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Tim Cook critica o lançamento de criptomoedas por empresas privadas

Por| 05 de Outubro de 2019 às 12h25

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Tim Cook

O CEO da Apple, Tim Cook, é contra o lançamento de criptomoedas pelas mãos de empresas privadas. Para ele, categorias financeiras desse tipo devem ficar nas mãos de países e governos, não de companhias para ganho de capital ou poder. É justamente por isso que ele acredita que a Maçã não seguirá o mesmo caminho que o Facebook, por exemplo.

Os comentários do executivo não citam a rede social de forma nominal, mas são uma clara crítica à postura dela, que trabalha para vencer, principalmente, os desafios regulatórios envolvendo o lançamento da Libra, sua criptomoeda própria. Com foco nos países emergentes, o Facebook deseja mudar o sistema financeiro e facilitar o acesso das pessoas ao dinheiro, mas pode encontrar uma série de obstáculos e portas fechadas neste caminho.

Para Cook, a ideia de um grupo privado criando uma moeda para competir com as vigentes de um país não é “confortável”, e jamais deveria ser um caminho para ganho de poder. Ele parou por aí nos comentários, mas as palavras demonstram que, por mais que a Apple esteja se aventurando no mundo financeiro com um cartão de crédito próprio, por exemplo, seus trabalhos podem permanecer apenas no campo “tradicional”.

As palavras do CEO também vão contra o que disse Jennifer Bailey, vice-presidente do Apple Pay, que em setembro afirmou que a companhia estava “observando” as criptomoedas e acreditando que elas podem ter um potencial interessante no longo prazo. Não é, nem de longe, uma confirmação de que algo assim está sendo desenvolvido, mas não é preciso muito, no mundo da tecnologia, para que o interesse se transforme em produto.

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A observação, entretanto, também pode ter levado a companhia ao caminho contrário. Enquanto o Facebook trabalha com lobbystas e legisladores para lançar a Libra no ano que vem, países como Alemanha, França e Índia já deram declarações contrárias à criptomoeda, com direito até mesmo a uma possibilidade de banimento. A Apple, como sabemos, não se faz de rogada na hora de contrariar governos no que interessa a ela, mas esse, aparentemente, não é um setor em que essa briga vai acontecer.

Fonte: CNBC