Impossible Aerospace quer criar drone feito inteiramente de baterias
Por Rafael Arbulu | 12 de Setembro de 2018 às 07h34
Com a popularização dos drones no mercado comercial, os consumidores foram contemplados com diversos modelos, de várias cores, tamanhos, peso e funcionalidades. Um detalhe que é unânime em praticamente todos eles, porém, é a bateria. A autonomia de um drone comum — quando em voo — tende a ser de pouco mais de 30 minutos.
A Impossible Aerospace quer mudar esse padrão do mercado com um novo dispositivo, quase que inteiramente composto de células de bateria. A empresa recentemente fechou uma rodada de investimentos angariando US$ 9,4 milhões para criar o modelo US-1, um drone que, segundo o projeto conceitual da companhia, poderá voar por até 120 minutos e será responsivo aos controles a até 76 km de distância, sem lags. Mais além, o drone deve suportar cargas de até 1,3kg (porém, isso reduz o tempo de voo para 78 minutos).
O tempo aprimorado de voo, segundo a empresa, vem pelo design: imagens conceituais no site oficial da Impossible Aerospace mostram um drone cujo interior da carcaça é composto quase que inteiramente de células de bateria de íons de lítio.
Mas nem toda notícia é boa. Segundo declarações do CEO da empresa, Spencer Gore, a fim de aumentar o tempo de voo do drone, foi necessário dispensar algumas funções comuns aos modelos mais atuais, como por exemplo sensores de obstáculos — que, basicamente, fazem um drone “enxergar” algo em seu caminho e automaticamente desviar dele. “Todo design de dispositivo aéreo exige sacrifícios”, disse. “Nada é mais complicado do que escolher quais funcionalidades você vai incluir para alguns usuários, que impactam o desempenho para todos aqueles que não usarão o aparelho”.
O US-1 já tem preço e janela de lançamento, com previsão de chegada ao mercado para o último trimestre de 2018 pelo valor de US$ 7.500.
Fonte: Techcrunch