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Mineradores de criptomoedas “somem” e deixam dívida de US$ 1,5 milhão

Por| 14 de Novembro de 2018 às 10h45

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Duas empresas de mineração de criptomoedas que foram certificadas pelo governo da Suécia para operar no país desapareceram, deixando para trás mais de US$ 1,5 milhão em dívidas relacionadas a alugueis não pagos e contas de energia elétrica. Os casos aconteceram no condado de Norrbotten, no sudoeste do país.

No primeiro e mais grave, uma empresa chamada NGDC simplesmente desapareceu do mapa. Quando a energia foi cortada por falta de pagamento, funcionários da empresa elétrica sueca se surpreenderam ao descobrir que não havia mais nada na unidade da companhia, que teria encerrado suas atividades há poucos meses e levado até mesmo os equipamentos embora.

Não se sabe, por exemplo, se a NGDC efetivamente minerou moedas virtuais durante sua estadia no país, mas levando em conta a fatura de US$ 1,5 milhão em energia elétrica nos meses anteriores ao desligamento, a noção é de que esse processamento efetivamente aconteceu. Entretanto, o destino desses fundos e a localização dos responsáveis pela companhia são desconhecidos.

Não ajudou, ainda, o fato de mais de metade das necessidades energéticas da Suécia serem supridas por hidrelétricas, que tiveram seu custo de produção amplificado no início do segundo semestre por conta das secas típicas do verão na região. Esse, inclusive, é considerado como o fator que levou a mineradora a pensar em abandonar o país, utilizando a eletricidade enquanto foi possível, mas de forma que o negócio compensasse apenas se a conta não fosse paga.

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Ainda, a NGDC operava em edifícios públicos locados por Norrbotten, mas o aluguel, pelo menos, foi pago. Não é o caso, entretanto, da Chasqui Tech, que também obteve um apoio dessa categoria, mas nunca apareceu para efetivamente iniciar seus serviços, resultando em uma dívida de US$ 50 mil em locação para trás, uma conta que precisa ser paga pela administração do condado.

Em ambos os casos, há dificuldade em contatar os responsáveis pelas companhias. A empresa elétrica sueca chegou a abrir uma ação judicial para que a NGDC seja considerada fechada e declarada como falida, além de ter solicitado um pedido de prisão de seus proprietários, mas mesmo essa manobra pode se tornar infrutífera caso os responsáveis pela mineradora não sejam localizados para explicarem o que aconteceu e pagar a dívida.

A dificuldade em balancear os gastos com energia elétrica e a obtenção cada vez mais complexa de criptomoedas tem sido a grande dificuldade de muitas das empresas do ramo. A GMO, uma das maiores do setor, operando no Japão, anunciou perdas de US$ 5,5 milhões em sua operação de processamento e há indícios de que ela, assim como tantas outras companhias do setor, deve interromper os trabalhos nesse sentido.

Apesar disso, o governo sueco vê com bons olhos seu apoio às mineradoras, acreditando que o número de empresas desse tipo atuando no país deve dobrar nos próximos cinco anos. A situação atual é um revês, sem dúvida, mas, de acordo com relatos publicados pela imprensa local, os esforços de abertura oficial da nação a esse mercado continuam de vento em popa.

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Fonte: SverigesRadio