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Pesquisadores regeneram coração humano a partir de células da pele

Por| 14 de Março de 2016 às 09h53

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Pesquisadores regeneram coração humano a partir de células da pele
Pesquisadores regeneram coração humano a partir de células da pele

O dia em que pacientes de transplante cardíaco não precisarão mais esperar por um doador compatível ficou mais perto. Pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts conseguiram, com sucesso, reconstruir tecido cardíaco funcional a partir de células-tronco criadas a partir de células da pele. A técnica da equipe permite que o tecido do coração seja construído com o próprio material genético do paciente, o que reduz a necessidade de uma correspondência exata do doador, além de reduzir bastante a probabilidade de rejeição imunológica.

Ainda não é possível cultivar um coração inteiro a partir de células. Órgãos requerem um andaime para dar as células a forma correta. Este andaime, conhecido como matriz extracelular, é criado a partir de proteínas segregadas pelas células. "Gerar tecido cardíaco funcional envolve a reunião de vários desafios", disse o autor da pesquisa, Jacques Guyette, em um comunicado. "Estes incluem o fornecimento de um andaime estrutural que é capaz de suportar a função cardíaca, um suprimento de células cardíacas especializadas e um ambiente favorável em que as células podem repovoar o andaime para formar tecidos maduros capazes de lidar com as funções cardíacas complexas".

Ao invés de esperar que as matrizes extracelulares crescessem, o que levaria muito tempo, a equipe contou com 73 doadores, cujos corações foram avaliados como inadequados para o transplante. Para preparar eles, a equipe removeu as células vivas e deixou apenas uma matriz neutra para o novo material celular. Para inserir as células na matriz, a equipe utilizou um método recente que reverte células da pele para células-tronco, uma técnica mais eficiente do que a manipulação genética. Assim, as células foram introduzidas no músculo cardíaco.

Em poucos dias, elas cresceram em tecido muscular de contração. Finalmente, o coração foi colocado em um biorreator com uma solução nutritiva para que fatores de stress fossem reproduzidos, assim como um coração vivo opera. Após 14 dias, a equipe descobriu regiões densas de tecido muscular cardíaco imaturo que foram produzidos sob estimulação elétrica.

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"Regenerar um coração inteiro é certamente um objetivo de longo prazo que está a vários anos de distância. Por isso estamos atualmente trabalhando na engenharia de um remendo do miocárdio funcional que poderia substituir o tecido cardíaco danificado devido a um ataque cardíaco ou insuficiência cardíaca", disse Guyette.

Fonte: CNET