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O céu (não) é o limite | O que está rolando na ciência e astronomia (09/06/2020)

Por| 09 de Junho de 2020 às 11h00

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NASA
NASA

Os avanços na saúde e na astronomia não desaceleram, e o Canaltech está aqui em mais uma semana resumindo as principais notícias científicas para você, que tem menos tempo que gostaria para se manter bem informado. Chegou a hora de mais um resumão!

SpaceX lança pessoas ao espaço pela primeira vez

O dia 30 de maio entrou para a história como "o dia em que Elon Musk lançou astronautas ao espaço". Naquele sábado, a SpaceX enviou dois astronautas da NASA à Estação Espacial Internacional (ISS), a bordo da espaçonave Crew Dragon e por meio de um foguete Falcon 9. O voo também foi histórico pois marca o fim do contrato dos EUA com a Rússia nesse transporte, algo que vinha acontecendo desde 2011, quando o programa dos ônibus espaciais foi encerrado. Ainda, o sucesso da empresa privada mostra que a SpaceX está pronta para abrir as portas do turismo espacial para o mundo, algo que deve acontecer em um futuro bastante próximo.

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A dupla de astronautas da NASAchegou à ISS no domingo, depois de 19 horas de viagem, e a transmissão ao vivo do lançamento (que durou mais de 9 horas) foi o evento online mais assistido da história da NASA, com pelo menos 10,3 milhões de espectadores simultâneos.

Mas nem tudo são flores para a SpaceX…

A empresa de Elon Musk, apesar de comemorar o feito histórico acima, lamentou a perda de mais um protótipo do novo foguete Starship, que explodiu durante testes. O SN4 parecia passar pelo seu quinto teste estático, até que uma espessa nuvem de gás começou a ser vista vazando da estrutura. Menos de um minuto depois disso, tanto o protótipo quanto a plataforma foram destruídos em uma imensa explosão.

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Asteroides diferentes podem ter o mesmo "pai"

Os asteroides Bennu e Ryugu (estudados pela sonda OSIRIS-REx, da NASA, e Hayabusa2, da JAXA — respectivamente) são diferentes entre si, mas podem ter uma origem em comum, de acordo com um novo estudo. Os cientistas afirmam que as duas rochas espaciais podem ter se formado a partir do rompimento de um mesmo asteroide "pai".

E um nome de peso na cultura pop está nos ajudando a compreender mais sobre a origem desses objetos, o que nos permite um entendimento mais aprofundado sobre a formação do Sistema Solar. Estamos falando de Brian May, guitarrista do Queen e doutor em astrofísica. Ele também participa de um estudo que visa compreender a formação de Bennu e Ryugu, dizendo que "as formas dos asteroides e seus níveis de hidratação podem servir como verdadeiros rastreadores de sua origem e história".

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A partir de agora, você confere as principais notícias científicas relacionadas ao novo coronavírus e à pandemia de COVID-19.

Máquina que desinfeta contra COVID-19 em 15 segundos

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Um brasileiro criou uma máquina capaz de fazer desinfecção contra a COVID-19 em apenas 15 segundos, inspirado em projetos estrangeiros. O aparelho de higienização foi chamado de Asepsis Machine e desinfecta pessoas, roupas e equipamentos. A desinfecção acontece com a liberação de hipoclorito de sódio e água (fórmula indicada pela Organização Mundial de Saúde), em jatos que garantem a esterilização em apenas 15 segundos. Pesando 120 quilos, a máquina não exige instalação e ainda possui um baixo consumo de energia, custando menos de dois centavos por pessoa que entrar na cabine. Soluções como essa poderão ser usadas em estabelecimentos comerciais e lugares públicos, no futuro próximo.

Contágio da COVID-19 está longe da estabilização

Apesar de alguns países já estarem comemorando o início do fim da pandemia por lá, a verdade é que o contágio da COVID-19 ainda está longe da estabilização em nosso país. Uma pesquisa recente realizada pelo grupo COVID-19 Analytics mostrou que nosso país, apesar de já apresentar alguma queda nesse índice de contaminação, ainda está distante dos níveis ideais. Segundo os dados, cada brasileiro infectado pelo novo coronavírus transmitiu a doença para mais 1,9 pessoa, taxa que, em 1º de maio, era de 2,53 — ainda distante do 1,0 necessário para amenizar a gravidade da pandemia por aqui.

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E o pior da pandemia ainda está por vir, segundo pesquisa com médicos paulistas. A Associação Paulista de Medicina fez uma pesquisa mostrando que 84,5% dos médicos creem que o pior desta pandemia ainda não chegou, e 96,6% admitem a possibilidade de faltar profissionais para o atendimento.

Mais de 150 remédios em teste contra COVID-19

No momento, 153 fármacos vêm sendo testados em 1.765 estudos com pacientes infectados pelo novo coronavírus. Entre as substâncias, há antivirais, antiparasitários e demais medicamentos para diferentes condições, mas que podem surtir efeito positivo no tratamento da COVID-19: 26 candidatos são antivirais, 18 são medicamentos anticâncer, 14 imunossupressores, 13 anti-hipertensivos, 12 antiparasitários e 12 anti-inflamatórios. Enquanto isso, entre outros 58 candidatos estão antibióticos diversos, antiulcerosos, anticoagulantes, antidepressivos, antipsicóticos, vasodilatadores, antidiabéticos, corticosteroides e redutores de colesterol.

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Por enquanto, o mais promissor é o antiviral remdesivir, desenvolvido originalmente para combater o vírus ebola, que está sendo testado como um medicamento inalável contra a COVID-19 pela Gilead Sciences. A empresa está explorando uma formulação de injeção subcutânea de remdesivir e versões de pó seco para inalar, e atualmente testa como a formulação intravenosa de remdesivir pode ser diluída para uso com um nebulizador. A Gilead relatou resultados de testes mostrando que o remdesivir intravenoso beneficiou pacientes hospitalizados com COVID-19 em grau moderado em comparação ao tratamento padrão.

OMS está com 30 países no desenvolvimento de uma vacina

A Organização Mundial da Saúde está coordenando uma força-tarefa com 30 países para desenvolver vacinas, testes e tratamentos no combate à COVID-19. Dos 30 países que aderiram à iniciativa, apenas quatro são desenvolvidos: Luxemburgo, Noruega, Portugal e Holanda. O C-TAP inclui também Argentina, Bangladesh, Barbados, Belize, Brasil, Chile, República Dominicana, Equador, Egito, Indonésia, Líbano, Malásia, Maldivas, México, Moçambique, Omã, Paquistão, Palau, Panamá, Peru, São Vicente e Granadinas, África do Sul, Sudão, Timor-Leste e Uruguai.

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Segundo a OMS, ainda não está clara a atuação do Brasil no desenvolvimento e produção de tratamentos e vacinas, e também não há um calendário para os próximos passos por enquanto. No entanto, Akira Homma, assessor científico sênior do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos, da Fiocruz, afirma que o país teria condições de ajudar no desenvolvimento de vacinas, nos testes clínicos de fase 3 (que precisam ser feitos em um país onde a pandemia ainda esteja ativa) e na fabricação dos produtos em grande escala.

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