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O céu (não) é o limite | O que está rolando na ciência e astronomia (08/08/2018)

Por| 08 de Agosto de 2018 às 09h09

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NASA
NASA

E aqui vai mais um apanhado com as principais notícias sobre ciência e astronomia que circularam por aí na última semana. O universo científico rende tantas descobertas, estudos e análises que mesmo os mais entusiastas podem ficar um pouco perdidos em meio a tanta informação, mas a gente te ajuda e, toda semana, publicamos esse resumo aqui no Canaltech!

Peixes perdendo o olfato

Até o final deste século, peixes marinhos podem perder sua capacidade de detectar diferentes cheiros — e tudo isso por nossa culpa.

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Exeter mostra que os níveis de dióxido de carbono na água do mar são os culpados por isso; caso esses níveis continuem subindo na velocidade atual, os peixes vão mesmo perder o olfato. Os cientistas expuseram robalos jovens à quantidade de dióxido de carbono que deve constar no mar até 2100: o resultado foi exatamente a perda do olfato, deixando os peixes confusos e incapazes de identificar um predador, bem como suas presas.

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Garoto vive bem após remoção de boa parte de seu cérebro

Um garoto, que sofria de convulsões desde os quatro anos de idade, teve uma grande parte de seu cérebro removida e vive bem depois disso. A comunidade médica ficou espantada com o fato de o garoto se recuperar após a remoção de um terço do hemisfério direito de seu cérebro.

A criança passou pela cirurgia após terem se esgotado as possibilidades de tratamento não invasivo, quando tinha seis anos de idade. As partes removidas gerenciam entradas sensoriais, incluindo a visão e a audição. Agora, três anos depois, o menino apresenta cognição e inteligência de acordo com sua faixa etária, com o lado esquerdo de seu cérebro fazendo dupla função.

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Sinal de rádio vindo do espaço alimenta busca por ETs

O telescópio canadense CHIME capturou um sinal de rádio vindo dos confins do espaço, do tipo FBR (ou "rajada rápida de rádio"). Esse tipo de sinal foi capturado poucas vezes desde o início dos monitoramentos via radiotelescópios, mas desta vez ele é um tanto quanto misterioso: este foi primeiro registro do tipo feito com frequência inferior aos 700 MHz.

Ainda não se sabe a origem da transmissão, cuja frequência relativamente baixa pode ser proveniente de um buraco negro ou ainda de uma supernova. Mas a suposição de que o sinal pode ter vindo de uma civilização alienígena tecnologicamente desenvolvida também está na mesa.

Nova forma geométrica encontrada no corpo humano

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Há dezenas de formas geométricas conhecidas, e nós aprendemos sobre elas nas aulas de matemática da escola. E em pleno ano de 2018, cientistas acabaram de descobrir o scutoid: o mais novo formato geométrico, encontrado no corpo humano.

O scutoid foi avistado durante uma análise para compreender melhor o formato das células de nossa pele, com o grupo de pesquisadores usando modelos 3D para simular a construção de células epiteliais. De acordo com um bioengenheiro que participou do projeto, o modelo "previa que, conforme a curvatura do tecido aumenta, colunas e formatos de garrafa não poderiam ser as únicas formas em que as células se desenvolviam". Então, para a surpresa de todos, o novo formato até então sem nome foi avistado.

O formato foi nomeado de scutoid em homenagem ao escutelo — parte do tórax de alguns insetos que lembra bastante a nova forma geométrica, contendo um "Y" em seu centro.

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Pulmão artificial implantado em porco

Pesquisadores norte-americanos desenvolveram, em 2014, um pulmão em laboratório com o objetivo de tratar pacientes com câncer pulmonar, sem que eles dependam das longas filas de transplante. Agora, quatro anos depois, a equipe conseguiu realizar, com sucesso, o transplante de um pulmão artificial em porcos adultos, sem que ocorressem efeitos adversos após a cirurgia.

O pulmão artificial foi criado com base em um pulmão de porco verdadeiro, com os cientistas retirando o sangue e as células do órgão e mantendo apenas sua estrutura externa. Essa estrutura, então, foi mergulhada em um tanque de nutrientes por 30 dias, até que sua reconstrução fosse completada. Vários porcos receberam o órgão artificial sem rejeição imunológica.

Dia da Sobrecarga da Terra de 2018 já chegou

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No dia 1º de agosto, a humanidade já consumiu mais recursos naturais do que a Terra consegue gerar em um ano. O conhecido Dia da Sobrecarga da Terra vem acontecendo no mês de agosto desde 2011, sendo que, em 1970, este dia chegava apenas no mês de dezembro.

Isso significa que, até o final do ano, a Terra vive "no vermelho" no que diz respeito a seus recursos naturais, com a sociedade consumindo mais do que o planeta é capaz de suprir. 85% dos países atualmente vivem além de suas possibilidades, causando um déficit ecológico.

6 anos de Curiosity em Marte

No último domingo (5), o robô Curiosity completou seis anos explorando Marte. Lançado em novembro de 2011, o rover chegou ao solo marciano em agosto de 2012 e, desde então, vem proporcionando descobertas sem precedentes sobre o nosso vizinho espacial.

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Planeta bizarro é descoberto vagando pelo espaço

Os planetas que orbitam estrelas além do Sol são chamados de exoplanetas, mas existem aqueles solitários, também conhecidos como planetas órfãos, que, por alguma razão, foram expulsos de seus sistemas estelares (ou jamais sequer fizeram parte de um sistema solar) e vagam pelo espaço de maneira independente.

É um tanto quanto difícil descobrir os planetas órfãos. Para se detectar um exoplaneta, basta observar a luminosidade de uma estrela por tempo suficiente até que um planeta passe em sua frente, o que faz seu brilho variar. Mas, usando um radiotelescópio, pesquisadores conseguiram descobrir o planeta solitário que chamaram de SIMP J01365663 + 0933473.

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O mundo pode se tratar, na verdade, de uma subanã marrom — planetas deste tipo são "estrelas fracassadas", porque são grandes o suficiente para que a fusão aconteça em seu núcleo, mas suas massas são inferiores aos critérios necessários para que elas se tornem, de fato, uma anã marrom.

Este planeta em especial tem um campo magnético 200 vezes mais forte do que o de Júpiter, o que indica que o objeto tenha uma aurora polar muito mais intensa do que o nosso gigante gasoso. Ainda, acredita-se que o planeta seja apenas um "bebê", com cerca de 200 milhões de anos de idade. Sua temperatura superficial é extrema, na casa dos 815ºC, e o planeta está a apenas 20 anos-luz da Terra.

Telescópio espacial Kepler ainda vive

Cerca de 70% dos exoplanetas conhecidos foram descobertos graças ao Kepler, que acaba de acordar de uma hibernação de quatro semanas. Ao "voltar à vida", o telescópio voltou a se comunicar com a Terra, mostrando que seus equipamentos seguem funcionais.

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A hibernação foi programada para se economizar combustível propulsor, que está acabando. Lançado em março de 2009, o Kepler já analisou 150 mil estrelas, além de ter confirmado mais de 2.300 exoplanetas. Ele será substituído pelo TESS, que já está no espaço fornecendo para nós suas primeiras imagens.

TESS registra cometa sem querer

E por falar no TESS, ou Transiting Exoplanet Survey Satellite, o sucessor do Kepler fotografou, sem querer, a passagem de um cometa em frente às suas lentes.

O telescópio estava, na verdade, sendo testado pela NASA por um período de 17 horas, quando o cometa C/2018 N1 deu as caras. O cometa, por sinal, é novo para nós: ele foi descoberto em junho deste ano.

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