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Ministro da Defesa russo sugere clonar exército de guerreiros de 3 mil anos

Por| Editado por Jones Oliveira | 16 de Maio de 2021 às 13h00

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Yakov_Oskanov/Envato Elements
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Pode parecer ficção científica, mas o Ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, sugeriu a possibilidade de se clonar um exército de guerreiros antigos que foram mortos há mais de 3 mil anos. Em tese, os cientistas ainda aguardam encontrar amostras de DNA preservadas deste povo enterrado no sul da Sibéria.

Durante uma sessão virtual da Sociedade Geográfica Russa em abril, o ministro Shoigu apontou para a possibilidade de testes para clonar e trazer de volta à vida este povo guerreiro. No entanto, não foram confirmados mais detalhes sobre a iniciativa. Até hoje, seres humanos nunca foram clonados oficialmente.

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Quem são os guerreiros antigos que podem ser clonados pela Rússia?

Na mira dos russos está a civilização Cita, composto por nômades originários do atual Irã que viajaram por toda Eurásia durante os séculos IX e II aC. No período, eles fundaram um poderoso império e conquistaram inúmeros povos da região. Há duas décadas, arqueólogos descobriram os restos mortais destes homens em uma espécie de cemitério, na República de Tuva, localizada no distrito russo da Sibéria.

Curiosamente, as características do clima e do solo local, onde é frio o ano inteiro, permitiram a preservação dos corpos. Inclusive, é possível que novas expedições encontrem vestígios de matéria orgânica intactos (e inéditos). “É claro que gostaríamos muito de encontrar a matéria orgânica, e acredito que vocês entendem o que aconteceria depois disso”, afirmou Shoigu na sessão da sociedade científica. “Seria possível fazer algo com isso", completou o ministro, lembrando do caso da ovelha Dolly.

Desafios da clonagem de humanos

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Até hoje, ninguém clonou oficialmente um ser humano, mas a clonagem de algumas espécies tem se tornado cada vez mais comum, e os cientistas se especializam, dessa forma, na técnica. No fim do ano passado, por exemplo, cientistas norte-americanos comemoram a clonagem de uma espécie de doninha ameaçada de extinção, a doninha-de-patas-pretas, e o procedimento foi possível com o uso de células que estavam congeladas há três décadas.

De forma geral, os cientistas usam o núcleo de uma célula adulta —  com todas as informações genéticas daquele ser que deve ser clonado, como uma célula da pele — e o injetam em um óvulo com o núcleo removido em laboratório. Por meio de um estímulo elétrico, essas duas partes se unem e o embrião reprogramado começa a se desenvolver. No entanto, a clonagem de primatas, incluindo os humanos, é mais complexa. A remoção do núcleo ainda não é 100% bem-sucedida e, neste processo, algumas proteínas fundamentais para o desenvolvimento são afetadas. 

Além das dificuldades técnicas, pesquisas na área esbarram em milhares de questões éticas. Por exemplo, testes do tipo poderiam desenvolver humanos conscientes com problemas de saúde mortais e inúmeras deficiências.   

Fonte: Popular Mechanics