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NASA vai lançar telescópio mais poderoso que o Hubble em 2018

Por| 22 de Abril de 2015 às 12h07

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Caroline Hecke
Caroline Hecke

No mesmo ano em que o telescópio Hubble comemora 25 anos no espaço, a NASA e seus parceiros anunciam a construção de uma ferramenta ainda mais poderosa para investigar o espaço de uma forma nunca feita antes.

Batizado de James Webb Space Telescope (JWST), o novo telescópio da agência promete ser 100 vezes mais potente do que o Hubble e está programado para decolar em outubro de 2018 numa missão que vai dar uma visão sem precedentes das primeiras galáxias formadas no início do universo.

Em pronunciamento oficial, a agência espacial norte-americana diz que o JWST será capaz de colher informações de cerca de 200 milhões de anos depois do Big Bang. Além disso, os cientistas o descrevem como "uma poderosa máquina do tempo com visão infravermelha que irá voltar mais de 13,5 bilhões de anos para ver as primeiras estrelas e galáxias se formando na escuridão do início do universo".

Inicialmente, o projeto custaria US$ 3,5 bilhões, mas todo o desenvolvimento já ultrapassa a marca de US$ 8 bilhões. O montante assusta, mas é justificado por Mark Clampin, um dos cientistas à frente do novo telescópio, porque "o que o Webb realmente fará é procurar pela primeira galáxia do universo" e que "ele também será capaz de fazer buscas em partes muito obscuras do universo nas quais as estrelas nascem".

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O JWST deve pesar 6,4 toneladas e ter 6,5 metros de diâmetro, sendo três vezes maior que o Hubble. O telescópio ainda deve carregar quatro instrumentos, como câmeras e espectrômetros, que podem capturar até os sinais mais fracos.

A capacidade de visão infravermelha vai ajudar na observação de corpos celestiais distantes e o disparador da câmera vai permanecer aberto por longos períodos. Matt Greenhouse, um dos cientistas do projeto diz que o Webb terá 70 vezes a capacidade de captação de luz do Hubble. "Então, a combinação do seu tamanho com o infravermelho vai permitir que nós observemos este passado épico do universo", comenta.

Entre os objetivos do lançamento do telescópio está o avanço na busca por vida extraterrestre e por água em planetas fora do Sistema Solar, também conhecidos como "exoplanetas". Em 2009, outro telescópio, o Kepler, foi lançado para ajudar os astrônomos na identificação de milhares destes exoplanetas.

Para Greenhouse, o Webb é grande o suficiente para ter uma alta probabilidade de encontrar evidências de vida na atmosfera dos exoplanetas. "Nós temos sensores que vão nos permitir estudar a atmosfera dos exoplanetas espectroscopicamente. Então, poderemos entender a composição destas atmosferas", diz.

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Ao contrário do Hubble, que apenas circula em volta da Terra, o JWST vai mais além, em um lugar chamado L2 do LaGrange Point, cerca de 1,5 milhões de quilômetros espaço a dentro.

Essa distância vai fazer com que o telescópio permaneça frio, prevenindo ainda que ele sofra com sua própria luz infravermelha e permaneça protegido contra a radiação.

O JWST vai ser lançado com o foguete Ariane 5, criado pela Agência Espacial Europeia, da Guiana Francesa.

Fonte: Business Insider