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Intel revela apostas em inteligência artificial e wearables na Computex 2016

Por| 02 de Junho de 2016 às 20h29

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Nesta quinta-feira (2), a Intel anunciou mudanças significativas na empresa durante a Computex. Além do remanejamento do vice-presidente, a fabricante de chipsets divulgou que vai focar não apenas no mercado de PCs, como também dar total atenção aos wearables e apostar suas fichas na Internet das Coisas.

Para Navin Shenoy, vice-presidente da companhia e agora nomeado responsável pelo setor que engloba todos os produtos, uma das principais metas da Intel é desenvolver uma inteligência artificial. "A habilidade de manipular, ver coisas em qualquer lugar, conversar com coisas de um jeito mais natural, isso é a próxima grande invenção na computação. E não será apenas com computadores, mas com telefones, tablets e novas invenções", explica.

Enquanto nós vivemos em tempos de "computação de destino", isto é, você vai até o computador, e "computação de bolso", os smartphones, Shenoy fala do conceito de "computação de ambiente", a tecnologia que ocupa todo o meio onde vivemos. "Ainda temos problemas na computação de ambiente, como consumo e processamento por computadores de alta performance. E nem tudo acontece na nuvem. Teremos coisas nas nuvens e outras locais", afirma Shenoy. "Nós vamos fazer o que sempre fizemos: solucionar problemas que ninguém consegue", complementa.

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Muito da noção de computação de ambiente está associado ao mobile. Os smartphones permitiram esse rápido acesso à tecnologia que temos, no entanto, a tecnologia futura não vai confiar apenas nele. Parte dos processos será executada por computadores.

No evento, foi inevitável lembrar que a Intel criou os processadores mobile SoFIA, que acabaram sendo descontinuados. Admitindo o "calcanhar de aquiles" da Intel em termos de chipsets mobile, o vice-presidente explica que a empresa pretende ir além dos celulares, mas, de alguma forma, estará presente neles, como por exemplo via modem e rede. "Se pensarmos no 5G, vai ser um jeito completamente diferente de pensar a rede, de um canal estreito da Internet das Coisas para um que chega a 60 GHz", afirma.

As tecnologias recentes como machine learning ainda não são significativas – hoje em dia responsáveis por 1% do aprendizado –, mas são de extrema importância. Com o uso dos processadores com matrizes de portões programáveis (FPGAs), recentemente adquiridos da Altera, será possível fazer com que os bancos de dados aprendam muito mais e rapidamente e compartilhem as informações, por exemplo, com carros autônomos. "Talvez isso chegue aos PCs", comenta Shenoy.

Shenoy compara a necessidade atual – e a sua meta – de desenvolver uma inteligência artificial no melhor estilo J.A.R.V.I.S, do Homem de Ferro, com todos os eletrônicos inteligentes conectados. Se a vida imita mesmo a arte, em seguida será a vez das armaduras voadoras? No que depender da Intel, parece que sim.

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Com informações de Engadget