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Bitcoin: promessa ou realidade?

Por| 29 de Agosto de 2018 às 07h53

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Bitcoin: promessa ou realidade?
Bitcoin: promessa ou realidade?

*Por Piero Contezini

O Bitcoin não é e nunca será popular. Prova disso é o resultado do estudo publicado em julho deste ano pela Gallup, empresa de pesquisa de opiniões focada nos Estados Unidos. De acordo com ele, 96% dos investidores que têm mais de US$ 10 mil em ativos nos EUA conhecem o Bitcoin, porém 72% afirmam não ter interesse em comprar a moeda digital. Na pesquisa foram entrevistadas mais de duas mil pessoas e apenas 2% delas possuem Bitcoin.

Quando se começou a falar sobre a moeda virtual acreditava-se que ela revolucionaria o modo como grandes e pequenas transições são feitas, mudaria paradigmas do mercado financeiro e facilitaria nosso relacionamento com o dinheiro. O erro, portanto, pode ter sido de entendimento. Isso porque o Bitcoin foi criado como uma espécie de Ouro virtual, inclusive com um algoritmo de escassez. Seu objetivo principal é guardar dinheiro e não transacionar.

Outras criptomoedas foram criadas com o papel de substituir o dinheiro em transações. Um exemplo é o Etherium, que usa a mesma tecnologia do Bitcoin, o blockchain, para transacionar valores por meio de aplicativos e outras plataformas. No Asaas, por exemplo, uma plataforma para gestão financeira e de cobranças, é possível pagar um boleto por meio da criptomoeda.

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A popularidade do novo modelo financeiro vem diminuindo. Uma pesquisa realizada pelo Harris Poll, identificou que no mercado norte-americano, 24% dos que conhecem criptomoedas como Bitcoin e Etherium apostam que eles terão uma alta nos próximos anos. Já 29% aguardam uma queda no valor das moedas digitais. Além disso, 35% das mais de mil pessoas ouvidas acham que o mercado vai ficar instável.

Apesar das tecnologias estarem prontas, os processos ainda são nebulosos, o que causa desconfiança no mercado. O que os investidores e a mídia pintaram como um cenário otimista, não passa de uma promessa que ainda tem muito caminho a percorrer para se tornar realidade.

Sem dúvida, as criptomoedas vieram para descentralizar o controle do dinheiro. Hoje este é de monopólio dos países e a ideia é que volte para a população. O que ainda não está claro é quando elas serão efetivamente adotadas pela população em geral.

* Piero Contezini é CEO da Asaas