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Casa da Moeda: conheça o processo de fabricação das novas notas de R$ 10 e R$ 20

Por| 23 de Agosto de 2012 às 12h30

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O Banco Central do Brasil, em parceria com a Casa da Moeda, lançou no dia 23 de julho as novas cédulas de R$ 10 e R$ 20 no mercado nacional. As notas possuem itens de segurança e recursos holográficos para evitar a fraude e falsificação.

Desde 2010, as notas pertencentes à Primeira Família veem sendo substituídas gradualmente devido ao seu desgaste natural pelas cédulas da chamada Segunda Família. As duas gerações são utilizadas em conjunto até que o BC faça sua completa substituição.

As novas notas possuem recursos tecnológicos que auxiliam na identificação das cédulas verdadeiras e, claro, dificultam possíveis falsificações. Mas como são produzidas as notas de Real?

Uma equipe de trabalho formada por membros do Banco Central e da Casa da Moeda são os responsáveis por planejar todas as etapas de fabricação das notas como o projeto, as normas de segurança, tecnologia empregada e até a confecção de matrizes e prelos.

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Cada denominação, ou seja, valor da nota, possui um tamanho de papel diferente e cores características, promovendo assim mais acessibilidade no manuseio do dinheiro por pessoas com deficiências visuais.

Segundo o Banco Central, as temáticas das notas da Primeira Família com a efígie da República e os animais da nossa fauna foram mantidas nas novas notas. As modificações são acerca dos elementos gráficos que foram redesenhados, garantindo que eles sejam mais fáceis de serem identificados por grande parte da população.

"O registro coincidente representado pelo numeral da cédula, impressão offset úmida, a imagem latente indicando o número da cédula, a marca tátil com linhas finas, a faixa holográfica aplicada na banda das notas de cinquenta e cem reais e a impressão serigráfica aplicada nas cédulas de R$ 10 e R$ 20, todos esses itens tornam a identificação das notas verdadeiras mais fácil", afirmou Edmundo Viana da Cruz, superintendente-adjunto do Departamento de Cédulas da Casa da Moeda.

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Alguns recursos presentes nas novas notas permitem que deficientes visuais as identifiquem com mais facilidade

Depois de aprovado o projeto pelo Banco Central, as cédulas são enviadas para as máquinas de impressão. Dependendo de cada projeto, as cédulas passam por processos diferentes como impressão calcográfica, principal tecnologia utilizada na impressão de notas ao redor do mundo, e aplicação de holografia no numeral da cédula.

O processo de impressão, acabamento e envio para os cofres leva em média 13 dias para ser concluído. Para atender a demanda por novas notas, o Departamento de Cédulas da Casa da Moeda conta com mais de 550 funcionários que trabalham em três turnos, ou seja, 24 horas por dia para produzir 4 bilhões de cédulas por ano.

Para agilizar o processo de impressão das novas cédulas, a Casa da Moeda adquiriu novos maquinários. "Cada equipamento novo trabalha na velocidade média de 10 mil folhas por hora. São duas novas linhas de produção. As duas linhas antigas rodam na velocidade de oito mil folhas por hora. Estamos falando em capacidade nominal, mas algumas linhas na capacidade efetiva produzem cerca de 30 mil a 40 mil folhas por turno de trabalho", relatou Cruz.

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Ao final da impressão, todas as cédulas são encaminhadas para análise em um setor chamado Crítica. No setor, só trabalham mulheres e elas são responsáveis por checar os elementos das notas e agregar os detalhes que faltam. E as notas que tiverem defeitos são enviadas para a trituração.

Desde a implantação do Real, em 1994, o Brasil nunca registrou nenhum grande volume de falsificação de notas. No entanto, com a popularização das tecnologias digitais o BC, assim como os órgãos reguladores em outros países do mundo, veem intensificando a substituição das notas antigas por novas com mais recursos tecnológicos de segurança, evitando assim, por exemplo, a falsificação por lavagem química.

Atualmente, as falsificações de notas não representam um grande risco para a economia nacional, porém, elas podem lesar muito o cidadão comum que as recebe.

A expansão dos recursos de segurança para as notas de R$ 2 e R$ 5 está prevista para acontecer até 2013, completando o lançamento da Segunda Família do Real.

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"A CMB já fez testes com resíduos de papel cédula, porém, ainda não houve interesse comercial devido ao processo de reciclagem ser muito caro. Mas o Departamento de Meio Ambiente continua trabalhando em uma forma de reciclagem", indica o superintendente sobre a possível utilização de papel reciclado na fabricação de novas notas em um futuro próximo.

As cédulas com defeitos são enviadas para a trituração

E para facilitar a adaptação dos cidadãos aos novos itens de identificação das cédulas de R$ 10 e R$ 20, o Banco Central lançou um site exclusivo com apresentações interativas dos recursos presentes nas novas notas.