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O céu (não) é o limite | O que está rolando na ciência e astronomia (16/10/2018)

Por| 16 de Outubro de 2018 às 15h45

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NASA
NASA

Nos últimos sete dias, tivemos um montão de notícias legais sobre ciência e astronomia. Para a NASA, as notícias já não são tão boas assim. Não sabe do que estamos falando? Então confira agora as principais notícias do universo científico que rolaram na última semana!

Lua Europa pode ter superfície coberta por "espinhos"

Uma das luas do Sistema Solar onde há a possibilidade de haver vida microbiana em seus oceanos subterrâneos é Europa, de Júpiter. Em 2020, inclusive, está prevista a missão Europa Clipper, da NASA, que enviará uma sonda para estudar o mundo de pertinho. Só que, agora, um estudo revela evidências de que sua superfície é coberta por enormes "pontas de gelo" como se fossem espinhos congelados — o que pode dificultar os planos da agência espacial de pousar uma sonda por lá. Os pesquisadores acreditam que alguns desses espinhos podem ter 15 metros de altura.

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Nova missão para estudar Mercúrio

O primeiro, menor e mais desconhecido planeta do Sistema Solar é Mercúrio, e a agência espacial europeia (ESA) vai lançar, ainda em outubro, sua primeira missão rumo ao planeta. Tudo acontecerá no dia 20 deste mês com o lançamento da BepiColombo, em parceria com a agência aeroespacial do Japão (JAXA). Serão enviadas três espaçonaves carregando dois orbitadores abrigando instrumentos diversos para capturar imagens e fazer medições por ali.

Humanos causam a oscilação da rotação da Terra sobre seu eixo

A NASA conduziu um estudo detalhado sobre a rotação da Terra sobre seu próprio eixo, mostrando que os seres humanos são responsáveis por uma crescente oscilação que vem sendo detectada. Como nosso planeta não é exatamente esférico (é um esferoide oblato), recheado de montanhas e trincheiras oceânicas profundas, o peso da superfície é distribuído de maneira desigual — e essa é uma das razões pelas quais a Terra balança em seu eixo enquanto se rotaciona.

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Só que, no último século, essa oscilação está mais para o lado oeste a um ritmo de 10,5 centímetros por ano, o que muda sua localização em cerca de 10 metros. E, de acordo com a agência espacial, essa mudança vem sendo causada, entre outros motivos (como rebote glacial e convecção do manto), por nós: é que estamos causando o derretimento precoce de gelo em nosso planeta e, conforme esse gelo continua derretendo desenfreadamente, a oscilação vai aumentando ainda mais.

Novo foguete da NASA ainda mais atrasado

Uma auditoria externa concluiu que o SLS (novo foguete poderoso da NASA, que será usado em futuras missões para Marte) não ficará pronto dentro do cronograma mais recente. Os problemas estão relacionados a atrasos nos prazos da Boeing, responsável pela produção do estágio principal do SLS — que deveria estar finalizado até junho de 2020, se a Boeing tivesse entregado o maquinário em junho de 2017. Um novo prazo foi estipulado para dezembro de 2019, que também não será cumprido e, agora, ainda não se tem uma nova data — ainda que a agência estime que isso seja possível no ano de 2021, somente.

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Falha em foguete Soyuz e o risco para a Estação Espacial Internacional

Transportando dois astronautas para a ISS, o foguete russo Soyuz teve uma falha em seus propulsores logo após o lançamento e a dupla precisou usar uma cápsula de emergência para abortar a missão e voltar à Terra. As investigações sobre o que causou o problema estão em andamento, e, por enquanto, muito se especula quanto ao futuro da parceria entre Rússia e Estados Unidos no que diz respeito a envio de astronautas para a ISS.

Ainda que a agência espacial russa Roscosmos tenha garantido que um novo lançamento com o Soyuz levará novos astronautas para lá em dezembro deste ano (servindo como carona de volta para os astronautas que lá estão), o fato é que isso ainda não é uma certeza, e, caso o foguete ainda não seja confiável novamente para isso, é possível que a ISS fique sem nenhum astronauta vivendo por lá pela primeira vez em 18 anos.

