.

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Fonte: Mobile Time, Folha de S. Paulo