Pílula com sensor rastreável é aprovada para comercialização nos EUA

Por Redação | 14 de Novembro de 2017 às 15h48

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Pela primeira vez o governo americano aprovou o desenvolvimento de pílulas digitais rastreáveis. O comprimido do medicamento Arpiprazol conta com um sensor capaz de identificar dados de quem a o ingeriu.

O Arpiprazol é indicado para o tratamento de graves distúrbios mentais, como a esquizofrenia, transtorno bipolar e depressão.

Como funciona

O medicamento, desenvolvido em uma parceria da Otsuka Pharmaceuticals com a Proteus Digital Health, conta com um sensor inserido na pílula e um adesivo que é colado no corpo do paciente.

Com isso, o sensor e o adesivo trabalham em conjunto para o rastreio enviando dados para um aplicativo. O sensor é absorvido facilmente por ser feito de materiais comestíveis e ter o tamanho de um grão de areia.

Além de coletar dados sobre data e hora em que o comprimido foi ingerido, com a novidade é possível visualizar dados de atividade fisiológica que possam aprimorar o tratamento. Caso o paciente concorde, as informações também podem ser compartilhadas com familiares e outros médicos.

A pílula foi criada com o objetivo de não só aumentar a entrada de pacientes em tratamentos psicoterápicos, mas como mantê-los nesta rotina pelo tempo que for necessário.

Apesar de ter aprovado, o órgão responsável pela liberação de medicamentos nos Estados Unidos, o FDA (Food and Drug Administration), diz que não recebeu dados sobre estudos que comprovam a eficácia do tratamento.

De acordo com o diretor da Divisão de Psiquiatria do FDA, Mitchell Mathis, a ideia conta com o apoio da instituição. "Ser capaz de monitorar a ingestão de medicamentos prescritos para a doença mental pode ser útil para alguns pacientes", diz em nota oficial.

Mathis ainda complementa que o FD apoia o desenvolvimento e uso destas novas tecnologias, se comprometendo a trabalhar ao lado de empresas para entender os benefícios.

Restrições

A organização alerta aos pacientes que o medicamento não mostra as informações em tempo real, portanto não tem como ser usada para situações de emergência.

É recomendado também que o medicamento não seja usado por pessoas com demência e em crianças. Pacientes que administrarem a pílula com antidepressivos podem correr riscos graves como, por exemplo. pensamentos suicidas.

As empresas responsáveis pela criação da pílula afirmam que apenas um pequeno grupo de médicos e pacientes estão participando dos testes.

Fonte: The Sun