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O céu (não) é o limite | O que está rolando na ciência e astronomia (01/09/2020)

Por| 01 de Setembro de 2020 às 19h00

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NASA, ESA, J. DePasquale and E. Wheatley and Z. Levay
NASA, ESA, J. DePasquale and E. Wheatley and Z. Levay

Hoje é terça-feira, e você já sabe: é aquele dia da semana em que o Canaltech se dedica a resumir as principais notícias científicas dos últimos sete dias, com tudo o que mais importa ficando reunido aqui, nesta coluna semanal. Assim, quem não tem o tempo que gostaria para se manter bem informado pode fazê-lo rapidinho, levando poucos minutos para descobrir o que está rolando de mais relevante nesse universo, que está sempre em movimento.

Machine learning confirmando exoplanetas

50 novos exoplanetas tiveram sua existência confirmada de maneira inédita para pesquisadores da Universidade de Warwick e do Instituto Alan Turin: eles conseguiram isso aplicando técnicas de machine learning para analisar uma amostra imensa de dados. Para treinar o algoritmo, os pesquisadores o ensinaram a reconhecer planetas previamente confirmados, que foram descobertos com o telescópio espacial Kepler. Então, o algoritmo passou a estudar uma base de dados de candidatos a exoplanetas, e foi então que os 50 novos planetas vieram à superfície. Esses cinquenta planetas vão desde mundos menores do que a Terra a mundos maiores que Netuno, com órbitas que também variam bastante.

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Sonda árabe tira sua primeira foto de Marte

Enquanto segue seu rumo no sentido do Planeta Vermelho, a sonda árabe Hope Mars já tirou sua primeira fotografia do nosso vizinho. A sonda foi lançada em julho e chegará a seu destino em fevereiro do ano que vem e, por enquanto, já ultrapassou os 100 milhões de qquilômetros percorridos — ou seja, um quinto do caminho.

Bactérias podem sobreviver no espaço mais do que imaginávamos

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De acordo com um novo estudo japonês, bactérias em aglomerados podem sobreviver no espaço mais do que se sabia. Para chegar a essa conclusão, o time de cientistas realizou um experimento para testar como bactérias Deinococcus se sairiam sobrevivendo no espaço. Estes microrganismos são conhecidos por formar grandes colônias e serem resistentes às condições do ambiente, como à radiação UV. Assim, eles distribuíram as bactérias em painéis de exposição do lado externo da Estação Espacial Internacional (ISS). As amostras de diferentes espessuras foram expostas ao ambiente espacial por períodos que variaram de um a três anos.

Depois desse tempo, foi observado que os aglomerados de bactérias com espessura superior a 0,5 milímetros sobreviveram parcialmente às condições espaciais. Isso sugere que, enquanto as bactérias na superfície dos aglomerados morreram, elas criaram uma espécie de camada protetora para aquelas que estavam mais abaixo para garantir a sobrevivência da colônia. Sendo assim, a equipe concluiu que um aglomerado com espessura maior do que 0,5 milímetros poderia sobreviver até 45 anos na ISS e, em ao extrapolar, é possível considerar que uma colônia de apenas 1 milímetro de diâmetro poderia sobreviver até oito anos em condições espaciais externas.

Será que a água da Terra sempre esteve por aqui?

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Segundo novo estudo publicado na revista Science, a água da Terra pode ter estado sempre por aqui, em vez de ter viajado pelo espaço a bordo de cometas e asteroides e "caído" aqui através de impactos espaciais. Os autores analisaram 13 meteoritos condritos do tipo enstatitas, que são uma classe de rochas semelhante às que teoricamente formaram os blocos de construção da Terra, e encontraram bastante hidrogênio nesses meteoritos, uma informação tentadora para os que procuram pela origem da água em nosso planeta.

Se esse tipo de rocha estava presente no material que deu origem ao nosso planeta, é possível que todo esse hidrogênio tenha contribuído para a formação da água logo no nascimento da Terra. De acordo com os cálculos da equipe, essas rochas poderiam conter pelo menos três vezes mais água do que os oceanos atuais do planeta.

Halo de Andrômeda já está atingindo a Via Láctea

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Usando o telescópio espacial Hubble, cientistas mapearam a estrutura do halo que envolve a galáxia de Andrômeda, e descobriram que este halo se estende a grandes distâncias — grandes o suficiente para que o halo já chegue aos limites da nossa galáxia.

Este é o estudo mais abrangente feito sobre um halo que cerca uma galáxia, e a equipe descobriu que a estrutura do halo tem algumas camadas, onde as duas principais estão agrupadas e separadas do escudo de gás. A parte interna que se estende por cerca de meio milhão de anos-luz é mais complexa, enquanto a mais externa é mais suave e quente.

Satélite aposentado há mais de 50 anos caiu na Terra

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O satélite OGO-1, lançado em 1964 pela NASA e aposentado em 1971, acabou sendo enfim atraído pela gravidade terrestre, caindo no Oceano Pacífico no último sábado (29). Ele fazia parte da primeira série de satélites geofísicos já lançados pela agência espacial para estudar a magnetosfera do nosso planeta, operando até 1969. OGO-1 foi o último de sua geração a cair — todos os demais já haviam reentrado na atmosfera terrestre, sendo totalmente destruídos.

