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Ministério da Justiça bloqueia R$ 130 milhões em criptomoedas

Por| 06 de Novembro de 2020 às 18h30

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Reprodução/TMF Group
Reprodução/TMF Group

Nesta sexta-feira (06), Ministério da Justiça e Segurança Pública anunciou que bloqueou cerca de R$ 130 milhões em criptomoedas. Elas estavam alocadas em uma provedora de serviços virtuais, que leva o nome de Exchange e está sediada nos Estados Unidos. Suspeita-se que ela estava envolvida em operações fraudulentas.

Ainda de acordo com o ministério, o bloqueio dos ativos foi solicitado pelas autoridades a partir de investigações realizadas pela Polícia Federal (PF) do Rio Grande do Sul, a partir da Operação Egypto, iniciada em maio de 2019. A ação visava uma empresa com sede no município gaúcho de Novo Hamburgo.

Segundo dados da investigação feita pela PF, a companhia em questão prometia retornos de 15% aos seus clientes logo no primeiro mês de aplicação de seus recursos, com o dinheiro sendo investido em criptomoedas. No entanto, as autoridades coletaram indícios robustos de que a companhia captava valores desses investidores sem a autorização do Banco Central.

A pasta afirma que os ativos serão preservados pelas autoridades norte-americanas enquanto os procedimentos judiciais necessários ao seu confisco estiverem em curso no Brasil.

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Operação Egypto

Nas investigações da Operação Egypto, no ano passado, a Polícia Federal, juntamente com a Receita Federal e a Polícia Civil, verificou que em um das contas da empresa de Novo Hamburgo, teriam sido movimentados mais de R$ 700 milhões em criptomoedas, entre agosto de 2018 e fevereiro de 2019. Tudo sem a autorização do Banco Central, como dito anteriormente. Além disso, os sócios da instituição financeira clandestina apresentaram evolução patrimonial de grande vulto, que, em alguns casos, passou de menos de 100 mil para dezenas de milhões de reais em cerca de um ano.


Além dos crimes de operação de instituição financeira sem autorização legal, gestão fraudulenta, apropriação indébita financeira, lavagem de dinheiro e organização criminosa, o inquérito apura o envolvimento de pessoas que teriam tentado obter informações sigilosas da investigação e que foram identificadas.

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Na época, foram cumpridos dez mandados de prisão preventiva e 25 de busca e apreensão no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e em São Paulo. Na região Sul, as buscas foram feitas em Porto Alegre, Novo Hamburgo, Esteio, Estância Velha e Campo Bom. Ao todo, 156 pessoas entre policiais federais (130), servidores da Receita Federal ( 20) e policiais civis (6) atuaram na investigação.

Os acusados passaram a responder por gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, organização criminosa, apropriação indébita financeira, e crimes de operação de instituição financeira sem autorização legal.

Fonte: Agência Brasil