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Descoberta surpreendente sobre partículas coloca por terra 10 anos de pesquisas

Por| 12 de Julho de 2017 às 08h16

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Descoberta surpreendente sobre partículas coloca por terra 10 anos de pesquisas
Descoberta surpreendente sobre partículas coloca por terra 10 anos de pesquisas

Um novo estudo realizado pela Universidade de Chicago apresentou uma descoberta que prova que um modelo simples utilizado para descrever a formação de um tipo exótico de partícula quântica está errado. A descoberta coloca por terra dez anos de pesquisas e dados experimentais que cercavam a molécula Efimov. Para os pesquisadores, o novo estudo foi uma grande surpresa e trará implicações na maneira com que os cientistas compreendem o aparecimento de moléculas no universo primitivo.

Cheng Chin, chefe da pesquisa, afirmou estar "surpreso" e que "foi um experimento em que não antecipei nenhum resultado antes de recebermos os dados". A antiga teoria baseada na última década de estudos e pesquisas propunha que o tamanho de uma molécula de Efimov era relacionada ao tamanho das partículas de que era constituída. "Esta hipótese foi verificada várias vezes nos últimos dez anos, e quase todos os experimentos sugeriram que essa era realmente a situação", explicou Chin.

As moléculas Efimov são objetos quânticos que se formam ao se unir três partículas através de forças quânticas e não através de ligações químicas. Por conta da fragilidade dessa união, as moléculas de Efimov têm sua existência colocada em risco, bastando apenas a temperatura ambiente para que os laços sejam quebrados. Assim, essas moléculas "sobrevivem" apenas em temperaturas próximas do zero absoluto.

"Alguns teóricos dizem que o mundo real é mais complicado do que esta fórmula simples. Deve haver outros fatores capazes de romper com essa universalidade", argumentou o chefe da pesquisa. Chin desenvolveu durante vários anos em seu laboratório o aperfeiçoamento de uma técnica supersensível que permitiu a descoberta deste novo fato científico. Os experimentos foram conduzidos em um campo magnético forte e em temperaturas de 50 bilionésimos de grau acima do zero absoluto.

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Controlar as partículas de maneira precisa foi um grande desafio para o grupo de pesquisadores. Jacob Johansen, que trabalhou no estudo, desenvolveu uma nova forma de investigar o campo magnético utilizando micro-ondas eletrônicas e os próprios átomos. Com isso, eles puderam calcular o tamanho das moléculas e testar a teoria da universalidade. "Pela primeira vez, os dados realmente confirmam que existe um desvio significativo da universalidade", declarou Chin.

O resultado do estudo da Universidade de Chicago permitirá que os cientistas possam entender o motivo dos materiais normais possuírem uma gama diversificada de propriedades que não teriam como existir com um comportamento quântico similar. “Qualquer sistema quântico feito com três ou mais partículas é um problema muito, muito difícil”, afirmou o pesquisador. “Apenas agora temos a real capacidade de testar a teoria e entender a natureza de tais moléculas. Isso será um elemento fundamental para a compreensão de materiais mais complexos”.

Fonte: ScienceAlert