Brasil é o segundo país que mais perde dados na nuvem
Por Luciana Zaramela | 10 de Setembro de 2012 às 14h05
No Brasil, o índice de falhas de segurança de dados ou problemas com serviços de cloud computing é assustador e só vem a confirmar mais ainda a questão da segurança como fator crítico. É necessário adotar soluções e serviços de cloud computing.
A Trend Micro, empresa especializada em segurança virtual, realizou um estudo chamado Cloud Security Survey Global em junho e ouviu 1,4 mil gestores de TI no Japão, Reino Unido, Estados Unidos, Índia, Alemanha, Canadá e Brasil.
O levantamento revelou dados interessantes: 46% das empresas analisadas reportaram falhas de segurança em seus relatórios, ou seja, houve um aumento de 3% desde 2011. No Brasil, 55% dos entrevistados admitiram enfrentar falhas ou até mesmo perda de dados. Os números colocaram o país em segundo lugar no ranking mundial de falhas e perdas, atrás apenas da Índia, que registrou índice de 67%.
A segurança de dados é uma das principais razões para o adiamento na decisão de adotar soluções em nuvem, segundo 53% dos tomadores de decisão entrevistados. Isso só vem a confirmar a declaração de 40% dos participantes, que afirmaram que seus requisitos de segurança de TI não são atendidos pelos serviços atuais na nuvem.
A pesquisa aponta que o Japão é o país com menor taxa de adoção de serviços de cloud computing (46%). Já o Canadá e a Índia são os que mais utilizam esta tecnologia, com 51% e 49%, respectivamente. O Brasil está um pouco abaixo da média global de adoção da nuvem, com 56%.
Levando-se em consideração as distintas mobilidades do serviço, a taxa de adoção de nuvem pública no país é de 46%, e a de nuvem privada, de 47%. Tratando-se de virtualização de servidores, a taxa nacional é a mais baixa de todos os países pesquisados: 50%.
Ainda de acordo com os dados da pesquisa, apesar do claro receio que o país demonstra em utilizar serviços de cloud computing, houve um aumento do número de empresas que implantaram soluções em ambientes públicos e privados, resultando em um salto de 13%, em 2011, para 20%, este ano.