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Cientistas podem ter descoberto possível sinal de onda gravitacional

Por| 18 de Janeiro de 2016 às 12h47

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NASA/Goddard Space Flight Center
NASA/Goddard Space Flight Center

Não é a primeira vez, mas o mundo da física está cheio de rumores envolvendo sinais de ondas gravitacionais detectados por cientistas nos Estados Unidos. Lawrence Krauss, um cosmólogo da Universidade do Estado do Arizona, escreveu em sua conta no Twitter que tinha recebido informações sobre a descoberta de ondas gravitacionais. O entusiasmo de Krauss gira em torno de um experimento de longa data chamado de Advanced Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory (LIGO), que utiliza detectores para procurar ondulações no tecido do espaço-tempo.

Segundo os rumores, os cientistas da equipe estão no processo de redigir um documento que descreve um sinal de onda gravitacional. Se o sinal realmente existe e for verificado, confirmaria uma das previsões mais dramáticas da teoria centenária de Albert Einstein. Krauss disse que estava 60% certo de que o boato era verdadeiro, mas afirmou que teria de ver os dados dos cientistas antes de tirar qualquer conclusão sobre se o sinal é genuíno ou não. "Eles estão extremamente cautelosos. Não há nenhuma razão para eles realizarem uma reclamação se não tiverem certeza", disse Krauss.

Pesquisadores que colaboram com o projeto LIGO estão reunindo conteúdo antes de publicar qualquer coisa relacionada à descoberta de ondas gravitacionais. Em 2014, pesquisadores de outro experimento norte-americano, chamado de BICEP2, convocaram uma conferência de imprensa para anunciar a descoberta das ondas gravitacionais. No entanto, desde então, outros cientistas apontaram que o sinal foi confundido com poeira espacial.

Se as ondas gravitacionais forem descobertas, os astrônomos poderiam usá-las para observar os cosmos de uma forma que tem sido impossível desde então. "Gostaríamos de ter uma nova visão sobre o universo", disse Krauss. "As ondas gravitacionais são geradas nos mais exóticos lugares na natureza, como na borda de buracos negros. Estamos certos de que eles existem, mas não temos sido capazes de utilizá-los para sondar o universo".

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"Os dados dos instrumentos do LIGO estão sendo colhidos, e isso levará tempo para ser analisado e interpretado. Por isso, não temos resultados para compartilhar ainda", disse Gabriela Gonzalez, professora de física e astronomia na Universidade Estadual de Louisiana e porta-voz do LIGO. "Temos orgulho em rever nossos resultados com cuidado antes de submetê-los para publicação", disse.

Fonte: The Guardian