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Parece, mas não é: cenários espaciais que lembram outras coisas

Por| 10 de Setembro de 2015 às 10h07

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NASA
NASA

Já ouviu falar em Pareidolia? Esse é o nome que leva o fenômeno psicológico que nos faz capazes de atribuir um significado, ou uma forma, a um objeto ou cenário sem relação alguma com o que está sendo visto ali. Um exemplo muito comum disso é a velha história de olharmos para as nuvens e enxergarmos cachorrinhos, corações e símbolos.

Ao longo da evolução humana, esse fenômeno foi muito importante para que nossos antepassados aprendessem a identificar padrões na natureza, bem como avistar predadores e perigos à distância. O ser humano também usou esse recurso para identificar e nomear constelações, com títulos que usamos até os dias atuais. Mas, o que já foi muito útil para nossa evolução, hoje nos rende boas risadas (e alguns medos).

Confira algumas das paisagens espaciais mais polêmicas com relação à pareidolia, sendo algumas delas vistas como parte de teorias de conspiração mesmo após explicações científicas convincentes sobre seus formatos e origens:

A Nebulosa em formato de Borboleta

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Com visual de tirar o fôlego, a Nebulosa Borboleta ganhou esse nome - óbvio - pelo seu formato que lembra uma borboleta de asas abertas em pleno voo. A NGC 6302 está localizada na constelação de Escorpião e sua complexa estrutura envolve uma anã branca, estrela central extremamente quente, com uma temperatura de superfície superior a 200 mil graus Kelvin.

Rosto humano em solo marciano

Em 1976, quando a nave Viking 1 da NASA aterrissou em Marte, uma perturbadora imagem que lembrava um rosto humano na região de Cydonia acendeu no imaginário popular a possibilidade daquilo ser um resquício físico de alguma antiga civilização marciana.

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No entanto, quando a sonda Mars Global Surveyor, também da NASA, sobrevoou a região entre 1998 e 2001, imagens com resolução mais nítida revelaram que o tal rosto humanoide não passava de uma formação natural do terreno marciano, decepcionando a todos que celebraram uma possível descoberta de vida (mesmo que extinta) em Marte.

Mais lendas em Marte

Nessa imagem enviada pelo veículo Curiosity é possível ver o que parece ser um caranguejo gigante encostado em uma formação rochosa do planeta vermelho. Muitos entusiastas da ufologia acreditaram que a agência espacial norte-americana escondeu "a verdade" de todos nós, quando, na verdade, o tal animal não passava do relevo na estrutura rochosa.

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Rato marciano

Marte sempre mexeu com o imaginário dos habitantes do planeta Terra, já que o nosso planeta vizinho também é um planeta rochoso, como o nosso. Depois de vermos rostos humanos e caranguejos pela paisagem marciana, outra imagem mostrou o que poderia ser uma espécie de rato. Em 2013, teóricos de conspirações divulgaram amplamente essa foto também tirada pelo Curiosity, mas em seguida a NASA deu um balde de água fria informando que se tratava apenas de mais uma rocha.

A mão de Deus

Capturada em boa definição pelo Telescópio Nuclear Espectroscópico (NuSTAR), da NASA, a "mão divina" chamou a atenção de religiosos do mundo todo, unindo, por um breve momento, fé e ciência. A nuvem em formato de mão se trata dos resquícios da explosão de uma estrela localizada a 17 mil anos-luz de distância da Terra.

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Coração em Plutão

Uma das imagens espaciais que fizeram mais sucesso em 2015 foi o coração de Plutão, capturado pela sonda New Horizons, a primeira a explorar o planeta-anão. Nesta foto, uma possível mistura de metano e nitrogênio congelados formou o que parece ser o desenho de um coração.

Outro coração

Antes do desenho em Plutão, o formato de um coração também chamou atenção em Arabia Terra, em Marte, em 2010. Essa região bastante erodida é repleta de crateras e o coração foi formado em sua superfície como consequência do choque de rochas espaciais.

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Mickey Mouse extraterrestre

Nem o personagem da Disney escapou do imaginário popular. O rosto do famoso camundongo foi "visto" no terreno de Mercúrio em 2012, pela sonda Messenger, mas é apenas resultado do conjunto de depressões e crateras na superfície do planeta.

Olho felino

O telescópio Hubble também tirou essa foto fantástica de uma nebulosa que lembrou um olho felino. Nomeada Nebulosa Olho de Gato, a NGC 6543 faz parte da constelação de Dragão e é uma das nebulosas mais complexas já conhecidas.

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Cabeça de cavalo?

Muitos podem não enxergar a mesma coisa, mas o pessoal da NASA viu uma cabeça de cavalo na nebulosa Barnard 33, localizada na constelação de Órion, a 1.500 anos-luz da Terra. Essa nebulosa é um conjunto de plasma, poeira e gases, como o hidrogênio.

Nebulosa da Ampulheta

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Esse é o apelido da nebulosa MyCn18, a jovem localizada na constelação de Musca, a cerca de 8 mil anos-luz da Terra. Seu formato, que lembra uma ampulheta, deu-se por conta de uma expansão rápida do vento estelar dentro de uma nuvem em expansão lenta, que é mais densa no equador do que nos polos.

Sol Macabro

Essa imagem assustadora do nosso Sol foi registrada pelo Solar Dynamics Observatory, uma sonda não-tripulada da NASA que estuda processos solares que afetam diretamente a vida na Terra. Na foto, o Sol aparece com um olhar e sorriso aterrorizantes, o que poderia fazer parte de alguma produção de Halloween. Contudo, essas áreas mais claras que formam os tais olhos e boca do Sol são apenas fontes de labaredas poderosas em sua superfície. Uma simples labareda dessas poderia gerar a mesma quantidade de energia de mais de 1 milhão de bombas de hidrogênio com 100 megatons de energia.

A Estrela da Morte

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Mimas, uma das estrelas de Saturno, teve sua imagem capturada pela nave Cassini, da NASA, sendo comparada à Estrela da Morte dos filmes Star Wars por conta de seus formatos coincidentemente parecidos.

Galáxia do Sombreiro

Essa belíssima galáxia tem formato espiral com um núcleo brilhante rodeado por um disco achatado de material escuro. Devido à sua aparência que se assemelha a do típico chapéu mexicano, a estrutura foi chamada de "Galáxia do Sombreiro"

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"Como um efeito colateral inadvertido, o mecanismo de reconhecimento de padrões em nossos cérebros é tão eficiente em descobrir uma face em meio a muitos outros pormenores que às vezes vemos faces onde elas não existem." Já explicava Carl Sagan no livro "O Mundo Assombrado pelos Demônios".

Fonte: Business Insider