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O céu (não) é o limite | O que está rolando na ciência e astronomia (13/05/2020)

Por| 13 de Maio de 2020 às 11h00

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Imagem cedida ao Canaltech por Tiago Domezi
Imagem cedida ao Canaltech por Tiago Domezi

Chegou a hora de ficar por dentro das principais notícias científicas que rolaram na última semana, em especial nas áreas da astronomia e da saúde. Toda semana, a gente dedica um tempo para trazer esse "resumão" a você que gosta de estar bem informado, mas não tem o tempo que gostaria para acompanhar o noticiário. Vamos lá?

Aconteceu de novo: barulho no céu assusta brasileiros

Em abril, muita gente ouviu um estranho barulho vindo do céu, com especulações quanto à sua origem tomando conta das redes sociais. Eis que, no início de maio, aconteceu de novo — e a hashtag #barulhonoceu chegou a ficar no primeiro lugar nos Trending Topics do Twitter. Mas, novamente, nada de ETs ou fim do mundo: são os "skyquakes", fenômeno que pode ter diferentes causas já comprovadas cientificamente — como a movimentação de gases na atmosfera, por exemplo.

SpaceX testará novas soluções para escurecer os satélites Starlink

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Depois de revestir um satélite Starlink em caráter de testes, com o objetivo de descobrir se isso seria suficiente para reduzir sua reflexividade a ponto de os objetos não aparecerem mais em observações astronômicas noturnas, a SpaceX anunciou novas possíveis soluções para o problema. É que o chamado DarkSat não se mostrou muito efetivo, então é preciso continuar trabalhando nisso.

A empresa de Elon Musk testará, a partir do próximo lançamento neste mês, uma atualização de software para mudar a orientação dos satélites em órbita, esperando que assim eles se tornem invisíveis a olho nu dentro de uma semana após serem lançados. Também será testada uma espécie de visor em um satélite que a empresa chamou de VisorSat, para ver se isso impedirá que a luz solar atinja as partes mais brilhantes desses objetos. Se tal teste for um sucesso, a empresa aplicará os visores em todos os satélites que serão lançados a partir de junho.

Satélites Starlink no céu brasileiro

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Mas enquanto Musk não elimina de uma vez por todas a reflexividade de seus satélites, os Starlink continuam sendo avistados no céu noturno ao redor do mundo — e foram vistos pelos brasileiros no último domingo (10). Uma quantidade gigantesca de pessoas pôde ver os satélites passeando pelo céu, o que, por um lado, proporcionou maior interesse geral por assuntos espaciais, mas, por outro, alimentou o arsenal de teóricos da conspiração nas redes sociais, acreditando que os pontos brilhantes e enfileirados no céu seriam OVNIs ou até mesmo espaçonaves vindas de outros mundos.

Ah! Vale dizer que os satélites da SpaceX ainda aparecerão no céu ao longo desta semana em várias cidades do Brasil — e você descobre quando e como observar os satélites Starlink clicando aqui.

Asteroide "tirou uma fina" da Terra

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Um asteroide "passou raspando" pelo nosso planeta a apenas 7 mil km de distância. Contudo, ele era pequeno demais para causar dano caso houvesse uma colisão, tendo diâmetro de entre 3 e 6 metros. Caso ele se chocasse com o planeta, o impacto causaria um barulho intenso e possivelmente algum tremor, o que poderia impressionar e assustar as pessoas — mas não causaria estragos reais, pois, de acordo com suas dimensões, ele acabaria sendo completamente queimado durante sua entrada na atmosfera. Outra consequência disso seria um verdadeiro show luminoso no céu — talvez seu brilho fosse equivalente ao de uma Lua cheia.

Meteoro faz Minas Gerais tremer

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Alguns dias depois da "visita" do asteroide citado acima, um meteoro explodiu e fez janelas e portões tremerem em diversas cidades de Minas Gerais. De acordo com a Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON), o clarão seguido por um forte barulho também foi ouvido em cidades de São Paulo e até do Paraná. E parece que um pedaço da rocha espacial acabou resistindo à queima na atmosfera, possivelmente caindo na cidade de Tiros, no Triângulo Mineiro!

Superterra perto do centro da galáxia

Quase sem querer, um exoplaneta do tipo "superterra" foi descoberto perto do centro da Via Láctea. Ele é um dos pouquíssimos já detectados com tamanho e órbita comparáveis aos da Terra, fazendo com que essa descoberta seja bastante rara – e promissora. Sua estrela hospedeira tem cerca de 10% da massa do Sol, e seu sistema fica a cerca de 25 mil anos-luz de distância. O planeta completa uma órbita ao redor do astro em aproximadamente 617 dias.

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A partir de agora, resumimos as principais notícias relacionadas à COVID-19 que publicamos na última semana:

Brasil: o novo epicentro global do coronavírus

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Segundo estudo da USP, nosso país se tornou o novo epicentro global da pandemia, registrando mais um recorde de mortes ocasionadas pela COVID-19 em 24 horas.

Conforme divulgado pelo Ministério da Saúde no boletim oficial mais recente, o Brasil já contabiliza 177.589 casos da doença, com 9.258 deles sendo notificados no dia anterior à divulgação desses números. Já foram registradas 12.400 mortes, sendo que 881 novos registros foram notificados também nas 24 horas anteriores — o que não significa que os óbitos aconteceram de um dia para o outro, que fique claro. Atualmente, a taxa de letalidade da COVID-19 por aqui é de 7%.

Mais de 800 pesquisas feitas por 46 universidades federais

Por outro lado, o Brasil é um dos países que vêm trabalhando arduamente para desenvolver uma vacina contra a COVID-19. Segundo a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), 46 universidades federais já estão nessa luta, envolvidas em 823 pesquisas mara mapear o novo coronavírus a fim de criar uma vacina para imunizar a população.

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As pesquisas também buscam descobrir formas de disponibilizar testes mais acessíveis, criar sistemas automatizados para detectar novos casos, e também encontrar maneiras de fabricar peças para ventiladores mecânicos em território nacional.

Teste detecta o SARS-CoV-2 24h após o contágio

Cientistas que trabalham para as Forças Armadas dos EUA desenvolveram um teste capaz de detectar o novo coronavírus apenas um dia depois da infecção — ou seja, antes de a pessoa apresentar sintomas e antes de esse portador ser capaz de contaminar terceiros. O teste ainda será apresentado para o FDA (equivalente à nossa Anvisa) para ser aprovado. Se tudo der certo, o teste começará a ser usado no país norte-americano já na segunda quinzena do mês de maio.

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Vacina contra a COVID-19 começa a ser testada em humanos

Nos EUA, uma possível vacina contra a doença começou a ser testada em pessoas saudáveis, sendo essa vacina desenvolvida pela Pfizer com a BioNTech. As empresas testam, na verdade, quatro opções de vacina e, caso uma delas funcione, o produto pode começar a ser disponibilizado entre setembro e dezembro deste ano. Em todo o mundo, há mais de 100 vacinas em desenvolvimento, e espera-se que pelo menos 20 delas sejam testadas em humanos ainda em 2020.

Vacina eficaz contra o coronavírus na Itália?

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Enquanto isso, na Itália, cientistas anunciaram sucesso num experimento para gerar anticorpos em camundongos, sendo que o método, em princípio, também funcionaria em células humanas. Contudo, nada disso chegou a ser testado, de fato, em humanos. Isso deve começar a acontecer nos próximos meses.

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