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Incidente com drones fecha segundo maior aeroporto do Reino Unido

Por| 20 de Dezembro de 2018 às 10h59

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Incidente com drones fecha segundo maior aeroporto do Reino Unido
Incidente com drones fecha segundo maior aeroporto do Reino Unido

A aproximação de dois drones levou ao fechamento do aeroporto de Gatwick, o segundo maior do Reino Unido, por mais de seis horas. As aeronaves foram avistadas sobrevoando as proximidades da pista e levaram à suspensão de voos e decolagens na noite desta quarta-feira (19). Mais de 750 voos foram cancelados ou atrasados, com 110 mil passageiros afetados, de acordo com as informações da imprensa local.

O aeroporto chegou a ser aberto novamente na madrugada desta quinta (20), mas, logo depois, o avistamento de mais uma aeronave levou a um novo fechamento 45 minutos depois. Desde então, Gatwick permanece com os voos e decolagens suspensos e sem previsão de reabertura.

Em comunicado oficial, a administração do aeroporto pede que os passageiros não sigam para lá antes de checarem a situação de seus voos, que podem ter sido cancelados ou redirecionados para outros locais. Além disso, as autoridades cogitam que a ação dos drones foi uma tentativa deliberada de impedir o funcionamento das pistas e, por conta disso, todas as operações estão suspensas por razões de segurança.

A situação gerou sobrecarga e atrasos em outros aeroportos do Reino Unido, como os de Heathrow, Luton e Stansted. Além disso, voos internacionais acabaram sendo redirecionados para outros países, com passageiros sendo obrigados a desembarcarem em Paris, na França, ou Amsterdã, na Holanda, tendo de realizar o restante da viagem por vias terrestres.

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A Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido categorizou o incidente como “totalmente inaceitável” e lembrou que os responsáveis por voar com drones nas proximidades de aeroportos estão sujeitos a penas de até cinco anos de prisão. De acordo com as leis do país, a utilização desse tipo de aparelho a menos de um quilômetro desses locais é proibida, a não ser que seus usuários tenham permissão expressa das autoridades para fins de filmagens, observação ou auxílio em resgates, por exemplo.

Além disso, novas normas vão exigir que os donos de drones registrem suas aeronaves junto às autoridades, algo que poderia facilitar a identificação dos responsáveis pelo incidente desta quinta. Entretanto, essa documentação somente será obrigatória em novembro de 2019, com boa parte dos responsáveis pelos aparelhos ainda não tendo se cadastrado junto ao governo.

Outras medidas também estão sendo estudadas para evitar incidentes em aeroportos, como a colocação de cercas com detectores que emitam sinais para interromper o funcionamento dos drones ou o uso de câmeras e radares para o mesmo fim. Ainda, certos setores do governo sugerem leis que obriguem as fabricantes a incluírem bloqueadores nas aeronaves, que possam ser acionados à distância em caso de violações dessa categoria.

Fonte: Gatwick Airport, The Guardian