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População turca destrói iPhones para irritar Trump após sanções econômicas

Por| 20 de Agosto de 2018 às 18h18

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População turca destrói iPhones para irritar Trump após sanções econômicas
População turca destrói iPhones para irritar Trump após sanções econômicas

Após Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia, afirmar publicamente que o país fará um boicote aos produtos eletrônicos vindos dos EUA devido às altas taxas de exportação de metais turcos, a população está descontando toda a raiva e frustração política em iPhones. Vídeos mostrando cidadãos turcos pisoteando ou destruindo os smartphones da Apple surgiram por todos os cantos da Internet.

Além do aumento nas tarifas sobre produtos e materiais, também há disputas diplomáticas que deixam conturbadas as relações entre Ancara e Washington, como é o caso do pastor estadunidense Andrew Brunson, acusado de espionagem e terrorismo, mantido em prisão domiciliar na Turquia. O governo Trump insiste que as acusações contra Brunson são inverídicas, alegando que o governo Erdogan o mantém no país por razões políticas e exigindo sua soltura imediata. Na negativa de liberar o preso, Trump ameaça o país com sanções e aumentos de tarifas de exportação.

Erdogan, por outro lado, diz que o sistema jurídico de seu país deve ser respeitado, cabendo ao tribunal de Ancara decidir o destino de Brunson, o que deve ocorrer ao longo desta semana, uma vez que o caso será julgado nas intâncias superiores após Brunson ter seu recurso rejeitado pela primeira instância na quarta-feira passada (15). Brunson viveu na Turquia pelos últimos 20 anos e foi recluso em prisão por dois anos, antes de ser transferido para o regime domiciliar em julho de 2018.

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Devido aos temores de instabilidade econômica que as possíveis sanções estadunidenses causaram, a lira turca despencou em valor. Entretanto, Erdogan se recusou a ceder à pressão de Trump e aconselhou que seus cidadãos rejeitem produtos fabricados no país americano, orientando que a população consuma marcas concorrentes, como a Samsung, ou mesmo fortaleça a indústria tecnológica local ao comprar smartphones Venus, fabricados pela companhia turca Vestel, que já apresentou valorização de 5% nas ações. A Apple detinha, até o início da disputa, cerca de 15% do mercado de aparelhos móveis da Turquia. A lira turca recuperou parte do valor perdido nas últimas 24 horas, muito graças às promessas de países árabes de ceder bilhões de dólares em financiamento para a economia do país ameaçado por Trump.

A população não só tem atendido às orientações presidenciais como tem recheado as redes sociais de vídeos onde iPhones são simbolicamente destruídos em frente às câmeras. Em um dos vídeos mais visualizados, um adulto não identificado acompanhado de seis jovens segurando uma bandeira turca martelam o que parecem ser cinco iPhones. No vídeo, o turco se dirige a Trump e pergunta "Quem você pensa que é?" e "Se você quer tanto nos ameaçar, só nos fará rir. Faça o que estiver ao seu alcance". A publicação pode ser vista na reprodução abaixo:

E não são só os iPhones que estão na mira da raiva simbólica do povo turco: qualquer símbolo da hegemonia econômico-cultural estadunidense está valendo. A correspondente da CBS News Holly Williams relatou que a população têm ateado fogo em notas falsas de dólares estadunidenses durante as demonstrações de resistência em vídeo.

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A postagem abaixo reproduzida veio de um jornalista local que compartilhou este menino turco despejando três litros de Coca-Cola direto na privada contra as pressões estadunidenses:

Há inúmeros outros vídeos mostrando turcos atirando ou incinerando iPhones. Em um deles, um parlamentar do Partido do Movimento Nacionalista Turco, Cemal Enginyurt, é visto comprando um aparelho Samsung e solicitando que um colega atire seu antigo smartphone Apple no chão e o pisoteie, o que é feito debaixo de falas como "os EUA estão sendo arrastados pelo chão".

Fonte: CBN News