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Libra não vem para substituir moedas correntes, promete Facebook

Por| 27 de Setembro de 2019 às 12h33

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Reuters / Dado Ruvic
Reuters / Dado Ruvic
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Substituir moedas correntes ou mudar o sistema financeiro dos países em que estiver atuando não é o propósito do Facebook com a Libra. Foi essa a promessa que fez Bertrand Perez, diretor-geral da Calibra. De acordo com ele, a ideia da criptomoeda da rede social é ajudar a erradicar a pobreza e trazer mais igualdade e sustentabilidade a países emergentes, mas a aplicação de uma nova política monetária a tais nações não faz parte do escopo.

O executivo é um dos responsáveis pela implementação do modelo financeiro, como parte da empresa independente que cuida da Libra. Falando em uma conferência da ONU sobre criptomoedas, ele ecoou a fala recente de Mark Zuckerberg, o criador do Facebook, que disse desejar trabalhar com reguladores para chegar a um consenso que não atrase o lançamento da modalidade financeira, marcado para o segundo semestre de 2020.

Entre as comprovações de que a Libra não vem para substituir moedas correntes está o trabalho com reguladores, o lastro em sistemas monetários existentes de forma a evitar especulação e a categorização da criptomoeda como meio de pagamento pela Finma, autoridade suíça que regulamenta o mercado econômico. São comprovações, para Perez, de que a categoria vem para ampliar e facilitar o acesso a bens e serviços, e não substituir sistemas vigentes.

Declarações desse tipo vêm, justamente, para acalmar os ânimos da comunidade internacional na medida em que o Facebook sofre cada vez mais escrutínio sobre o lançamento da Libra. Enquanto alguns governos querem saber mais, mas mantêm o pé atrás, outros já pensam em barrar a chegada da criptomoeda, como é o caso da Índia, justamente um dos mercados prioritários para a rede social no lançamento.

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Nos Estados Unidos, a preocupação é com a proteção dos dados dos usuários e questões relacionadas à privacidade, principalmente agora que informações financeiras estão envolvidas. Legisladores do país chegaram a fazer um pedido ao Congresso para que uma moratória seja imposta, impedindo o lançamento da criptomoeda até que as questões necessárias sejam respondidas.

Na Europa, a situação também não é tranquila, com o temor de que a criptomoeda chegue para substituir moedas tradicionais. Para a França, por exemplo, o uso da Libra deve ser atrelado apenas a transações e não transformado em um sistema monetário completo como acontece, por exemplo, com outras criptomoedas.

Fonte: Reuters