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Bem-estar e consciência digital em tempos de pandemia

Por| 29 de Setembro de 2021 às 10h00

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Envato /  twenty20photos
Envato / twenty20photos

A evolução da tecnologia mudou a maneira como vivemos e nos comunicamos. Os smartphones, por exemplo, já se tornaram uma extensão de nós mesmos. Os dispositivos móveis nos oferecem milhares de informações e possibilidades que deixam a nossa rotina mais simples. Porém, pela primeira vez na história, vivemos os impactos de uma pandemia amplamente conectados e com todo o conforto da tecnologia usada a nosso favor.

A pandemia nos obrigou a modificar rapidamente vários dos nossos hábitos, incluindo o próprio formato de trabalho, que, para grande parte das empresas, precisou acontecer com cada funcionário em sua casa. Se não fosse a tecnologia, não teríamos passado por tantos desafios e aprendido tanto com esse episódio. 

Em particular, os smartphones nos ajudaram em vários graus, para nos manter informados, fazer compras on-line, dar continuidade às nossas tarefas de trabalho, permitir que os filhos assistissem aulas online, manter contato com os entes queridos que moram longe, e também nos entreter. Mas, principalmente, nestes quase dois anos, a tecnologia nos permitiu estar mais perto de quem amamos.

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Acredito que é agora  o momento certo para repensar o uso da tecnologia de uma maneira mais consciente e saudável. É uma combinação de qualidade e quantidade. Nossa rotina mudou, estamos mais conectados do que nunca, mas essa conexão não pode deixar de acontecer também offline.

No entanto, o equilíbrio também passa por descondicionamento de padrões,sejam eles on ou offline. Por exemplo: já pensou na forma como realiza suas tarefas básicas diárias, como escovar os dentes, tomar banho, vestir o pijama? Normalmente, seguimos padrões definidos por nós mesmos e tendemos a repeti-los exaustivamente, da mesma forma. Isso faz com que essas ações se tornem mecânicas e quase automáticas. Simplesmente fazemos, não pensamos. Nossos hábitos do dia a dia nada mais são do que a repetição de padrões. 

E você já se aventurou a fazê-las de outra forma? Por exemplo, começar a passar o sabonete no banho pelo pé esquerdo, em vez de iniciar pelo rosto? Calçar o pé do sapato direito primeiro que o esquerdo? Esse tipo de exercício faz com que o nosso cérebro descondicione padrões e que novas possibilidades surjam com base nessa quebra.

Pois bem, o mesmo desafio se aplica à famosa desintoxicação digital. Mas, afinal, qual o significado desse termo, tão usado atualmente? A desintoxicação digital é definida pelo Dicionário Oxford como um “período durante o qual uma pessoa se abstém de usar seus dispositivos eletrônicos, como smartphones, considerado uma oportunidade para reduzir o estresse ou focar na interação social no mundo físico”. Essa definição concebe a desintoxicação digital como a abstinência temporária de dispositivos eletrônicos para se purificar, semelhante ao jejum.

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Imagino que você esteja se perguntando agora “por que uma pessoa que faz parte de uma empresa que fabrica smartphones está falando sobre detox digital?”. Pode parecer um contrassenso, mas não é. Todo consumo deve ser pautado em limites de uso, pois qualquer hábito em excesso pode fazer mal. A verdade é que temos de usar nosso tempo da forma mais inteligente e eficiente possível. Logo, se o seu dispositivo ou os aplicativos que você usa estão tomando mais tempo do que gostaria e não sobra nenhuma oportunidade para outras tarefas que também lhe fariam bem, você pode tomar o controle disso e mudar. 

Meu convite é para nos permitir romper padrões, definir limites e descondicionar o cérebro, para que ele possa ficar apto a operar de forma diferente, sobre assuntos diferentes. De acordo com a pesquisa Special Issue: Digital Wellbeing in an Age of Mobile Connectivity (MMC, 2021), a eficácia das intervenções de desintoxicação digital é apresentada em uma visão geral, estruturada de acordo com as categorias: tempo de uso, procrastinação, autocontrole, saúde e bem-estar e relações sociais.

O principal, nessa situação tão particular, é seguir algumas dicas que podem ser úteis para encontrar um equilíbrio entre nossa vida e o uso de smartphones, como planejar períodos de desconexão, usar aplicativos que permitam controlar o tempo de tela e sua luminosidade desativar as notificações (que podem, em muitos casos, nos deixar ansiosos) e estabelecer limites ou horários em que você não use nenhum dispositivo.

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Viver permanentemente conectados nos dá a possibilidade de estabelecer e aumentar os vínculos com os amigos e parentes, estudar, trabalhar e nos entreter. O bem-estar e a consciência digital são conceitos cada vez mais reais para todos, e a constante presença da tecnologia em nossa vida pode ter um impacto positivo, se realmente fizermos bom uso dela. Utilizando as diferentes plataformas e os apps de forma segura, a fim de maximizar seus benefícios, evitar riscos e gerar consciência, é possível modificar o impacto que os dispositivos e sua rede podem provocar. 

Portanto, estar desconectado não significa estar ocioso. Existem outras atividades estimulantes para dar essa pausa digital, aguçar nossa criatividade e construir cognições cerebrais diferentes. Que tal testar um novo exercício? Aprender a tocar um instrumento? Desenvolver trabalhos manuais? Depois que começar, você não vai se arrepender!