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O céu (não) é o limite | O que está rolando na ciência e astronomia (18/12/2018)

Por| 18 de Dezembro de 2018 às 15h00

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NASA
NASA

Hoje é terça-feira, então vocês já sabem: é dia de ciência e astronomia aqui no Canaltech! Semanalmente, a gente faz um resumo das principais notícias que estamparam o noticiário científico nos últimos dias, para que você, entusiasta do mundão da ciência, fique por dentro de tudo de mais importante que está acontecendo.

Ecossistema gigante entre a crosta e o núcleo da Terra

Depois de dez anos de estudos, pesquisadores anunciaram a descoberta incrível de um ecossistema gigantesco existente embaixo da terra, especificamente entre a crosta e o núcleo de nosso planeta. Gigantesco mesmo: o ecossistema de microorganismos tem o dobro do tamanho de todos os oceanos de nosso planeta.

Ainda, a biosfera subterrânea tem mais diversidade do que a Amazônia, ou ainda do que as Ilhas Galápagos. Participaram do estudo 1.200 cientistas de 52 países que integram o Deep Carbon Observatory, e a equipe estima que o ecossistema "underground" tenha entre 15 e 23 bilhões de toneladas de microorganismos vivendo em condições extremas, como calor, baixa nutrição, escuridão total e pressão intensa — e isso já acontece há milhares de anos, mostrando que a vida floresce de maneiras que vão muito além do que concebemos.

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Espécie desconhecida de humanos primitivos

Um esqueleto apelidado de Little Foot, descoberto em 1994, pode, na verdade, ser de uma espécie até então desconhecida de humanos primitivos. A ossada tem cerca de 3,67 milhões de anos, com a espécie vivendo mais ou menos na época dos Australopithecus.

Robin Crompton, pesquisador que analisa os ossos, explica que o hominídeo tinha membros inferiores mais longos do que os superiores, indicando que sua espécie estava na transição para o bipedalismo. E como nenhuma outra espécie daquela época conhecida andava como Little Foot, trata-se, então, de uma espécie nova, que foi chamada de A. prometheus.

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Primeira foto dentro da atmosfera do Sol

E a sonda Parker, que a NASA enviou para chegar mais perto do Sol do que nunca, já nos enviou uma primeira fotografia tirada de dentro da atmosfera solar. A imagem foi registrada a a 24 milhões de km da superfície, mostrando de pertinho a coroa solar — a fina atmosfera externa da nossa estrela.

Sucesso no voo suborbital da Virgin Galactic

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A empresa espacial privada de Richard Branson finalmente obteve sucesso em um voo tripulado para os limites entre a Terra e o espaço. A nave levou consigo apenas o piloto, e abre caminho para o turismo espacial da companhia, que já vendeu cerca de 600 ingressos antecipadamente — cada um deles custando US$ 250 mil.

Edição precisa de genes humanos

A técnica CRISPR de edição genética ainda é um assunto bastante controverso, mas a ciência deu um grande passo rumo à edição precisa de genes humanos, descobrindo que uma regra simples pode ser aplicada para reduzir resultados imprevisíveis.

Em muitos casos, o uso da técnica acaba resultando em deleções aleatórias ou inserções de DNA indesejadas, mas a nova regra recentemente descoberta permite edições previsíveis e, portanto, será possível maximizar as chances de obter o resultado exato desejado em uma edição específica de genes.

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Anéis de Saturno "chovem" no planeta e um dia desaparecerão

Um novo estudo da NASA confirmou o que já se suspeitava: os anéis de Saturno fazem "chover" no planeta e desaparecerão dentro de 300 milhões de anos. Ainda, dentro de 100 milhões de anos, a aparência dos anéis já será bem diferente do que vemos hoje.

James O'Donoghue, cientista da agência espacial, explica que a estimativa é que a "chuva" de anéis drene uma quantidade de água que poderia encher uma piscina olímpica a cada meia hora. Ainda, o estudo indica que os anéis surgiram ao redor de Saturno muito depois de sua formação: enquanto o planeta tem cerca de 4,5 bilhões de anos, a idade dos anéis seria de menos de 100 milhões de anos. Então, na verdade, temos o privilégio de viver em uma época em que os anéis estão na metade de sua vida, permitindo este espetáculo nas observações espaciais. Contudo, "se os anéis são temporários, talvez tenhamos perdido sistemas de anéis gigantes ao redor de Júpiter, Urano e Netuno", nas palavras de O'Donoghue.

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Nova espécie de dinossauro com chifres

No sul do Arizona, nos EUA, paleontólogos descobriram uma nova espécie de dinossauro com chifres, que seria um "primo" do tricerátopo. A nova espécie foi chamada de Crittendenceratops krzyzanowskii em homenagem ao falecido cientista amador Stan Krzyzanowski, que encontrou os fósseis pela primeira vez.

Há cerca de 20 anos, os ososs foram descobertos abaixo de rochas de 73 milhões de anos, mas o espécime só foi estudado com afinco recentemente, com o martelo sendo batido de que se trata mesmo de uma espécie até então desconhecida. O dinossauro provavelmente tinha 11 metros de comprimento e pesava cerca de 680 quilos.

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Planeta-anão descoberto nos limites do Sistema Solar

Farout é o apelido do novo planeta-anão do Sistema Solar, que acaba de ser descoberto a 120 unidades astronômicas (AU). Uma AU é a distância entre Terra e Sol (aproximadamente 150 milhões de quilômetros), e o pequeno mundo já é o objeto mais distante confirmado em nosso sistema.

Ele é redondo, tem cor rosada e deve ter 500 quilômetros de diâmetro, apenas, e sua descoberta fornece ainda mais dados para que a equipe siga buscando pelo Planeta X — cuja existência ainda não foi confirmada, mas há indícios fortes de que existe um planeta massivo nos confins do Sistema Solar, "mexendo" com a órbita de pequenos mundos daquela região.