Funcionários de companhia aérea são presos por contrabandear iPhones roubados
Por Ramon de Souza | 20 de Outubro de 2020 às 20h20
As autoridades dos EUA estão desmascarando aquele que pode se tornar um dos maiores casos de contrabando de dispositivos eletrônicos já registrados. Após inspecionar a bagagem de funcionários da companhia aérea russa Aeroflot Airlines, os estadunidenses encontraram mais de US$ 50 milhões em produtos da Apple, incluindo iPhones, iPads e Apple Watches. O pior de tudo? Todos os gadgets teriam sido roubados.
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Após constatar a gravidade da situação, o FBI, a Alfândega dos EUA e o Departamento de Polícia de Nova Iorque resolveram se envolver no incidente, emitindo mandatos de prisão de imediato para dez colaboradores da companhia e revogando o visto de trabalho de pelo mais 113 profissionais que teriam envolvimento no esquema. Oito dos principais envolvidos já estão detidos; os outros dois seguem foragidos.
Os aparelhos seriam levados ilegalmente do solo americano à Rússia, onde passariam a ser revendidos por preços bem mais baixos. As autoridades suspeitam que os criminosos façam parte de uma rede internacional de contrabando, tendo “representantes” nos dois países para facilitar o transporte irregular de produtos; porém, ainda não há qualquer pista sobre os mandantes do esquema.
“Embora as atividades desta rede de contrabando internacional demonstrem a existência de vulnerabilidades, também destaca que os esforços combinados de agentes federais, detetives, analistas e promotores são poderosos contra qualquer ameaça”, afirmou William F. Sweeney, diretor assistente do FBI. “O escritório do FBI em Nova York e nossos parceiros interagências estão de prontidão, e todos nós assumimos nossa obrigação de fazer cumprir nossas leis e proteger os Estados Unidos com seriedade”, conclui.