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O céu (não) é o limite | O que está rolando na ciência e astronomia (16/04/2019)

Por| 16 de Abril de 2019 às 15h08

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Mais uma terça-feira, mais um resumo com as principais notícias científicas dos últimos dias. Semanalmente a gente tem esse trabalho de sintetizar tudo o que rolou na ciência e na astronomia de mais relevante para que você, que não tem muito tempo para acompanhar o noticiário no dia a dia, se mantenha bem informado sobre esses temas que maravilham a tanta gente.

NASA voltando à Lua em 2024; marte em 2033

Nada de 2028, como estava planejado até então: sob pressão do governo dos EUA, a NASA deverá antecipar seu retorno presencial à Lua, o que deverá acontecer no ano de 2024. Ainda, a viagem dos primeiros astronautas a Marte ficou agendada para 2033. E como o foguete SLS ainda não está pronto (e sem uma previsão concreta para isso), é possível que o retorno da humanidade à Lua seja feito usando foguetes da SpaceX.

A primeira imagem de um buraco negro

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O que pensávamos que seria impossível, aconteceu: cientistas revelaram a primeira imagem real de um buraco negro na história da exploração espacial. A foto é fruto de dois anos de trabalho do projeto Event Horizon Telescope, que sincroniza e conecta radiotelescópios espalhados pelo globo para criar um único telescópio virtual do tamanho da Terra.

Com isso, a equipe se focou na observação de dois buracos negros supermassivos, um no centro da Via Láctea (o Sagittarius A*), e outro no centro da galáxia M87 — este que foi fotografado. Na foto, vemos o que há ao redor do buraco negro, apenas, pois após o horizonte de eventos nada, nem mesmo a luz, consegue escapar da imensa atração gravitacional do buraco negro supermassivo, que está a 55 milhões de anos-luz de distância de nós. Seu horizonte de eventos mede pouco menos de 40 bilhões de km de diâmetro.

Já quanto à foto parecer "borrada", você pode clicar aqui para entender melhor porque a imagem é tão importante, mesmo que não seja tão nítida quanto gostaríamos.

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Falcon Heavy faz primeiro lançamento comercial

Depois de ter sido lançado de maneira inaugural no início do ano passado, quando levou ao espaço um carro Tesla Roadster vermelho e um traje espacial chamado Starman fazendo as vezes de motorista, o foguete Falcon Heavy da SpaceX fez seu primeiro voo comercial com sucesso, carregando consigo um satélite árabe de telecomunicações. Sendo assim, o Heavy está oficialmente no mercado, sendo o foguete mais poderoso da atualidade até que o Space Launch System (SLS), da NASA, seja concluído.

Nova espécie humana é descoberta

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Pesquisadores apresentaram a descoberta de uma nova espécie humana, que foi chamada de Homo luzonensis. Fósseis encontrados em uma caverna ao norte das Filipinas, com mais de 50 mil anos, representam essa nova espécie.

Os dentes encontrados indicam que a espécie tinha cerca de 1,20 metro de altura, apenas, enquanto os fósseis das mãos e dos pés indicam que os Homo luzonensis podiam caminhar em dois pés, mas também conseguiam escalar e se pendurar em árvores com facilidade, sendo, portanto, uma espécie de transição entre quadrúpedes e bípedes.

Nave israelense se choca contra a superfície da Lua

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Infelizmente, a nave Beresheet, da israelense SpaceIL, não conseguiu fazer o esperado pouso na Lua, pois um problema técnico afetou seu motor, com a nave não conseguindo frear em tempo enquanto fazia a descida da órbita. Sim, a nave se "espatifou" no chão a 500 km por hora.

Mas a startup não desistiu de se tornar a primeira empresa privada a pousar uma nave na Lua (fazendo com que Israel se torne a quarta nação a realizar este feito): a SpaceIL já anunciou que vai construir uma Beresheet 2.0. A nave destruída levou 8 anos para ser desenvolvida e seu projeto envolveu US$ 100 milhões.

Primeiro coração vascularizado impresso em 3D no mundo

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Pesquisadores israelenses anunciaram a criação do primeiro coração vascularizado do mundo usando uma impressora 3D. O órgão foi feito a partir de células e material biológico do próprio doador, e é o primeiro do mundo impresso com tecnologia 3D a contar com células, vasos sanguíneos, ventrículos e câmaras.

O coração em questão foi dimensionado para coelhos, mas os pesquisadores já estão mirando na impressão de corações maiores, até atingir o tamanho do órgão humano. O próximo passo é ensinar o coração impresso a se comportar como um órgão de verdade, sendo implantado em animais e, futuramente, em pessoas de verdade.