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Para encarar Netflix, Amazon quer lançar pelo menos 30 filmes por ano

Por| 19 de Fevereiro de 2019 às 10h47

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A chegada de uma nova diretora para seus estúdios de produções originais vai aumentar significativamente o ritmo de lançamento de filmes no Amazon Prime Video. De acordo com Jennifer Salke, a nova responsável pelo segmento, a ideia é lançar pelo menos 30 produções anuais por meio do serviço, com esse total dividido entre blockbusters, longas com caráter artístico e trabalhos menores focados especificamente no streaming.

Essa última categoria também marca uma mudança na estratégia da Amazon, que até então sempre lançava seus filmes nos cinemas algum tempo antes de sua chegada ao serviço, mesmo que essa estreia durasse apenas algumas semanas. A nova dinâmica envolve mais produções e um trabalho mais apurado de marketing, com diferentes propostas para diferentes tipos de públicos.

Mas não é como se os filmes da empresa fossem deixar de dar as caras nas telonas. Principalmente no caso das produções com foco artístico e que miram, claro, as premiações, o lançamento nos cinemas é necessário de acordo com regras do mercado. Mesmo assim, Salke diz que o intervalo entre exibição e disponibilização no serviço de streaming também será modificado, dos atuais e tradicionais três meses para uma série de opções de acordo com a estratégia da empresa. Em alguns casos, o espaço pode ser de apenas duas semanas, enquanto em outros pode levar bem mais tempo.

A ideia da executiva é não passar a impressão de que a Amazon é uma “padaria” de produções. A ideia é dar o devido destaque a cada um dos trabalhos originais e permitir que eles tenham o destaque que merecem antes do próximo blockbuster, dando aos filmes o tempo necessário para absorção e, principalmente, aos usuários um espaço para que tudo seja visto com calma, sem que a lista de preferidos fique enorme.

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Tudo isso, de acordo com a diretora dos estúdios, caminha lado a lado com os esforços voltados para séries originais licenciamento de produtos de terceiros para exibição no serviço. A ideia, afirma Salke, é focar sempre no usuário e no que ele deseja ver, de forma a converter assinaturas e acumular clientes.

Esse movimento já começou no recente festival de cinema de Sundance, onde a Amazon adquiriu os direitos de distribuição de uma série de longas independentes que devem chegar nos próximos meses à plataforma. A aceleração nos licenciamentos, inclusive, chamou a atenção das rivais e foi vista como um claro investimento para se colocar à frente delas no setor de cinema.

Fonte: Hollywood Reporter