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Cortes levam pesquisadores a criar programa de adoção de animais de laboratório

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Kalyan Sak/Unsplash
Kalyan Sak/Unsplash

Diante de cortes drásticos na Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), pesquisadores decidiram lançar um programa de adoção de animais de laboratório. A ação foi criada como resposta às mudanças promovidas pelo governo Trump, que pretende reduzir drasticamente o quadro de cientistas e restringir as atividades de pesquisa da agência. A proposta, conduzida pela ONG Public Employees for Environmental Responsibility (Peer), é convidar o público a adotar ratos e peixes utilizados em experimentos toxicológicos.

O corte de recursos atinge especialmente o Escritório de Pesquisa e Desenvolvimento da EPA, que será substituído por uma estrutura reduzida, voltada apenas para funções obrigatórias por lei. O maior medo dos especialistas envolvidos é que isso possa comprometer pesquisas fundamentais para entender os efeitos de poluentes e substâncias químicas no meio ambiente e na saúde humana.

Segundo Kyla Bennett, diretora de políticas científicas da Peer e ex-advogada da EPA, a decisão representa uma “auto-lobotomia científica”. Ela destaca que, ao abandonar pesquisas de longo prazo, a agência perde a capacidade de avaliar riscos complexos como os causados por partículas finas e compostos como os produtos químicos eternos (Pfas).

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Programa de adoção de animais de laboratório

O material do programa de adoção de animais de laboratório inclui a frase: “Adote amor. Salve uma vida. Nosso programa de adoção foi aprovado. Você gostaria de adotar?”.

O programa de adoção de animais de laboratório foi estruturado para oferecer uma alternativa ética após o encerramento das pesquisas. Eles são entregues apenas após passarem por avaliações de saúde e triagem comportamental, para garantir que possam viver com segurança fora do ambiente de laboratório.

A EPA também fornece orientações básicas às pessoas que querem adotar sobre cuidados adequados, especialmente no caso dos peixes-zebra, que exigem ambientes aquáticos controlados. Embora o alcance inicial seja limitado ao laboratório da Carolina do Norte, a proposta tem gerado interesse entre funcionários, defensores dos direitos dos animais e até mesmo cientistas aposentados, que veem na iniciativa uma forma de dar um final mais digno a esses seres vivos que contribuíram para avanços na ciência ambiental.

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Fonte: The Guardian, PEER

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