Este pode ser o nome da lua de uma lua

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Muitas estrelas têm planetas em suas órbitas. Muitos planetas têm luas os orbitando. Mas luas têm suas próprias luas? Ainda não se confirmou a existência de nenhuma "lua de uma lua", mas cientistas já estão debatendo sobre qual o nome que essa "lua de uma lua" teria: "moonmoon" (que, traduzindo livremente, pode justamente ser algo como "lua da lua").

Uma dupla de pesquisadores publicou um estudo em que fazem simulações para determinar se uma "moonmoon" pode existir. É preciso considerar que, para isso ser possível, a "lua da lua" precisa estar próxima o suficiente da lua para ser limitada por sua gravidade (e não pela gravidade do planeta), mas não tão perto a ponto de ser dilacerada pela ação gravitacional. Ainda, seria preciso haver uma distância suficiente entre a lua e o planeta para que a "lua da lua" não fosse capturada pela gravidade planetária.

E no Sistema Solar, quatro luas atualmente atendem a esses requisitos: a nossa, Calisto (de Júpiter) e Jápeto (em Saturno). Só que para isso ser possível, os cientistas epxlicam que é preciso haver um equilíbrio gravitacional entre todos os corpos — o que já não acontece com a nossa Lua, já que ela está lentamente se afastando da Terra. Isso não exclui, contudo, a possibilidade de a nossa Lua já ter tido sua própria lua no passado, com a "lua da lua" tendo tido uma vida relativamente curta.

Células humanas impressas em 3D

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Células de tecido humano já podem ser impressas em 3D para serem usadas, no futuro, na recomposição de ligamentos danificados, por exemplo. Engenheiros biomédicos estão desenvolvendo a técnica, que permitirá o transplante de tecidos sem necessidade de cirurgias adicionais, e sem depender de tecidos compatíveis de doadores humanos.

Foram dois anos de desenvolvimento até agora, com a publicação do estudo mostrando resultados iniciais promissores. Basicamente, é necessário coletar células-tronco de pontos de gordura do próprio paciente, imprimindo-as sobre uma camada de hidrogel para que, então, seja formado um tendão ou ligamento. Então, cria-se uma cultura in vitro para, depois disso, o transplante ser possível.

Última contribuição de Stephen Hawking para a ciência

O físico teórico falecido no início de 2018 estava trabalhando em um estudo sobre "cabelos" de buracos negros ao lado de cientistas parceiros, antes de morrer. Agora, seu artigo final foi enfim publicado com a participação de seus colegas.

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O artigo fala sobre o Teorema da Calvície, que diz que informações sobre uma matéria a qual formou um buraco negro ou "caem" ali ou "desaparecem" atrás do horizonte de eventos, ficando, portanto, indetectáveis. A "calvície" aqui é uma metáfora que significa que os buracos negros seriam todos "carecas" e iguais, mas Hawking, em seu estudo final, disse que não: buracos negros podem ter um halo de "cabelo macio".

Traduzindo, isso significa que, com base na hipótese de que o objeto "em queda" altera a temperatura do buraco negro, essa entropia pode ser registrada por meio de fótons, que, por sua vez, formariam o tal do halo ao redor do buraco negro, permitindo uma observação.

IA da Google detecta câncer com mais eficiência do que humanos

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Boa, Google: a inteligência artificial LYNA da gigante já consegue detectar câncer de mama metastático com uma precisão maior do que a dos médicos. O algoritmo reconhece características dos tumores usando conjuntos de lâminas de patologia e, assim, detecta metástases em uma ampla variedade de condições, diferenciando células saudáveis das cancerígenas em 99% dos casos.

Rata com duas mães dá à luz

Depois de a ciência ter conseguido gerar ratos a partir de duas mães (sem nenhum macho envolvido), agora é a vez de um novo marco histórico na engenharia genética reprodutiva: pesquisadores chineses conseguiram fazer com que uma rata bimaternal tivesse sua própria cria de maneira saudável.

Apesar de não ter sido possível, ainda, fazer o mesmo com ratos bipaternais (filhos de dois pais, que não sobreviveram a 48 horas após o nascimento), o feito é um avanço significativo para o desenvolvimento de soluções para a reprodução de casais do mesmo sexo, em um futuro que talvez não esteja muito distante.

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