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Por que a maioria das vacinas contra COVID-19 exige duas doses?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 07 de Maio de 2021 às 15h10

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Mufid Majnun/Unsplash
Mufid Majnun/Unsplash

A maioria das vacinas contra COVID-19 em vigor atualmente exige duas doses, salvo raras exceções, como é o caso da vacina da Janssen ou o da recente Sputnik Light. Mas você sabe o porquê?

No especial do Canaltech sobre vacinas, percebemos que um imunizante pode proteger contra uma ou mais de uma doença e costuma ser feito a partir de: fragmentos de micro-organismos, micro-organismos mortos, micro-organismos vivos atenuados (enfraquecidos), micro-organismos vivos inativados (quimicamente, ou editados geneticamente) ou proteínas do micro-organismo. Porém, há ocasiões em que tomar a vacina uma única vez não é suficiente, o que exige um reforço. 

Na ocasião, Dr. João Prats, infectologista da BP (Beneficência Portuguesa de São Paulo), explicou que o sistema imunológico produz as armas e as guarda de acordo com a necessidade, e algumas vacinas têm a duração da resposta imunológica maior.

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No que diz respeito às vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna, por exemplo, a resposta imunológica é relativamente fraca quando administrada em apenas uma dose. No entanto, os estudos dessas vacinas apontaram uma resposta imunológica mais forte quando os pacientes tomaram uma segunda dose do imunizante. Com isso, é possível apontar que, basicamente, a primeira dose da vacina inicia o processo de construção da proteção. A segunda dose funciona para reforçar muito essa proteção.

É o caso das vacinas atualmente disponíveis no Brasil, também: a de Oxford/AstraZeneca e a CoronaVac, da Sinovac. Ambas exigem duas doses. Ao tirar todas as nossas dúvidas sobre essas vacinas, o Dr. Bernardo Almeida, médico infectologista e Chief Medical Officer do laboratório de análises clínicas Hilab, aponta o seguinte: "A segunda dose é capaz de amplificar a resposta imune, aumentando a eficácia da vacinação. Além disso, provavelmente aumenta o prazo de imunidade ao longo do tempo. Se for seguido o protocolo utilizado nos estudos clínicos, poderá ser realizada entre 14 e 21 dias após a primeira".

Dose única

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O imunizante desenvolvido pela Janssen (braço farmacêutico da multinacional Johnson & Johnson) era, até então, o único imunizante contra COVID-19 baseado em apenas uma dose. O imunizante adota uma plataforma vetor viral não replicante. Na fórmula, o adenovírus Ad26 é modificado para não se replicar mais e é editado para carregar a proteína espicular do coronavírus. Nesse caso, uma única dose desencadeia uma boa e prolongada resposta imune.

"Uma dose única da Ad26.COV2.S induziu uma forte resposta na maioria dos receptores da vacina, com a presença de anticorpos neutralizantes em mais de 90% dos participantes, independentemente da faixa etária ou da dose do imunizante”, apontaram os pesquisadores, em janeiro deste ano.

Mas parece que novos imunizantes de dose única vêm aí! Pelo menos, é esse o caso da russa Sputnik Light. Diferente da Sputnik V, que já é aplicada na Rússia e já está na mira de alguns estados brasileiros, a Sputnik Light promete resposta suficiente com uma dose só — mas nesse caso, essa dose única é a mesma primeira dose da Sputnik V, que os russos afirmam ter eficácia de 79,4% — o que já garante uma boa imunização . Ela é baseada em uma plataforma de vetor adenoviral humano.

Fonte: Com informações de Healthline