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Treinamento de incêndio destrói data center de banco na Romênia
Um treinamento de incêndio, feito justamente para evitar que catástrofes desse tipo aconteçam, foi o responsável pela destruição quase completa de um data center do ING Bank, um dos principais bancos da Romênia. O problema foi causado pela vibração gerada pela liberação de um gás, que deveria reduzir a temperatura na sala dos servidores, mas acabou causando danos irreparáveis aos HDs que faziam parte da infraestrutura.
O caso aconteceu durante o final de semana e teria interrompido por algumas horas o funcionamento de sistemas de pagamento e internet banking. Clientes relataram dificuldades para sacar dinheiro e utilizar o cartão de crédito durante toda a tarde e parte da noite de sábado (10), tempo entre o incidente e a ativação dos servidores de backup, pelos quais a instituição ainda está funcionando.
Como parte de seu sistema de segurança para supressão de incêndios, o ING Bank contava com válvulas de gás inerte, que é liberado no data center para reduzir a temperatura do local sem causar danos aos equipamentos. O problema é que a pressão dessa soltura foi alta demais, causando um barulho de mais de 130 decibéis. E com o som alto, veio a vibração, que significa a morte para HDs em funcionamento. Praticamente todos foram destruídos.
De acordo com porta-vozes do banco, o resultado da liberação de gases em alta pressão foi equivalente à colocação dos servidores ao lado de um motor de alta potência. A instituição não detalhou os danos causados pela falha, mas disse que cada um de seus equipamentos deverá ser avaliado ao longo das próximas semanas, e que “boa parte” da infraestrutura foi comprometida. Entretanto, não houve perda de dados e o ING Bank afirmou ter feito um backup adicional antes de colocar o principal para funcionar como ponto central.
Apesar da destruição praticamente completa do data center, o banco considerou o treinamento um sucesso naquilo para que ele foi designado. Não fosse a pressão demasiada que causou o estrondo, a infraestrutura teria sido efetivamente preservada caso existissem chamas, uma vez que o gás foi realmente capaz de reduzir a temperatura da sala, o que poderia permitir até mesmo que todos os sistemas continuassem funcionando durante um incêndio.
Existem poucos estudos relacionados à forma como o som pode destruir HDs de servidores, mas um white paper publicado pela Siemens há cerca de um ano indica que barulhos a partir de 110 decibéis já podem ser prejudiciais na infraestrutura, dependendo da distância entre a fonte e os equipamentos. Isso se deve à distância física entre os dados, que se torna cada vez menor nos discos rígidos modernos, e faz com que qualquer vibração possa causar desde problemas de leitura e escrita até falhas completas nos dispositivos.
Fonte: Motherboard
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