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Netflix fecha acordo para distribuir filmes da Sony após estreias no cinema

Por| Editado por Luciana Zaramela | 08 de Abril de 2021 às 16h35

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Sony Pictures
Sony Pictures

A Netflix assinou uma parceria com a Sony Pictures que deve ter deixado os executivos da Disney, em especial da Marvel Studios, bastante descontentes. Segundo o The Hollywood Reporter, o acordo entre as empresas prevê que o serviço de streaming distribua exclusivamente os lançamentos da Sony após as estreias nos cinemas a partir de 2022. Isso inclui todas as propriedades ligadas ao Homem-Aranha, como Morbius.

"Na Sony Pictures, produzimos alguns dos maiores sucessos de bilheteria e os filmes mais criativos e originais da indústria. Este acordo empolgante demonstra ainda mais a importância desse conteúdo para nossos parceiros de distribuição, à medida que aumentam seu público e oferecem o melhor em entretenimento", disse Keith Le Goy, presidente de distribuição mundial da Sony, ao The Hollywood Reporter.

A parceria não prevê a distribuição de filmes do Homem-Aranha previstos para 2021, a exemplo de Venom: Tempo de Carnificina e Spider-Man: No Way Home, com estreias agendadas para setembro e dezembro deste ano, respectivamente. Contudo, além de Morbius, todos os futuros projetos envolvendo o Cabeça de Teia, como Homem-Aranha: No Aranhaverso 2 e animações ou derivados live-action, serão lançados com exclusividade no streaming da Netflix após um período de permanência nos cinemas. E, claro, outros blockbusters da Sony, como a adaptação de Uncharted, também estão na lista.

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Com o acordo, a Netflix também fica com o direito de uso de vários títulos do catálogo da Sony e se compromete a financiar pelo menos quatro filmes originais. Vale destacar que ainda não está claro se haverá a oferta fora das plataformas streaming, a exemplo de vídeos sob demanda em outros serviços. E a parceria detalha, especificamente, a distribuição nos Estados Unidos, o que deixa dúvidas sobre seu funcionamento em outras praças.

A notícia vem em um momento em que as gigantes do setor promovem estreias híbridas nos cinemas e nas telinhas; e em um período de mudança de modelos de negócios, já que, com serviços de streaming proprietários, muitas companhias podem diminuir a fatia de lucros que costumava ser destinado às redes de exibição e aos próprios produtores e estúdios, pois a grande maioria associa pagamentos a percentuais da receita com bilheteria.

Despedida do Homem-Aranha do MCU?

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A Disney e a Marvel Studios por enquanto não se pronunciaram sobre o assunto, mas algumas notícias de bastidores começam a fazer mais sentido. Há pouco tempo, Tom Holland chegou a dizer que “dará um tempo” do papel do Homem-Aranha e rumores indicam que tanto Spider-Man: No Way Home quanto Doutor Estranho no Multiverso da Loucura devam ser o encerramento de um capítulo do Escalador de Paredes no Universo Cinematográfico Marvel (MCU, na sigla em inglês).

Há quem diga que Tobey Maguire possa protagonizar um derivado, que poderia ser o Homem-Aranha 4 nunca realizado por Sam Raimi, mas isso são apenas especulações. Certo é que, nos últimos dois meses, não sei falou sobre a presença do Escalador de Paredes de Tom Holland no futuro do MCU, além de sua participação em Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, previsto para 24 de março de 2022.

Os direitos do Homem-Aranha pertencem à Sony e a Marvel Studios depende de acordos temporários para manter o personagem no MCU. A propriedade só retornaria para a Casa das Ideias caso a gigante japonesa deixasse de produzir algo relacionado ao herói em um determinado tempo — os detalhes das diretrizes até hoje não são muito claras.

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Vale destacar que a parceria Sony/Marvel ficou mais frágil ao longo dos anos, principalmente porque a empresa japonesa tem seus próprios planos de marketing e janelas de lançamento, que normalmente entram em conflito com o calendário da Casa das Ideias. Antes da chegada de Homem-Aranha: Longe de Casa, por exemplo, a Sony divulgou teasers sem avisar a Marvel, inclusive com cenas que poderiam estragar surpresas de Vingadores: Ultimato, que ainda não havia sido estreado. Esse episódio deixou Feige possesso, ainda que a justificativa para o fim do acordo estivesse ligado somente à divisão dos lucros. Posteriormente, a parceria com a Sony só se manteve devido aos pedidos de Holland e de milhares de fãs, que sensibilizaram o executivo.

Dessa vez, porém, a situação é mais complicada, já que o Disney+, casa da Marvel Studios, é concorrente direta da Netflix. O jeito é aguardar para saber como fica a situação do Cabeça de Teia no universo compartilhado.

Fonte: The Hollywood Reporter