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O céu (não) é o limite | O que está rolando na ciência e astronomia (02/10/2018)

Por| 02 de Outubro de 2018 às 16h39

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Jose Antonio Peñas/SINC
Jose Antonio Peñas/SINC

A ciência é fascinante. E justamente porque nutrimos esse fascínio, nós trazemos neste espaço, toda terça-feira, um resumo com as principais notícias científicas que estamparam o noticiário da última semana. Então vamos lá que tem bastante coisa boa para contar:

Plano oficial da NASA para voltarmos à Lua e irmos a Marte

A agência espacial dos EUA, que está celebrando seus 60 anos de história, divulgou seu plano oficial para os próximos anos, envolvendo a Estação Espacial Internacional, o retorno à Lua e os planos iniciais para Marte.

A National Space Exploration Campaign mostra que a NASA está pronta para começar a trabalhar com as empresas privadas para o gerenciamento da ISS no futuro próximo, o que permitirá uma economia de dinheiro suficiente para custear os planos para a Lua e Marte.

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Na Lua, a ideia é testar o foguete SLS e a cápsula Orion em 2020, para depois de alguns anos já ser possível levar astronautas novamente ao nosso satélite natural. Ainda, a agência fala da criação do Lunar Gateway: uma estação espacial lunar permanente, que ficará na órbita da Lua (tal qual a ISS na órbita da Terra).

Quanto ao Planeta Vermelho, a ideia é continuar aprendendo mais sobre Marte com as missões em andamento, incluindo a recentemente enviada sonda InSight, que coletará amostras do solo marciano e as trará de volta à terra, contando também com o rover Mars 2020, que será lançado no ano que vem. A NASA prometeu que 2024 será o ano em que tomará uma decisão responsável sobre o envio de humanos para Marte — o que pode acontecer na década de 2030.

Bombas da Segunda Guerra enfraqueceram a ionosfera

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Os bombardeios da Segunda Guerra Mundial não deixaram marcas apenas na superfície do planeta: de acordo com um novo estudo, as ondas de choque também atingiram as bordas do espaço. Resultado disso foi um enfraquecimento da atmosfera superior da Terra — a chamada ionosfera.

Na ionosfera, a radiação solar colide com gases que se rompem em elétrons e íons. E o estudo mostra que as ondas de choque resultantes dos bombardeios alcançaram a ionosfera a 367 quilômetros de altitude, aquecendo a atmosfera superior e, com isso, diminuindo a quantidade de elétrons presentes.

Primeiro humano infectado com Hepatite E exclusiva de ratos

Até então observada apenas em ratos, uma variação da Hepatite E foi detectada pela primeira vez em um ser humano. Um homem de Hong Kong é o primeiro paciente humano a contrair a infecção, descoberta após receber um transplante de fígado em um hospital universitário. Meses após o transplante, ele começou a ter problemas no fígado, até que um teste mostrou que ele tinha a versão de ratos da Hepatite E.

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Contudo, o doador do fígado e os doadores de sangue envolvidos no transplante foram testados para o vírus, tendo resultado negativo. Ainda não está claro como o vírus passou de um rato para o homem, mas uma possibilidade é de que ele possa ter ingerido alimentos contaminados com excrementos de roedores. O transplantado mora perto de um depósito de lixo e, segundo os investigadores, em uma área não-higiênica.

Lua cheia e elétrica

Um novo estudo mostra que a precária atmosfera da Lua é envolta por uma "capa" de eletricidade, especialmente na Lua Cheia.

É que, em planetas com atmosferas, existe a ionosfera onde elétrons são liberados, criando uma fina camada de gás eletricamente carregado (chamado de plasma). Na Lua, apesar de seu campo gravitacional extremamente baixo, sua atmosfera conhecida como exosfera é alimentada por pequenos pulsos gasosos na superfície, que são movidos por detritos radioativos, vento solar e poeira lunar, tudo isso sendo levantado por forças eletrostáticas.

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Asteroide "caveirão" passará perto da Terra

O asteroide 2015 TB145, que já nos visitou há três anos, passará perto da Terra no dia 11 de novembro. Sem representar riscos ao nosso planeta, ele chama a atenção pelo seu formato similar ao de um crânio — e sua visita próxima do Halloween deixa as coisas ainda mais "sinistras".

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Últimos suspiros do telescópio Kepler

No espaço descobrindo exoplanetas desde 2009, o telescópio espacial Kepler foi posto para "dormir" uma última vez, com a esperança de enviar à Terra os últimos dados coletados antes de seu combustível acabar de uma vez por todas.

A hibernação acabará no dia 10 de outubro, com esta sendo a última missão do Kepler — que já foi substituído pelo TESS, com a missão de continuar descobrindo planetas que orbitam outras estrelas além do nosso Sol. O TESS, por sinal, é capaz de varrer uma área 350 vezes maior do que a de seu antecessor, podendo catalogar cerca de 20 mil exoplanetas em apenas dois anos.

Nobel da Medicina para possível cura do câncer

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Dois pesquisadores foram condecorados com o Prêmio Nobel de Medicina em 2018 por suas pesquisas sobre a cura do câncer. James P. Alison, dos Estados Unidos, e Tasuko Honjo, do Japão, receberam o prêmio por terem criado terapias contra o câncer usando o próprio sistema imunológico do paciente como arma.

O tratamento baseado na inibição de proteínas específicas, que estimulam a criação de anticorpos, foi considerado como a nova fronteira no combate ao câncer, e já se mostrou eficiente em cerca de 20% dos pacientes testados.