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O céu não é o limite | Earendel, tempestade solar, asteroide perto da Terra e+

Por| Editado por Patricia Gnipper | 02 de Abril de 2022 às 20h30

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NASA/B. Welch/D. Coe/A. Pagan/Céu Profundo/Virtual Telescope
NASA/B. Welch/D. Coe/A. Pagan/Céu Profundo/Virtual Telescope

A descoberta da estrela Earendel, a mais distante já observada pela humanidade, agitou não só a comunidade científica como também as redes sociais. A NASA publicou a imagem obtida pelo telescópio Hubble e a notícia deu o que falar. Aliás, o próprio nome Earendel contribuiu com o sucesso da estrela, e vamos explicar o porquê logo abaixo.

Nossa atmosfera superior também foi agitada; não por descobertas científicas, mas pela chegada de tempestades solares fortes. Confira as novidades mais importantes da semana em nosso resumo semanal!

Estrela Earendel é descoberta pelo Hubble

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A estrela mais distante já observada pelos astrônomos até o momento se chama Earendel, ou, se preferir, WHL0137-LS. Ela fica a 12,9 bilhões de anos-luz de distância de nós, e o telescópio Hubble só conseguiu identificá-la como uma estrela individual dentro de sua galáxia graças a uma lente gravitacional.

Se você é fã das obras de Tolkien e achou o nome Earendel familiar, não é à toa: o nome significa "estrela da manhã", em inglês antigo, mas foi inspirado no personagem Eärendil, um meio-elfo que aparece em O Silmarillion e em uma canção de Senhor dos Anéis.

Tempestades solares atingem a Terra

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Tempestades solares começaram a chegar à Terra na quinta-feira (31) e devem continuar atingindo o planeta neste fim de semana. Embora uma delas seja classificada como "forte", nenhuma delas causará impactos significativos na infraestrutura das redes elétricas e satélites.

Os eventos são fruto de cerca de 20 erupções emitidas pelo Sol, a maioria a partir de uma única mancha solar. No total, os astrônomos registraram três grupos visíveis de manchas voltadas para a Terra. As tempestades geomagnéticas podem acontecer até o dia 3 de abril, proporcionando algumas auroras boreais.

Asteroide potencialmente perigoso se aproximou no dia 1º

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O asteroide 2007 FF1 fez sua maior aproximação da Terra nesta sexta-feira (1º), às 18h35, sem apresentar risco de se chocar com nosso planeta. A distância foi de 7,4 milhões de quilômetros, ou cerca de 19 vezes a distância média entre a Terra e a Lua.

Esta rocha espacial tem diâmetro entre 110 e 260 m e faz parte do grupo Apollo de asteroides (classe cujas órbitas estão localizadas próximas à da Terra). Ele é considerado potencialmente perigoso por ficar dentro de uma área de 7,5 milhões de quilômetros de nós e ter tamanho acima dos 100 m de diâmetro, mas não há chances de colisão neste século.

Informação das partículas pode ser o quinto estado da matéria

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Um novo estudo propõe uma ideia no mínimo fascinante: a informação das partículas do universo pode ser o quinto estado da matéria. Ou seja, a matéria poderia se apresentar nos estados sólido, líquido, gasoso, plasma e informação. Para isso, a informação deve ter massa, o que ainda não foi comprovado.

Toda partícula do universo armazena um conjunto de informações que contam suas histórias ao longo dos bilhões de anos. Entre essas informações estão o spin e a massa, e nenhuma delas jamais se perde. Se a informação tiver massa e for um estado da matéria, pode ser que a própria matéria escura do universo seja feita de informação.

Uma "concha gigante" poderia tornar Vênus habitável

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Um pesquisador da NASA apresentou uma ideia inusitada: envolver o planeta Vênus em uma espécie de concha gigante para tornar sua atmosfera favorável à vida. A ideia é transformar o planeta em um lugar onde astronautas possam pisar e explorar sem colocar as próprias vidas em risco. Para realizar essa façanha, sondas robóticas sugariam a atmosfera tóxica de Vênus e armazenariam o oxigênio para futuros colonos.

O carbono capturado seria usado para construir enormes ladrilhos em formato de “T” para montar a concha gigante. A má notícia é que seriam necessários 72 trilhões desses ladrilhos para cobrir todo o planeta e pelo menos 200 anos para que a atmosfera de Vênus começasse a ser transformada. Apesar das dificuldades, alguns cientistas já viram a proposta como algo viável.

Mercúrio tem tempestades geomagnéticas parecidas com as da Terra

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Mercúrio possui tempestades geomagnéticas parecidas com as da Terra, de acordo com novos estudos. O planeta possui um anel de corrente elétrica, formado por um campo de partículas eletricamente carregadas que fluem pela lateral do planeta. Quando essa corrente é perturbada pelas partículas dos ventos solares, cria-se uma tempestade geomagnética.

Infelizmente para eventuais habitantes no passado ou futuro do planeta, o campo magnético de Mercúrio é fraco e suas tempestades geomagnéticas não criam auroras visíveis. Lá, a única maneira de observar o fenômeno seria por instrumentos de raios X e gama.

Ondas acústicas giram no Sol mais rápido do que o previsto

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Um tipo de onda acústica de alta frequência forma um padrão de vórtices rodopiantes na superfície do Sol. As ondas são retrógradas, ou seja, se movem contra a rotação solar, e são três vezes mais rápidas do que o previsto pela teoria. Existem três mecanismos conhecidos que poderiam explicar o efeito (magnetismo, gravidade ou convecção), mas nenhum deles esclarece a velocidade observada.

Os cientistas ainda não sabem porque essas ondas são tão rápidas, mas estão animados com a possibilidade de novas descobertas sobre o Sol. Esses fenômenos podem fornecer muita informação sobre o interior da estrela, que não pode ser observado diretamente.

Tempestades de poeira em Marte registradas por sonda chinesa

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A sonda da missão chinesa Tianwen-1 registrou, em alta resolução, tempestades de poeira intensas em Marte. As “selfies” do rover Zhurong também revelam uma camada de poeira acumulada sobre o equipamento, o que não é uma boa notícia: o excesso de poeira pode afetar o fornecimento de energia, já que esta vem de painéis solares.

Felizmente, os engenheiros chineses projetaram os painéis de modo que possam compensar a redução de eficiência nesses casos.

Blue Origin leva novos turistas ao espaço suborbital

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Em sua primeira missão de 2022, a empresa Blue Origin levou seis turistas ao espaço suborbital no veículo New Shepard. O lançamento ocorreu na quinta-feira (31) às 10h59 e levou a turma a cerca de 107 km. A liberação da cápsula ocorreu após cerca de três minutos e os turistas puderam se soltar de seus cintos para se divertir com a sensação de ausência de peso a bordo.

A cápsula iniciou o retorno à Terra às 11h02, desacelerando com o auxílio de paraquedas, e pousou às 11h09.

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