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O céu (não) é o limite | O que está rolando na ciência e astronomia (11/06/2019)

Por| 11 de Junho de 2019 às 15h57

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NASA
NASA

Mais uma terça-feira chegou, e com ela chega também mais uma síntese com as notícias científicas que "bombaram" na última semana. Fique por dentro de tudo o que rola no "mundão" da ciência e da astronomia acompanhando o Canaltech, com a garantia de gastar poucos minutos para se manter bem informado.

Menor expectativa de vida para bebês modificados geneticamente

Os bebês modificados geneticamente pelo cientista chinês He Jiankui no ano passado podem ter uma menor expectativa de vida por conta do experimento. Um estudo recente descobriu que o não funcionamento do gene CCR5, exatamente o modificado pelo cientista para deixar os bebês imunes ao vírus HIV, pode diminuir a expectativa de vida da pessoa.

Um ano sem observar o céu em infravermelho

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Por conta do atraso no lançamento do telescópio espacial James Webb (que somente deverá acontecer em março de 2021), a ciência poderá ficar um ano sem conseguir observar o céu na região do infravermelho do espectro eletromagnético. É que o Spitzer, que atualmente faz esse tipo de observação, está com a vida útil em seus finalmentes — sua missão será encerrada em janeiro do ano que vem.

Ou seja: entre janeiro de 2020 e março de 2021, a NASA não terá como continuar fazendo observações do espaço em infravermelho — a não ser que acabe decidindo prolongar a missão do Spitzer, o que é pouco provável. Ele está lentamente se afastando da Terra, e hoje já precisa sintonizar em ângulos muito mais altos do que anteriormente para conseguir enviar suas transmissões para a Terra, o que prejudica sua captação de energia solar. Antes, ele transmitia indefinidamente; hoje, consegue gerenciar energia para apenas duas horas e meia por dia até que suas baterias sejam drenadas.

Motor "impossível" será testado mais uma vez

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O EmDrive, motor de propulsão eletromagnética digno de Star Trek, é apelidado de "impossível" pois seu funcionamento desafia a lei do momento linear. Testes já foram feitos no passado mostrando que, em teoria, ele pode sim vir a funcionar de verdade, o que permitiria viajar à estrela Alpha Centauri em apenas 100 anos — contra os 75 mil anos necessários para chegar até lá com as tecnologias atuais.

Agora, o motor deverá ser testado mais uma vez até o final do ano, em uma escala maior do que os testes anteriores, para que seja batido martelo quanto à viabilidade de seu uso em viagens espaciais de verdade..

Estação Espacial Internacional abrindo portas para empresas privadas

A partir do ano que vem, empresas espaciais do setor privado também poderão usar as dependências da ISS. A NASA anunciou de maneira oficial que, desde que seus projetos atendam a requisitos específicos, as empresas poderão realizar ações comerciais e de marketing por lá, também podendo enviar seus próprios astronautas privados.

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E por falar em astronautas privados, a abertura da ISS para a iniciativa privada também dá início ao turismo espacial na estação: a NASA vai cobrar até US$ 35 mil por dia para que turistas visitem a ISS. Este preço, contudo, é o quanto a agência vai cobrar das empresas que oferecerão pacotes turísticos para a órbita baixa da Terra, com o preço dos ingressos sendo definidos pelas próprias empresas.

Nave reutilizável da ESA

Space Rider é o nome da nave reutilizável que a agência espacial europeia está desenvolvendo, com previsão de ficar pronta para seu primeiro lançamento em 2022. A ideia é que o veículo permita a realização de todo tipo de experimento em microgravidade.

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Não tripulável, o veículo poderá ser usado também por empresas privadas com objetivos científicos e comerciais. A ESA o descreve como um "laboratório espacial de alta tecnologia e sem fios" capaz de permanecer em órbita por até dois meses, carregando até 800 quilos de cargas e voando em altitudes de 450 km. Ainda, a nave tetrá a habilidade de pousar na Terra próximo a zonas habitadas, com precisão controlada.

Extinção de plantas também é um problema atual

Um novo estudo mostra que quase 600 espécies de plantas foram extintas nos últimos 250 anos. O número é o dobro de todas as extinções de aves, mamíferos e anfíbios combinadas.

Os cientistas disseram ainda que a extinção de plantas em nosso planeta está acontecendo até 500 vezes mais rapidamente do que o esperado naturalmente, com as maiores perdas acontecendo em ilhas e nos trópicos, que abrigam árvores de madeiras valorizadas e são áreas ricas em diversidade. Extinções desproporcionais de plantas podem causar um efeito em cascata de extinções de outros organismos vivos que dependem diretamente delas, o que acaba, fatalmente, impactando o ser humano.