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Tentativas de golpes com criptomoedas crescem 86% em apenas três meses

Por| 26 de Setembro de 2018 às 13h21

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Tentativas de golpes com criptomoedas crescem 86% em apenas três meses
Tentativas de golpes com criptomoedas crescem 86% em apenas três meses
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Os hackers estão de olho no seu rico dinheirinho digital, pelo menos de acordo com os dados da McAfee. A empresa especializada em segurança da informação revelou que, no segundo trimestre deste ano, surgiram nada menos do que 2,5 milhões de novas pragas para roubo de criptomoedas, entre variações de ameaças já existentes e novos scripts.

O número representa um crescimento de 86% em relação ao total já exorbitante que havia sido registrado nos três primeiros meses do ano. Com quase o dobro de novas ameaças em relação ao primeiro trimestre, junho chegou ao fim com aproximadamente 5,5 milhões de variantes de malwares voltadas ao roubo de criptomoedas, com a McAfee explicando esse surto de forma simples: “os cibercriminosos continuam perseguindo o dinheiro”.

Segundo a empresa de segurança, muitos agentes reconhecidos desse mundo estão migrando de outras soluções para o mundo das moedas virtuais, que cada vez mais tem se mostrado uma alternativa bastante lucrativa. É uma forma rápida de obter ganhos, seja pela instalação de mineradores em milhares de máquinas ou por pragas que desviam depósitos para as carteiras dos hackers, e também dificilmente rastreável ou, pior ainda, com perdas definitivas, que não podem ser estornadas.

Apesar do crescimento acelerado, entretanto, a McAfee aponta que os roubos de criptomoedas ainda estão longe de aparecerem entre os mais populares do mundo. O setor mais visado pelos criminosos continua sendo o da saúde, seguido pela administração pública e, depois, por bancos e outras instituições financeiras. O motivo também soa óbvio, pois estamos falando de dados sensíveis, roubo de informações de identidade ou clonagem de cartões, abrangendo um total de vítimas em potencial bem maior.

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A preferência também está relacionada à intimidade dos usuários com a tecnologia. Enquanto praticamente todo mundo tem uma conta em banco ou tem seus dados registrados junto aos órgãos públicos, a maioria dos adeptos das criptomoedas possui certa proximidade com o mundo digital e, sendo assim, não são presas tão fáceis, tornando a modalidade, mesmo que lucrativa, com menor aderência.

Entretanto, de tempos em tempos, ainda existem casos de grande potencial, atingindo um número considerável de pessoas. Foi o que aconteceu, por exemplo, no início deste mês, quando um minerador de criptomoedas foi localizado em cerca de 280 mil roteadores infectados, gerando fundos de acordo com a utilização de internet de suas vítimas. Merece nota, também, a inserção de pragas desse tipo em jogos independentes da Steam, seja de forma intencional, pelos próprios desenvolvedores, ou maliciosas.

Por mais que a amplitude ainda seja pequena, o alerta da McAfee é compartilhado por outras instituições de segurança. A Cyber Threat Alliance, organização que reúne empresas e trabalha em prol da segurança da informação, alertou para um crescimento de 459% no número de ataques relacionados às criptomoedas desde 2017, um aumento que deve ser ainda maior ao fim de 2018.

Fonte: The Next Web