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A volta dos grandes eventos e festivais

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gpointstudio/Freepik
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Minha história com grandes festivais começou aos oito anos de idade. Nessa época o Memorial da América Latina, em São Paulo, oferecia uma agenda de shows gratuitos com artistas como Milton Nascimento, que eu adorava. Lembro que para ter acesso a ingressos dos shows era necessário pegar uma fila para retirar uma senha e só então conseguir um ingresso.

Ao ficar mais velha, passei a frequentar shows e festivais com amigas, até que comecei a trabalhar na produção desses eventos. O primeiro show que eu produzi foi a turnê do U2, em 2005. Eu cuidava dos acessos ao estádio e dos fãs que acampavam por dias para ter a chance de ver o seu ídolo de perto.

E, trabalhando nessa área, acompanhei de perto como a era dos grandes eventos ao vivo foi revolucionada com a popularização dos smartphones a partir de 2009, com o lançamento do primeiro aparelho Android no Brasil: o Motorola Dext. A evolução da tecnologia fez com que pudéssemos registrar esses momentos em fotos, vídeos e até publicá-los praticamente em tempo real. Tudo isso na palma da mão. Até então, era preciso ter uma máquina fotográfica digital, baixar os arquivos em um computador e compartilhar em fotologs ou em redes como o Orkut e MySpace, nos primórdios das redes sociais.

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O smartphone se transformou em um hub multimídia. Se antes era necessário ter uma câmera para tirar fotos, uma filmadora para fazer vídeos, um discman para ouvir música, um computador para ler emails e trabalhar e um console para jogar games, passamos a contar com a facilidade de termos tudo isso em um único device. E mais, também nos possibilita comprar ingressos para essas atrações de forma fácil e rápida.

Apesar de sempre estar no backstage, a emoção de ver grandes shows chegou a outro nível. Passei a eternizar shows como Björk, Juliette Lewis, Arctic Monkeys, The Killers e Caetano Veloso na minha memória e na nuvem!

Por essas e outras tantas histórias que eu tenho certeza que 2022 será um ano inesquecível e de resgate desses momentos únicos que podemos partilhar com amigos e familiares. Há oportunidades para marcas e empresas apoiarem esses grandes eventos e, mais do que isso, serem patrocinadoras da cultura brasileira olhando também para festividades regionais.

As pessoas que frequentam festivais de música, outros eventos como a Stock Car ou até mesmo partidas de futebol, por exemplo, querem se relacionar e curtir a atração com tudo o que o evento pode oferecer. No caso dos shows, as empresas podem proporcionar conveniência ou experiências memoráveis que irão ajudar nessa consideração de marca. E a consistência é a palavra de ordem: a marca precisa ter uma conexão com o território em questão, ou a pretensão de criar um, para transformar o apoio em um residual positivo.