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Empresas agora querem invadir os sonhos alheios com anúncios

Por| Editado por Luciana Zaramela | 22 de Novembro de 2021 às 12h15

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twenty20photos/envato
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Desde que pesquisadores conseguiram inserir imagens nos sonhos de outras pessoas, pairou no ar aquela sensação de que "a tecnologia está indo longe demais". Pelo visto, dá para ir mais longe ainda: um grupo de cientistas de Harvard, do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e da Universidade de Montreal publicaram uma pesquisa alegando que 77% dos profissionais de marketing planejam usar publicidade nos sonhos — e isso nos próximos três anos.

Os pesquisadores alertam que o uso comercial com fins lucrativos da incubação de sonhos (a apresentação de estímulos antes ou durante o sono para afetar o conteúdo dos sonhos) está rapidamente se tornando uma realidade. "Vários estudos de marketing estão testando abertamente novas maneiras de alterar e conduzir o comportamento de compra durante o sono", afirma o grupo, em entrevista ao portal Aeon.

No início do ano, os pesquisadores chegaram a fazer uma crítica a anunciantes que planejam "hackear" os sonhos, e aproximadamente 40 cientistas assinaram o documento, que anunciava que a Federal Trade Commission, que regula a publicidade nos Estados Unidos, deveria atualizar as diretrizes para proibir essa técnica de invadir os sonhos alheios com anúncios.

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"É importante agir antes que seja tarde demais. É apenas uma questão de tempo para que as empresas que fazem wearables, aplicativos e outras tecnologias que monitoram o sono comecem a vender esses dados para obter lucro", alertam os cientistas.

Fonte: Aeon