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“Sexting” deixa as pessoas mais felizes, mas as expõe a mais riscos

Por| 24 de Setembro de 2019 às 16h30

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(Imagem: Getty Images)
(Imagem: Getty Images)

Já mandou um nude para o seu par perfeito hoje? Segundo um estudo da Universidade de West Scotland, o chamado sexting, ou seja, o ato de enviar mensagens picantes por texto ou mídia, traz efeitos polarizados para as pessoas, deixando-os mais contentes com suas vidas sexuais, mas também expondo-os a certos comportamentos de risco.

Já não é de hoje que o envio de mensagens mais desavergonhadas tornou-se algo tão popular na internet e, convenhamos, há até redes sociais e aplicativos inteiros dedicados à exibição de corpos ou de atos sexuais. Esse tipo de comportamento, segundo o estudo, traz benefícios e malefícios em igual medida.

Os prós

Se você manda nudes (de maneira saudável, com a devida permissão e cumplicidade de seu parceiro, obviamente), você tem uma vida sexual mais plena e satisfatória. Isso é o que indica a pesquisa da universidade britânica: de uma forma resumida, a pesquisa chegou a mostrar níveis de até 85% a mais de satisfação versus quem evita tal comportamento.

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A maior parte das pessoas que relatou toda essa satisfação (cerca de 75%) estava em um relacionamento sério, fixo — seja um namoro ou casamento, e alegou usar o sexting como uma espécie de “quebra-gelos” para a ideia de ter relações sexuais em algum momento ao longo do dia. Pense assim: você está em uma reunião e recebe um nude da pessoa amada. Você o vê discretamente e, na sua cabeça, já se forma a ideia de que, quando sair do trabalho, algo de bom pode acontecer.

Os contras

Pessoas que abusam do sexting são mais propensas a adotarem comportamento sexual de risco, como desprezar o uso de métodos contraceptivos ou que contribua para a disseminação de infecções sexualmente transmissíveis (o nome dado ao que conhecíamos antigamente por “DST”). Isso se mostrou especialmente real quando a conversa “proibida para menores” partia do lado masculino: homens se mostraram mais propensos a, por exemplo, tentar descartar o uso da camisinha ou então de abandonar áreas de segurança em busca de encontros sexuais “às cegas”, sem conhecer a pessoa antes da relação.

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Claro, isso depende também da mentalidade da pessoa e da sua propensão a tomar ou não certos cuidados. Ainda assim, a dualidade nos resultados do estudo indica que há muito mais por trás do sexting do que a mera troca de safadezas.

O método

De acordo com o resumo do estudo na página da editora Spring — especializada na publicação desse tipo de pesquisa —, a Universidade de West Scotland ouviu apenas 244 pessoas para estabelecer um recorte de público. A amostragem, para alguns, pode ser considerada baixa demais e ter um impacto direto nos números resultantes.

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Mais além, a execução da pesquisa consistiu de fazer com que os entrevistados respondessem a diversos tipos de perguntas, relacionadas à frequência com que faziam uso do sexting, permeando-as em frases afirmativas como "Enviar mensagens eróticas é comum em um relacionamento e/ou amizade", "Eu não tenho nenhum problema com minha vida sexual", "Meu/Minha parceiro(a) atende todas as minhas necessidades", "Eu tenho chances de fazer sexo sem camisinha". A ideia, indica o sumário, era a de aferir à reação dos entrevistados diante de algumas das afirmações feitas.

A pesquisa completa já está disponível para leitura (em inglês) e é gratuita.

Fonte: Springer (resumo do estudo)