NASA adia seleção de astronautas que irão à Lua

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A NASA abriu no início de 2020 o processo seletivo para escolher os primeiros astronautas do programa Artemis, mas a pandemia de COVID-19 fez que a agência espacial mudasse seus planos. Os novos membros, que seriam anunciados em junho de 2021, só serão revelados no final do ano que vem. Ainda assim, o cronograma para o próximo pouso humano na Lua permanece o mesmo, visando o ano de 2024 para que isso volte a acontecer.

Leia também:

A partir de agora, você acompanha as notícias mais importantes sobre a pandemia de COVID-19, que rolaram na última semana:

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Vacina da Moderna tem eficácia em idosos

A norte-americana Moderna anunciou que sua candidata à vacina mostrou resultados promissores quando aplicada em adultos com mais de 50 anos. Os mais velhos correm maior risco de hospitalização e morte por COVID-19 em comparação com os mais jovens e, como o sistema imunológico geralmente enfraquece com a idade, pode ser mais difícil para uma vacina ser eficaz. Por isso a Moderna expandiu seu estudo para essa parcela mais sênior de voluntários.

A farmacêutica testou sua vacina em dez adultos com idades entre 56 e 70 anos e em dez adultos com 71 anos ou mais, e descobriu que os voluntários mais velhos desenvolveram anticorpos de maneira semelhante aos voluntários mais jovens. Não foram registrados efeitos colaterais graves.

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Especialista diz que reinfecção por coronavírus não é motivo de pânico

Depois de terem sido revelados os primeiros casos de reinfecção pelo novo coronavírus, o mundo inteiro levantou preocupações, mas, segundo uma professora de imunologia viral da Universidade de Birmingham, a reinfecção de COVID-19 não deve ser motivo para haver pânico generalizado.

Ela afirma que nossos organismos não se tornam imunes a um vírus quando nos recuperamos da infecção, mas sim se tornam ambientes inabitáveis a eles. As células que atraem os vírus (principalmente as do trato respiratório) continuam existindo, e não são alteradas significativamente para prevenir o corpo de hospedar uma nova infecção meses depois de uma boa resposta imune. Ela conclui que o sistema imunológico e as células responsáveis pela defesa do corpo podem agir de formas diferentes em cada indivíduo, e por isso virologistas não estão surpresos com as notícias de reinfecção.

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LG lança máscara purificadora com respirador eletrônico

A LG vai começar a vender sua máscara com purificador de ár portátil. A PuriCare Wearable Air Purifier é equipada com filtros substituíveis semelhantes aos utilizados nos purificadores de ar domésticos da marca. O produto já havia sido usado em hospitais na Coreia do Sul e, a partir de agora, será lançado comercialmente, incluindo o consumidor final.

A PuriCare combina os ventiladores alimentados por bateria para ajudar o usuário a respirar, sendo que a máscara possui sensores que detectam quando quem a usa está inspirando ou expirando e ajusta a velocidade dos ventiladores de acordo com esses movimentos. Segundo a LG, a máscara pode ser usada por até oito horas com uma única carga de bateria, no modo de baixa energia, ou por até duas horas no modo de alta energia. A previsão é de que o produto comece a ser vendido "em mercados selecionados" no último trimestre deste ano.

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"Bafômetro de COVID"à

Na China, pesquisadores criaram um protótipo de bafômetro capaz de detectar a presença do coronavírus na boca das pessoas. O sensor baseado em nanomateriais que detectar a presença do vírus na respiração exalada, igual ao famoso teste do bafômetro, usado para medir a quantidade ingerida de álcool.

45 milhões de doses de vacina chinesa no BR até dezembro

Segundo o diretor do Instituto Butantan, serão entregues 45 milhões de doses da vacina CoronaVac para o SUS até dezembro deste ano. Essa vacina é desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e está na última fase dos ensaios clínicos para a aprovação. Inclusive, é o instituto que coordena os testes clínicos de fase 3 da CoronaVac em cerca de nove mil brasileiros, divididos em seis estados do país.

1º lote da vacina russa pronto em setembro

Enquanto isso, o primeiro lote da vacina russa Sputnik V deve ficar pronto agora em setembro. Se tudo correr conforme o programado, a Rússia será o primeiro país a iniciar campanhas de vacinação contra o coronavírus no mundo. O foco inicial da campanha serão os profissionais de saúde e professores, sempre de forma voluntária, e a produção da vacina acontecerá de forma paralela ao monitoramento e os testes de eficácia, processo conhecido como a fase 3 dos estudos clínicos. Para estes testes, já foram recrutadas cerca de 2,5 mil pessoas.

Crianças assintomáticas carregam o vírus por semanas

Estudos norte-americanos mostraram que crianças apresentam alta carga do coronavírus e ainda podem transmitir a doença por semanas, mesmo sendo assintomáticas.

Uma dessas pesquisas foi feita pelo Hospital Nacional Infantil de Washington, apontando que crianças infectadas podem transmitir a doença durante semanas sem sintomas, tendo como base dados de 91 crianças sul-coreanas. Os resultados mostram que 22% das crianças não desenvolveram sintomas durante toda a infecção, enquanto 20% começaram assintomáticas e desenvolveram sintomas posteriormente. Por outro lado, 58% tiveram sintomas desde o momento em que testaram positivo para a COVID-19. O outro estudo, feito por pesquisadores em Boston, colheu amostras de secreção do nariz e da garganta de 49 pacientes com menos de 21 anos de idade, encontrando altas cargas virais nesses pacientes — o estudo encontrou muito mais presença do vírus entre eles do que entre adultos sendo tratados em UTI por causa da COVID-19.

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