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O céu (não) é o limite | O que está rolando na ciência e astronomia (14/08/2018)

Por| 14 de Agosto de 2018 às 18h30

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O céu (não) é o limite | O que está rolando na ciência e astronomia (14/08/2018)
O céu (não) é o limite | O que está rolando na ciência e astronomia (14/08/2018)

Apaixonados por ciência e astronomia que somos, às terças-feiras nós reunimos as notícias mais relevantes que rolaram nessas áreas durante a última semana, criando este resumo aqui, que você lê agora:

Lua joviana e suas incríveis ondas eletromagnéticas

Entre 1995 e 2003, a sonda Galileo, da NASA, revelou que Ganimedes, uma das luas de Júpiter, gerava seu próprio campo magnético. Agora, usando dados da Galileo, cientistas descobriram que a lua também cria ondas eletromagnéticas poderosas, liberando partículas de energia no espaço.

Essas enormes ondas foram comparadas pelos pesquisadores a um tsunami de energia, e, quanto à origem de tais ondas, a suspeita é de que a interação entre Ganimedes e Júpiter possa causar uma distribuição desigual de elétrons ao redor do satélite natural, fornecendo, portanto, a energia necessária para gerar as ondas em seu campo magnético.

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Estado raro da matéria é recriado no espaço

A NASA, ao resfriar uma nuvem de átomos de rubídio a uma temperatura de 10 milionésimos de grau acima do zero absoluto, conseguiu recriar o quinto e mais exótico estado da matéria na Estação Espacial Internacional: o chamado Condensado de Bose-Einstein.

Esse estado é um conglomerado de átomos virtualmente idênticos, que permite a observação de fenômenos quânticos em larga escala.

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"Muro de hidrogênio" é visto nos limites do Sistema Solar

E a agência espacial dos EUA também descobriu a existência de um "muro de hidrogênio" no limite do Sistema Solar, por meio de observações feitas pela sonda New Horizons.

Esse muro delimita exatamente onde termina o Sistema Solar e onde começa o espaço profundo, ficando muito além da órbita de Plutão. A sonda observou, ao passar pela região, uma luz ultravioleta extra, exatamente do tipo esperado que uma parede de hidrogênio produza.

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Videogames podem alterar o cérebro positivamente

De acordo com um novo estudo, jogar videogames pode causar alterações em nosso cérebro, mas de uma maneira positiva: os jogos podem aprimorar o senso de empatia em jovens. Pesquisadores criaram um game com apelo para estudantes do ensino médio, entendendo como os videogames podem alterar as conexões neurais no cérebro de adolescentes.

Os resultados mostram que, em apenas duas semanas, os jovens mostraram maior conectividade em redes cerebrais relacionadas à empatia e perspectiva, com alguns mostrando redes neurais alteradas, estando elas ligadas à regulação emocional.

A ideia, com o estudo, é entender como os videogames podem ser aproveitados para o bem, com a indústria, de repente, criando jogos que alterem o cérebro de jovens de maneiras favoráveis a qualidades virtuosas, em vez das destrutivas.

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Luz de displays pode antecipar cegueira

A luz azulada emitida pelas telas de smartphones e laptops prejudica a nossa saúde de várias maneiras e, agora, pesquisadores descobriram que tal luz também aumenta as chances de ficarmos cegos.

O estudo mostra que a luz azul transforma moléculas vitais em tóxicas, matando células dos olhos e levando à degeneração macular relacionada à idade. Já ao fazer os testes com luzes amarela, vermelha e verde, o efeito prejudicial não foi observado.

Parker Solar Probe é enviada para "tocar" o Sol

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A sonda Parker, da NASA, foi enfim lançada no último domingo (12), com o objetivo de chegar mais perto do Sol do que nunca. Sua missão envolve dar 24 voltas ao redor de nossa estrela para estudar a coroa solar, sendo que a missão deve durar cerca de sete anos.

Robô Opportunity em apuros

Em maio, uma intensa tempestade de areia tomou conta de Marte, com o rover Opportunity ficando impedido de recarregar suas baterias solares por conta disso. Desde junho, o robô não se comunica mais conosco e, agora, a NASA começa a ficar preocupada quanto ao futuro do Opportunity.

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Desde meados de junho, o robô foi colocado em modo suspenso enquanto aguardamos a tempestade se dissipar, permitindo a entrada de raios solares em sua superfície. Mas ainda não é a hora de decretar a "morte" do Opportunity por falta de carga em suas baterias: a NASA ainda está otimista quanto à capacidade de sobrevivência do robô.

Energias renováveis gratuitas?

Analistas do banco de investimentos suíço UBS preveem que a energia renovável será "praticamente gratuita" até o ano de 2030. Contudo, a análise considera apenas o mercado europeu, em que há uma notável expansão na implantação de estruturas eólicas e solares. No Brasil, o Ministério de Minas e Energia prevê que, até 2030, a demanda por eletricidade deve crescer em 200%, sendo que a região Nordeste é, atualmente, a mais capacitada para atender à demanda de produção de energia eólica e solar. Porém, há necessidade de investimento em pesquisas para que essa estrutura seja criada.

De qualquer maneira, a Associação Brasileira de Energia Eólica estima que, até 2020, a energia proveniente dos ventos nordestinos corresponda a 12% de toda a produção nacional.

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Preguiça levou o Homo erectus à extinção

Para os religiosos, a preguiça é um dos pecados capitais. Já para a ciência, a preguiça foi responsável pela extinção do Homo erectus, espécie que desapareceu provavelmente por ser muito preguiçosa, segundo um novo estudo.

Usando descobertas provenientes de escavações na Península Arábica, os arqueólogos descobriram que antigas populações que viveram nesta região nas épocas mais remotas da Idade da Pedra usavam "estratégias de menor esforço" para fabricar ferramentas e coletar recursos. A preguiça, combinada com a incapacidade de se adaptarem às mudanças climáticas, foi um fator essencial para a extinção da espécie.

Já os primeiros Homo sapiens e neandertais escalavam montanhas para encontrar pedras de boa qualidade, transportando-as a longas distâncias — enquanto os Homo erectus coletavam as pedras na base das montanhas, sem se esforçarem para escalá-las. "As amostras de sedimentos mostraram que o ambiente ao seu redor estava mudando, mas eles continuavam fazendo exatamente as mesmas coisas com suas ferramentas. Não houve progresso algum, e suas ferramentas nunca foram encontradas muito longe desses leitos de rios, agora secos. Acredito que no fim o ambiente ficou muito seco para eles", diz um dos autores do estudo.

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