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Bitcoins têm pior queda desde novembro de 2017

Por| 29 de Junho de 2018 às 14h24

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Bitcoins têm pior queda desde novembro de 2017
Bitcoins têm pior queda desde novembro de 2017

As Bitcoins registram, na manhã desta sexta-feira (29), seu pior valor desde novembro do ano passado. As moedas virtuais estão operando abaixo da marca dos US$ 6 mil, a US$ 5.919 no momento em que esta reportagem é escrita, uma redução de quase 3%. No acumulado de junho, a queda já é de 15%.

A queda, claro, levou consigo outras modalidades desse mercado, que apresentaram baixa ainda mais significativa. No momento em que este texto é escrito, o valor da Ethereum tem baixa de 4,79%, operando a US$ 414,61, enquanto a Ripple tem queda semelhante, de 4,59% e opera a US$ 0,43 por unidade. Entre as dez maiores moedas virtuais, somente a Tether apresenta leve alta, operando a US$ 0,99 e alta de 0,16%, enquanto a maior desvalorização foi sentida na Stellar, com redução de 6,74%, operando a US$ 0,17.

E as notícias negativas, sempre elas, foram as responsáveis pelo movimento de descida. Alertas negativos publicados por instituições financeiras, principalmente, da Europa, se uniram às notícias já de algumas semanas de uma baixa no interesse dos mineradores, pois, na medida em que o valor das moedas virtuais vai caindo, torna-se cada vez menos interessante manter as máquinas de geração de unidades ligadas.

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O Banco da Inglaterra emitiu nesta quinta-feira (28) um parecer desfavorável aos investimentos em Bitcoins e outras modalidades. O aviso foi dado, especialmente, a bancos de investimentos e seguradoras, desincentivando a aplicação e, principalmente, a promessa de garantias quando o assunto é criptomoedas, devido a indícios de fraudes, golpes virtuais e, principalmente, novas desvalorizações.

Enquanto isso, mineradores de países emergentes estariam ficando desestimulados. Na medida em que os cálculos necessários para geração de unidades se torna mais e mais complexo e demorado, a queda no valor e o desinteresse de investidores faz com que manter as unidades de mineração ligadas não valha mais tanto a pena assim. É um movimento que, inclusive, vem causando a tão sonhada baixa nos preços das placas de vídeo, um dos componentes essenciais para esse tipo de aparelho.

De acordo com Robert Slyumer, da Funstrat, é preciso que o valor das Bitcoins aumente para a marca dos US$ 6.300 ao longo das próximas semanas, de forma a manter viável o investimento em hardware e o funcionamento de mineradoras. Caso contrário, um desligamento em massa e a fuga do mercado pode trazer consequências ainda mais danosas ao setor como um todo.

Ran Neu-Ner, especialista nesse segmento e ativo no mercado de transações com moedas virtuais, entretanto, não vê o futuro com positividade e prevê que o valor das Bitcoins pode chegar a menos de US$ 5 mil antes do final de julho, com uma queda vertiginosa levando o preço da unidade à marca dos US$ 5,3 mil apenas nas próximas duas semanas. A má notícia, porém, vem acompanhada de uma boa já que, para ele, é hora de investir.

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A compra na baixa pode ser uma boa oportunidade para quem está de olho nesse mercado mas ainda não embarcou nele. Segundo Neu-Ner, não existe mais o temor relacionado a uma bolha no segmento de criptomoedas, e por mais que novas desvalorizações estejam no horizonte, a tecnologia veio para ficar, principalmene quando se fala na blockchain, uma arquitetura que vem sendo estudada e aplicada por grandes empresas em iniciativas que vão além do mercado financeiro, apenas.

O aviso de positividade, então, é para quem tem dinheiro para investir no longo prazo, enquanto quem espera lucros mais rápidos deve deixar esse mercado de lado. Ele também alerta os investidores para ficarem de olho em duas outras modalidades além das Bitcoins, a Ada, da Cardano, e a Neo, que vem apresentando crescimento na China com base, justamente, na oferta de uma plataforma de blockchain para operações que vão além, apenas, do mercado financeiro e gerenciamento de transações.

Prova disso é o fato de que, desde janeiro, mais de US$ 13,7 bilhões em vendas de criptomoedas já foram registradas, mais do que o dobro do acumulado em 2017 como um todo. Muito desse montante, claro, é reflexo do frenedi visto no começo deste ano, mas sua manutenção é um sinal de que as modalidades continuam tendo boa performance, apesar das quedas.

Apesar disso, os pedidos de cautela, alertas de perigo e vislumbres de otimismo em nada lembram a situação vista no fim do ano passado, quando as Bitcoins chegaram a ultrapassar a marca dos US$ 10 mil e se tornaram a verdadeira febre dos investidores e mercado digital. Desde então, o valor total do mercado de criptomoedas já caiu mais de 70%, com os US$ 800 bilhões de janeiro se transformando em cerca de US$ 230 bilhões neste final de junho.

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Fonte: Reuters, Coin Telegraph, CNBC