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Millenials preferem ser empreendedores no trabalho

Por| 26 de Março de 2015 às 08h03

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Millenials preferem ser empreendedores no trabalho
Millenials preferem ser empreendedores no trabalho

Nascidos a partir de 1982, os millennials são alvo de constantes avaliações e análises de especialistas. Considerados nativos digitais, estão revolucionando o mundo e a forma de pensar economia, a organização social e quebrando paradigmas no trabalho. No Brasil, uma pesquisa conduzida pela SocialBase mostra que 49% dos jovens enfatizam empreender ser seu próximo passo na carreira – e isso é algo que o mercado não pode ignorar.

Segundo a revista Time, em artigo publicado em 2013, os millenials seriam a "geração EU, EU, EU" e representam mais de 50 milhões de jovens em todo o mundo. Além disso, os membros dessa geração acreditam obter sucesso profissional muito mais cedo e sem muito esforço. Para os especialistas, seriam também mais alienados, porque demonstram menores níveis de engajamento social, pois falta a eles consciência coletiva.

Outro estudo, feito pela Deloitte, porém, apontou que, ao contrário das ideias da revista americana, os millennials estão preocupados com uma vida equilibrada entre o trabalho (economia) e o social (qualidade de vida).

Segundo a Deloitte, 75% dos jovens salientam que as organizações estão concentradas em excesso em suas agendas e lucros e deixam de lado o mais importante: sociedade, pessoas e o propósito. Os números apontam também uma queda do interesse destes jovens em atuar em multinacionais. Apenas 35%, em mercados desenvolvidos, declaram desejar participar destas organizações; em mercados emergentes o percentual sobe para 51%, mas em queda se comparado ao estudo de 2013.

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Na pesquisa conduzida pela SocialBase, 74% dos jovens millenials acreditam que as empresas devem investir tanto na geração de capital quanto na melhoria social e o desenvolvimento de seus colaboradores. De acordo com os jovens — seguindo a tendência mundial — as empresas focam em demasia em seus lucros e sua agenda, deixando de lado o social.

O resultado também comprova o baixo interesse de jovens brasileiros em atuar nas empresas de nível mundial. Abaixo dos números verificados em mercados emergentes, somente 30% anseiam empregar-se em multinacionais. Para o jornalista e professor da Universidade do Vale do Itajaí, Gustavo Zonta, a academia está se esforçando cada vez mais para mostrar aos estudantes o caminho do empreendedorismo.

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No entanto, ele relata que ainda há um longo caminho a percorrer. “Acredito que seja preciso despertar ainda mais nos estudantes essa potencialidade para que novas empresas surjam, mas confio que o cenário é cada vez mais promissor. E isso é muito positivo! Quanto mais diverso os serviços oferecidos, mais oferta de trabalho e também mais procura por esses profissionais".

Os millenials têm como meta o famoso "trabalhar com o que gosta". Foi por isso que Mari Bleyer, CEO da Nuvem Comunicação, distanciou-se das empresas para buscar autonomia. Para ela, o acúmulo de pequenos incômodos corporativos interfere na convivência com a família.

“Sempre achei extremamente absurdo passar mais tempo com as pessoas do trabalho do que com a minha família”, analisa. Para ela, embora seja ‘normal’, a rotina intervém até mesmo em coisas básicas, como uma ida ao banco ou ao médico. “Tudo dependia de atestados ou compensação de horas, mesmo que, independente da ‘falta’ meu trabalho estivesse todo em dia”, diz Mari.

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Segundo Cláudio de Musacchio, doutorando em Informática na Educação, esta geração é mais saudável, mais esportiva e defende o meio ambiente com bandeiras de crescimento sustentável. “São ‘nerds’ e estão buscando os estudos como meta de melhorar a vida e não somente seu status profissional em busca de melhores salários”, complementa.

Embora ainda utilizado por algumas empresas como apelo de captação a novos talentos, os altos salários são apenas um dos pontos avaliados pelos profissionais millennials. Segundo a pesquisa, 29% dos entrevistados dizem que uma alta remuneração é o que mais atrai na escolha de um novo posto de trabalho. Por outro lado, para a maioria deles (77%), as empresas que possuem um bom clima organizacional e a possibilidade de atuar em home-office e/ou com horários flexíveis têm a preferência na hora da escolha.