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Pentágono cancela contrato bilionário de nuvem disputado por Microsoft e Amazon
O contrato de computação em nuvem vencido pela Microsoft em 2019 para atender o Pentágono vai ser cancelado. O órgão anunciou a decisão na terça-feira (6) e o projeto Jedi (sigla para Joint Enterprise Defense Infrastructure), avaliado em US$ 10 bilhões em 10 anos, agora deixa de existir.
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O projeto inicial foi criado para consolidar as capacidades de computação do Pentágono e permitir que o órgão pudesse armazenar e processar grandes quantidades de dados confidenciais, bem como compartilhá-los de forma segura. Além disso, outro objetivo era expandir o uso de inteligência artificial no Departamento de Defesa.“Com a mudança no ambiente de tecnologia, o contrato Jedi Cloud não atende mais aos requisitos", diz um comunicado do Pentágono.

Depois que a Microsoft foi escolhida como parceira comercial pela entidade para implementar o sistema no Departamento de Defesa, a Amazon processou o governo americano. A alegação foi que a seleção foi baseada em "parcialidade sistemática, má-fé e influência indevida" de Donald Trump, o ex-presidente dos EUA.
A expectativa inicial era que a Amazon vencesse a disputa, já que sua Amazon Web Services (AWS) lidera esse mercado. Com o pedido da empresa na Justiça, a viabilidade do contrato foi afetada. O cancelamento vem um ano depois de a Justiça americana determinar que o projeto devia ser paralisado. Essa decisão deve atrasar ainda mais a chegada das capacidades de computação em nuvem para as tropas, que já esperam há anos pela tecnologia.
Novo projeto
O novo projeto do órgão deve se chamar JWCC (sigla para Joint Warfighter Cloud Capability) — que é bem menos glamusoso que Jedi. O Pentágono pretende ter mais de um fornecedor no programa. Desta vez, não haverá uma licitação pública: a entidade deve pedir propostas diretamente à Microsoft e à AWS, tida como as únicas capazes de atender aos requisitos. “É provável que haja uma parceria conjunta entre elas”, avalia John Sherman, CIO interino do Departamento de Defesa.
A Amazon comemora a decisão. Agora, sua maior concorrente, a Microsoft, provavelmente não será a única fornecedora do Departamento de Defesa. Empresas como Google e Oracle devem ser estudadas pelo Pentágono para saber se têm condições de participar do processo.
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