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Elon Musk explica por que devemos bombardear Marte antes de colonizá-lo

Por| 05 de Outubro de 2015 às 11h00

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NASA/JPL-Caltech/MSSS
NASA/JPL-Caltech/MSSS

Elon Musk é uma figura bastante peculiar. Embora a gente esteja acostumado a vê-lo comentando sobre o mercado de carros elétricos por conta de sua ligação com a Tesla Motors, o bilionário possui outros empreendimentos em outras áreas — o que inclui até mesmo a exploração espacial. E, no que diz respeito a levar a humanidade para outros planetas, ele tem algumas ideias bem particulares e excêntricas.

Durante uma entrevista ao programa The Late Show With Stephen Colbert, no canal norte-americano CBS, Musk comentou sobre Marte e as medidas necessárias para fazer com que o planeta vermelho pudesse ser habitável. Para ele, a maneira mais rápida de criar as condições necessárias para iniciar a colonização de nosso vizinho espacial seria arremessar algumas bombas nucleares sobre ele.

E é claro que ninguém entendeu o que ele imaginou com isso, já que é difícil imaginar o que uma bomba atômica poderia fazer além de eliminar milhões de vidas em questão de segundos. Digamos que o histórico desse tipo de tecnologia não é muito positivo, mas isso parece não ser um problema para o bilionário, que parece não se importar e acredita que pode usar esse armamento para criar uma espécie de segundo sol.

De acordo com Musk, o conceito imaginado por ele consiste em fazer explosões sistemáticas sobre os polos de Marte para mantê-lo aquecido de modo suficiente a acabar com algumas situações que impediriam o ser humano de habitar o planeta. Em outras palavras, ele quer criar dois sóis artificiais a partir da explosão constante de várias bombas — algo que dependeria de uma tecnologia que nem mesmo existe.

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Para isso, ele explica que a ideia não seria bombardear a superfície de Marte, mas fazer com que tudo ocorra a alguns quilômetros de altura. Desse modo, o planeta seria aquecido de modo que o dióxido de carbono presente em estado sólido possa se gaseificar e tornar a atmosfera marciana mais fina e próxima daquilo que temos na Terra. Além disso, seu plano também iria funcionar quase como uma estufa, aquecendo a água. Para Musk, isso iria criar um efeito cascata e, aos poucos, iria desenvolver as condições próximas da ideal para que possamos colonizar o planeta vermelho.

Embora tudo isso pareça algo muito absurdo, o próprio Musk destaca que algo muito parecido já é feito pela própria natureza. Como ele destaca, o Sol pode ser considerado como uma grande explosão nuclear e que é exatamente o calor emitido por ele que faz com que a Terra tenha condições para que haja vida.

O mais assustador é que, na teoria, isso é algo que realmente faz muito sentido. O problema é que esse plano esbarra em algumas questões mais práticas que tornam tudo mais complicado. Além do bom senso — você realmente iria querer ir para um planeta que acabou de receber doses absurdas de radiação após uma série de explosões nucleares? —, há todo o fato de que a tecnologia para criar esse bombardeio sistemático ainda não existe, como o próprio Musk reconhece.

Isso sem falar que, para tornar esse método possível, seria necessário romper alguns tratados internacionais que proíbem o envio de bombas ou qualquer outro tipo de armamento para o espaço. Tudo bem que seria para um "bem maior", mas esse é o tipo de pretexto que pode dar muita dor de cabeça no futuro.

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Fonte: Mashable, CNET