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O céu não é o limite | Descoberto Júpiter ultraquente, morte do universo e mais

Por| Editado por Patricia Gnipper | 11 de Setembro de 2021 às 20h00

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NASA/JPL-Caltech/ESA/G. Piotto/SSC/CXC/STSCI
NASA/JPL-Caltech/ESA/G. Piotto/SSC/CXC/STSCI

Nesta semana, astronautas no espaço e cientistas na Terra passaram por alguns momentos de tensão. Na órbita terrestre, os cosmonautas na Estação Espacial Internacional (ISS) acordaram com um alarme e um cheio de plástico queimado no módulo Zvezda. Já os astrônomos que usam o telescópio espacial Chandra se depararam com uma anomalia em um de seus instrumentos científicos.

Felizmente, tudo deu certo — tanto para os astronautas na ISS, quanto para o Chandra, que já voltou a operar normalmente. Além disso, outras boas notícias vieram de Marte e de outros cantos do universo, e você fica por dentro de todas elas logo abaixo!

Descoberto novo "Júpiter ultraquente" com órbita desalinhada

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O telescópio orbital TESS, da NASA, encontrou outro planeta excêntrico, dessa vez ao redor da estrela TOI-1518. Os astrônomos que fizeram a descoberta estimam que ele tenha temperaturas bem elevadas em sua superfície e teria quase duas vezes o tamanho de Júpiter. Mundos com essas características são apelidados de Júpiteres ultraquentes.

Este planeta completa uma volta ao redor de sua estrela a cada 1,9 dia, e fica bem mais perto dela que a Terra em relação ao Sol. Isso faz com que sua temperatura no lado diurno possa chegar a 3.237 K. Por fim, sua órbita é desalinhada e existe uma quantidade de ferro em sua atmosfera, o que não é muito comum em Júpiteres ultraquentes.

A morte de anãs brancas (e do universo) pode demorar mais que imaginávamos

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Anãs brancas, os "cadáveres" de estrelas de baixa massa que já não têm mais combustível para brilhar, podem demorar muito mais tempo para se transformarem em anãs negras, segundo novo estudo. Até então, estimava-se que o tempo necessário para que elas esfriem por completo era maior que a própria idade do universo, mas o novo estudo sugere que pode levar muito mais tempo do que se imaginava.

Os autores do estudo observaram dois aglomerados, chamados M3 e M13, para analisar os diferentes estágios evolutivos das anãs brancas e compará-los. Ao medir a temperatura média das anãs brancas, eles descobriram que elas ainda estão fundindo uma fina camada externa de hidrogênio no aglomerado M13. Isso significa que elas vão viver por muito mais tempo que suas contrapartes do M3.

Sinal de rádio detectado no centro da galáxia é diferente de tudo já observado

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Um novo sinal de rádio foi detectado perto do centro da Via Láctea, e ele é tão diferente de tudo o que já foi observado no universo que os astrônomos cogitam que seja uma categoria completamente nova de objetos. Ele pode lembrar as famosas rajadas rápidas de rádio, mas há uma diferença fundamental: a nova emissão não é acompanhada de raios-X.

Sem sinais de raios-X, é pouco provável que se trate de magnetares, os principais candidatos a fonte das rajadas rápidas de rádio. Mas há semelhanças entre a nova detecção e algo chamado transiente de rádio do centro galáctico (GCRT), outro tipo misterioso de sinal. A diferença entre ambos é que os GCRT duram poucas horas, enquanto o novo sinal dura algumas semanas, antes de desaparecer por dias e voltar a brilhar por mais algumas semanas.

Rover Zhurong tira foto panorâmica de Marte antes de descansar

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Após atingir a marca dos 100 dias de atividade em Marte, chegou a hora do descanso para o rover chinês Zhurong, mas não antes de uma imagem à altura dessa grande conquista: uma foto panorâmica de tirar o fôlego! Agora, o rover e o orbitador da missão Tianwen-1 ficarão em modo de segurança até o final de outubro.

