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O céu (não) é o limite | O que está rolando na ciência e astronomia (21/08/2018)

Por| 21 de Agosto de 2018 às 18h44

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O céu (não) é o limite | O que está rolando na ciência e astronomia (21/08/2018)
O céu (não) é o limite | O que está rolando na ciência e astronomia (21/08/2018)

Mais uma semana se passou e, com ela, mais notícias científicas surgiram com novas descobertas, projetos e estudos. Às terças-feiras, o Canaltech prepara essa síntese com os principais acontecimentos nos campos da ciência e da astronomia que rolaram nos últimos dias, para você que não conseguiu ficar por dentro das novidades, mas que ainda assim gosta de ficar bem informado.

Captura de CO2 para amenizar aquecimento global

Os próximos cinco anos devem ser ainda mais quentes do que o normal, sendo que o Brasil deve ser um dos países que serão mais afetados com ondas de calor. Mas a ciência não está assistindo ao fenômeno do aquecimento global de braços cruzados: um grupo de cientistas canadenses desenvolveu um sistema capaz de capturar CO2 rapidamente, permitindo a criação de novas armas contra as mudanças climáticas.

O dióxido de carbono é um dos gases que promovem o efeito estufa, e um sistema do tipo, capaz de retirá-lo da atmosfera, pode representar uma solução para o problema global. Nos experimentos, os cientistas conseguiram criar magnesita (mineral que é capaz de armazenar CO2 por longos períodos) em laboratório em apenas 72 dias (contra os milhares de anos necessários para que o mineral se forme naturalmente). Ou seja: caso seja possível reproduzir essa criação em larga escala, talvez tenhamos à mão um poderoso meio de reduzir a quantidade de CO2 de nossa atmosfera.

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Missão espacial tripulada da Índia

Até o ano de 2022, a Índia pretende lançar sua primeira missão espacial tripulada, com o objetivo de levar três astronautas à órbita da Terra por um período de 5 a 7 dias.

O país vem intensificando seus investimentos em programas espaciais nos últimos anos e, em fevereiro do ano passado, a Índia registrou um recorde ao levar à órbita nada menos do que 104 satélites em apenas um único foguete.

Ferro e titânio detectados em exoplaneta

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Pela primeira vez, astrônomos detectaram diretamente a presença de ferro e titânio na atmosfera de um exoplaneta, este situado a 600 anos-luz da Terra. O chamado KELT-9b tem 2,88 vezes a massa de Júpiter, e seu ano dura o equivalente a apenas um dia terrestre e meio. Sua temperatura fica na casa dos quase 4 mil graus Celsius, sendo este o exoplaneta mais quente já descoberto.

A descoberta ajuda a ciência a determinar a natureza do planeta, descobrindo também como ele deve ter se formado, e é um avanço no estudo de atmosferas de exoplanetas.

China quer enviar robôs à Lua

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Mais especificamente, a China quer enviar dois robôs para o lado escuro da Lua, o que pode acontecer já em dezembro de 2018. O projeto faz parte da missão Chang'e-4 e, após o envio dos robôs, a China pretende enviar uma outra missão, mas, desta vez, tripulada, ao nosso satélite natural.

Além de estudar melhor a história da Lua e sua formação, a ideia é encontrar um lugar ideal onde se construir um telescópio lunar no futuro.

As galáxias mais antigas do universo

Algumas das primeiras galáxias que se formaram em nosso universo foram, enfim, detectadas por astrônomos na Terra. E, entre elas, estão galáxias-satélite que orbitam a Via Láctea.

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Nas palavras dos cientistas que participaram da pesquisa, encontrar algumas das galáxias mais antigas do universo orbitando justamente a nossa galáxia é "equivalente a encontrar restos dos primeiros humanos que habitaram a Terra" no quintal de sua casa.

O estudo sugere que as galáxias Segue 1, Boötes I, Tucana II e Ursa Maior fazem parte desse grupo englobando as primeiras galáxias já formadas, com mais de 13 bilhões de anos de idade.

Exoplanetas com água líquida podem ser abundantes

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A busca por vida fora da Terra está intimamente ligada à descoberta de água no estado líquido em planetas que estejam nas zonas habitáveis de suas estrelas. E, agora, uma revelação deu um gás a mais nessa busca: é que cientistas que trabalham com o telescópio espacial Kepler revelaram que os dados sugerem que exoplanetas com água líquida podem ser, na verdade, muito mais comuns do que imaginamos.

Somente a presença de água líquida não é suficiente para bater o martelo em sua habitabilidade, sendo que fatores como radiação, composição da atmosfera e temperatura superficial também são relevantes. Ainda assim, pensar que exoplanetas com água líquida podem ser abundantes é algo que incentiva ainda mais a busca por vida alienígena.

Telescópio gigantesco está em construção

Previsto para começar a operar em 2024, o Giant Magellan Telescope (ou apenas GMT) já começou a ser construído no Chile. Grandalhão, ele terá 22 andares de altura e 56 metros de largura, com uma estrutura de mil toneladas.

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Ele será principalmente usado na busca e análise de exoplanetas, intensificando os esforços para se encontrar planetas habitáveis e, quem sabe, descobrir a existência de vida alienígena. Quando finalizado, o GMT produzirá imagens até 10 vezes mais definidas do que as do Hubble.

Água congelada na Lua

Em caráter definitivo, a ciência conseguiu comprovar que a Lua abriga depósitos de água congelada em seus polos. O gelo fica nas partes mais escuras e, portanto, mais frias, dessas regiões, que, por conta da inclinação do eixo de rotação da Lua, nunca recebem a luz solar.

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A descoberta foi feita usando dados da sonda M3, da NASA, que foi lançada em 2008 justamente para confirmar a existência de água congelada na Lua. O aparelho consegue diferenciar água líquida de vapor de água e gelo sólido. Agora, a descoberta pode abrir as portas para uma nova era de exploração lunar, com, quem sabe, esses depósitos congelados de água sendo usados em futuras expedições tripuladas.