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O céu (não) é o limite | O que está rolando na ciência e astronomia (12/08/2020)

Por| 12 de Agosto de 2020 às 18h45

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David Kingham
David Kingham

Se você não está conseguindo acompanhar o noticiário científico dos últimos dias, graças a uma rotina para lá de atarefada mesmo provavelmente estando em home office, chegou a hora de ficar bem informado!

Nesta coluna semanal, resumimos as principais notícias da astronomia e da saúde, em especial. Assim, você sabe tudo o que está rolando de mais relevante, sem precisar gastar muito tempo para se manter bem informado.

Blaneta? Oi?

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Você já ouviu falar em um "blaneta"? Provavelmente não, até porque estamos falando de um objeto espacial que ainda existe apenas no campo das possibilidades. Trata-se de um mundo que pode se formar ao redor de um buraco negro, ao menos de acordo com a conclusão recente de um grupo de cientistas. Eles entenderam que planetas podem, sim, se formar ao redor desses objetos um tanto quanto misteriosos, cuja atração gravitacional é tão intensa que nem mesmo a luz é capaz de escapar. A equipe mostrou que há uma zona segura em torno de cada buraco negro supermassivo, em que milhares de planetas poderiam estar orbitando — sem que possamos vê-los, naturalmente.

Protótipo do Starship voa de verdade pela 1ª vez

O protótipo SN5 do Starship, o novo e poderoso veículo espacial em desenvolvimento pela SpaceX, alçou voo pela primeira vez — com grande sucesso. A nave é projetada para levar até 100 pessoas a destinos como Lua e Marte, e o projeto, agora, avança para o próximo protótipo, ainda maior e mais capaz. Sua versão final terá 50 metros de altura, e a empresa de Elon Musk já falou que as primeiras missões desta nave podem começar já em 2021, lançando satélites comerciais.

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Brilho pulsante em Marte

A sonda MAVEN, da NASA, registrou imagens mostrando grandes áreas do céu noturno marciano emitindo um brilho pulsando em períodos determinados, em luz ultravioleta. A descoberta poderá ajudar cientistas a desenvolverem modelos computacionais sobre a dinâmica da atmosfera do Planeta Vermelho.

Ceres, planeta anão geologicamente ativo e com água subterrânea

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Ceres, localizado no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, é um planeta anão de grande interesse quando pensarmos na mineração de objetos espaciais. É que acabamos de descobrir que ele é um mundo geologicamente ativo, e possivelmente tem água abaixo de sua superfície. Em 2015, a sonda Dawn detectou formações com um material reflexivo por lá, e demoramos todo esse tempo para confirmarmos que isso tem grandes chances de ser sinal da presença de gelo subterrâneo. E se essa história de minerar Ceres não lhe parece estranha, é só lembrar que essa é justamente a trama inicial da série de ficção científica The Expanse!

Galáxia de 12 bilhões de anos muito mais calma do que se esperava

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A recém-descoberta galáxia SPT0418-47 está desafiando o que sabemos sobre o universo primitivo. É que as teorias mais aceitas atualmente indicam que galáxias formadas no início do universo devem ser turbulentas e instáveis, mas esta aqui, com 12 bilhões de anos, é relativamente calma. Ela foi descoberta por pesquisadores usando o rádio-observatório ALMA, e, para a surpresa de muita gente, é um tanto parecida com a Via Láctea. A nova galáxia poderá fornecer informações sobre o universo primordial, o que levará a uma melhor compreensão sobre a formação das primeiras galáxias do cosmos — algo que ainda está envolto a muito mistério.

Pico da chuva de meteoros Perseidas

Na madrugada de terça (11) para quarta (12), aconteceu o maior pico da chuva de meteoros Perseidas — mas nesta noite, de quarta (12) para quinta (13), ainda é possível ver várias "estrelas cadentes". Longe de serem estrelas de fato, o que vemos em uma chuva de meteoros como esta são, na verdade, pequenos detritos deixados para trás por um cometa, que se queimam quando entram na atmosfera e aparecem no céu noturno como rastros luminosos. No caso da Perseidas, tratam-se de pedacinhos do cometa 109P/Swift-Tuttle.

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A partir de agora, resumimos o que rolou de mais importante relacionado à pandemia de COVID-19.

Resfriado comum dando imunidade à COVID-19?

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Um novo estudo sugere que pessoas que contraíram outros tipos de coronavírus, incluindo os que causam resfriados comuns, podem ter ganhado imunidade contra o novo coronavírus, o SARS-CoV-2. Algumas das primeiras dicas de imunidade pré-existente vieram das células T, os glóbulos brancos que destroem as células infectadas no corpo ou ajudam outras partes do sistema imunológico a atingir um patógeno invasor. Os responsáveis pelo trabalho apontam que a "memória" imune gerada por determinadas células pode ajudar a explicar por que o impacto da COVID-19 varia mesmo entre pacientes com mesma faixa etária e perfil, e defendem que a variedade de memórias de células T aos coronavírus que causam o resfriado comum pode estar por trás de pelo menos parte da heterogeneidade observada na COVID-19.

15 milhões de vacinados contra COVID-19 no Brasil até janeiro

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Ao menos é essa a previsão do Ministério da Saúde, que espera até o final de dezembro já ver distribuídas 15,2 milhões de doses da vacina de Oxford no Brasil. As primeiras 30,4 milhões doses do imunizante devem chegar em dois lotes, sendo o primeiro deles com 15,2 milhões em dezembro e a mesma quantidade em janeiro.

Segundo órgão, os grupos de risco para a COVID-19 (idosos e pessoas com comorbidades, como cardiopatia e obesidade) estarão entre os primeiros na hora da imunização. Profissionais de saúde também serão priorizados nos primeiros meses de vacinação contra o novo coronavírus e, após a distribuição dos dois primeiros lotes, outras 70 milhões de unidades da vacina de Oxford serão disponibilizadas, de forma gradativa, a partir de março de 2021.

Vacina russa será fabricada no Brasil (especificamente no Paraná)

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De acordo com o governo russo, sua primeira vacina contra a COVID-19, liberada nesta semana sob controvérsias, será fabricada no Brasil, bem como em outros pelo menos 20 países. Logo em seguida, o governo do estado do Paraná anunciou que pretende assinar um convênio com a estatal russa para produzir a vacina, que foi chamada de Sputnik V, em tal estado. Caso a pesquisa do imunizante russo seja aprovada conforme o esperado, a distribuição nacional desta vacina contra a COVID-19 não deve ocorrer antes do segundo semestre de 2021.

Vacinação em São Paulo começa em janeiro

Falamos da vacina de Oxford e a da Rússia, mas e a vacina chinesa, que fez parceria com o estado de São Paulo por meio do Instituto Butantan? Pois bem, segundo o diretor do instituto, a vacina da Sinovac começará a ser aplicada na população deste estado em janeiro de 2021. O diretor do Butantan afirmou que este estudo chinês é atualmente o mais avançado do mundo, e que a vacina depende de resultados positivos de eficácia e segurança para obter registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

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