Essa pausa nas atividades é decorrente do período de interferência na comunicação entre as sondas em Marte e a Terra, causado por partículas solares carregadas. Isso porque os dois planetas estarão em lados opostos em relação ao Sol, o que atrapalhará bastante a comunicação de rádio.

Após 13º voo, helicóptero Ingenuity segue fazendo sucesso em Marte

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E o pequeno helicóptero Ingenuity continua sobrevoando a superfície de Marte. Ele realizou seu 13º voo e foi muito bem sucedido ao investigar uma região geológica que chama a atenção da equipe do rover Perseverance. Além disso, claro, a navezinha tirou uma sequência de imagens do local.

Embora o Ingenuity não tenha sido projetado para realizar nenhum estudo científico, ele se saiu tão bem nos voos que a NASA decidiu usá-lo para ajudar o Perseverance. Assim, o helicóptero continua trabalhando para auxiliar a decidir os próximos movimentos do rover, em um terreno irregular e potencialmente arriscado para o Perseverance.

NASA confirma que Perseverance armazenou amostra de Marte

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Depois que a primeira tentativa do Perseverance em coletar amostras resultou na fragmentação da rocha, a equipe da missão provavelmente ficou cautelosa ao anunciar os resultados da segunda coleta, que ocorreu na semana anterior. Mas agora é oficial: deu tudo certo e o rover já tem as amostras em seu tubo de titânio.

Primeiro, os controladores da missão confirmaram que a rocha estava no tubo coletor, e só depois enviaram um comando para que o rover recolhesse o tubo para seu interior. Então, ele fez fotos da rocha e tirou medidas para que a NASA pudesse confirmar que tudo estava de acordo com o planejado. Por fim, o contêiner foi hermeticamente selado e devidamente armazenado.

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Alarme de emergência é disparado no módulo russo Zvezda da ISS

O módulo russo da Estação Espacial Internacional deu um susto nos astronautas a bordo. Na madrugada de quinta-feira (horário de Moscou), o alarme de emergência do módulo Zvezda disparou enquanto os cosmonautas dormiam. Alguns deles relataram cheiro de plástico queimado.

Ainda não se sabe exatamente o que aconteceu, mas não houve nenhum outro incidente. Todos os sistemas do segmento russo operam normalmente e a caminhada espacial foi realizada no mesmo dia, pelos russos Novitsky e Pyotr Dubrov.

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Lançamento do James Webb é definido para dezembro

Sim, houve muitos atrasos que impediram o lançamento do Telescópio Espacial James Webb, em várias ocasiões. No entanto, ele já está pronto para sua aventura espacial. O último contratempo foi por causa do foguete Ariane 5, que apresentou algumas anomalias e ainda passará por um último teste em setembro.

O telescópio ainda não foi enviado para o local do lançamento, na Guiana Francesa — uma viagem levará pelo menos 10 semanas. Enquanto isso, o Ariane 5 começou sua trajetória da Europa à Guiana em meados do mês passado. Se tudo der certo com o transporte e os testes finais, é bem provável que finalmente vejamos o poderoso telescópio voar rumo ao espaço.

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Observatório Chandra retoma operações após uma falha 

O Chandra é um dos principais instrumentos para a astronomia de raios-X, tão importante quanto é o Hubble para a luz óptica, ultravioleta e infravermelho. Por isso, uma falha recente em um de seus instrumentos científicos foi preocupante e levou a NASA a suspender as atividades do observatório orbital.

A falha aconteceu durante a preparação para futuras observações, mas ainda não se sabe exatamente o que causou a anomalia. O problema foi detectado quando o movimento para o instrumento entrar na posição de operação aconteceu em uma velocidade acima do normal, e acabou falhando. Felizmente, o problema foi resolvido e a equipe da missão está investigando as possíveis causas.

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