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Desta vez não é hoax: hoverboard Flyboard Air voa de verdade

Por| 12 de Maio de 2016 às 17h02

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Zapata Racing
Zapata Racing

Desde a década de 80 que esperamos subir em um hoverboard e voar por aí, tanto que muita gente caiu na pegadinha do FunnyorDie em 2014, quando supostamente um skate voador havia sido criado. Agora, no entanto, estamos um pouco mais perto dessa tecnologia. A empresa Zapata Racing divulgou um vídeo da Flyboard Air, uma variante da "prancha" homônima que flutua por propulsão a água também criada pela empresa, que voa de verdade e se tornou viral.

A principal diferença entre a Flyboard Air e a Flyboard é que a sua predecessora fica acoplada a um equipamento de propulsão que traz limites de movimento e de altura. A nova tecnologia, no entanto, é movida a jatos e permite que o usuário "voe". O criador e CEO da empresa Franky Zapata vem trabalhando no projeto há quatro anos. "Nós tentamos descobrir como fazer o Flyboard original operar colocando ar na mangueira. Depois disso, levamos dois anos para criar os turboreatores e os algoritmos para estabilizar o equipamento", explica Zapata.

Para levitar, o Flyboard Air opera com quatro motores de 250 cavalos de potência na plataforma, além de dois laterais para estabilização, ligados a um tanque de querosene acoplado às costas de Franky. Para estabilizar, além do equilíbrio do usuário, há um sistema similar ao usado nos drones com algoritmos que controlam o ângulo e a potência das turbinas. Voar, no entanto, não é tão simples quanto parece. Antes de "pilotar", são necessárias de 50 a 100 horas de treino no Flyboard na água, que, por sua vez, tem suas horas de aulas e treinos.

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Apesar dos testes terem sido feitos sobre a água por razões de segurança, o sistema permite a aterrissagem em caso de uma falha nas turbinas. Dentro dos controles há três canais wi-fi e três sensores, que se comunicam. Caso um falhe, os outros dois informam onde está a falha.

No momento só existe um protótipo do Flyboard Air – que sofreu avarias eletrônicas em uma queda recente, Franky, no entanto, garante que está tudo bem – mas a equipe está preparada para construir outro. "Não sabíamos que a mídia iria ficar tão empolgada. No começo, só queríamos mostrar o que éramos capazes de fazer, mostrar nossa paciência e o que tínhamos alcançado", comenta Zapata. A maior dificuldade foi criar algo supercompacto parecido com um skate. "Criar algo de dois metros é fácil. Nossa meta era fazer algo que ficasse parecendo mesmo algo fake", brinca.

O criador da "prancha" acredita que pode mudar o estilo de vida das pessoas com sua nova criação que vem por aí. "Concluímos nossa pesquisa e desenvolvimento de um novo projeto que usa o mesmo tipo de prancha e tecnologia de estabilização que certamente vai favorecer o público geral, além das forças militares", diz. A nova invenção não será como o Flyboard Air, que exige horas de treino e ainda assim oferece riscos. "Não posso dizer muito porque a patente ainda não foi concluída, mas é algo que qualquer pessoa poderá usar. A meta é criar algo extremamente pequeno e estável que poderá servir para comprar pão de manhã", acrescenta.

Para Franky, o futuro do Flyboard Air é incerto, pois até então era apenas a busca do sonho de voar. Hoje, depois dos vídeos, há muita atenção de empresas e interesse em grande produção, mas se é algo que muita gente quer, tem um longo caminho até a viabilização, como regulamentação da tecnologia. Os sonhos, no entanto, não têm limites. Franky pretende quebrar um recorde atravessando a costa da França entre duas cidades, aterrissando no meio das pessoas e, literalmente, alcançar as nuvens.

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Fonte: The Verge